Mudanças climáticas e o impacto na população carente

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*Antonio Borges        
 

Em 2023, uma expressão que já era conhecida e de certa forma evidenciada, entrou de fato para o vocabulário mundial - não que isso seja positivo, uma vez que sempre vem acompanhada de notícias ruins: "Mudanças Climáticas".   
 

No Brasil, por exemplo, o ano infelizmente foi repleto de eventos climáticos e meteorológicos extremos. Seja com as ondas de calor que atingiram diversos estados e o Distrito Federal, seja com a seca que atingiu a região amazônica e a região norte do país, registrando cerca de 22 mil focos de queimadas em outubro, ou com a passagem de um tsunami meteorológico no litoral do estado de Santa Catarina, entre outros.
 

Os impactos desse tipo de evento, causados tanto por fatores naturais como por, principalmente, fatores e ações causadas pela ação humana são grandes, e afetam em cheio a população que já não possui muitos recursos. Uma vez que, apesar de variar de acordo com o contexto, os impactos nos mais carentes sempre existirão. De acordo com informe do PNUD de 2006 "Pobreza e Mudança Climática, Reduzindo a vulnerabilidade dos pobres através da adaptação", eles variam entre localização geográfica; características econômicas, sociais e culturais; prioridades e preocupações dos indivíduos, grupos sociais e modos de vida; presença das instituições e políticas vigentes. Ou seja, de uma forma ou de outra, serão eles os primeiros impactados.   
 

Seja por sorte ou por azar, nosso país hoje, se qualifica para estar à frente deste debate global, já que possui uma atenção do poder público voltado para este tema, bem como, pode ser considerado uma espécie de prestador de serviços ecossistêmicos. E, por isso, é necessária a criação de uma política de enfrentamento às mudanças climáticas e ao impacto ao meio ambiente, que tenha dentro do escopo a preservação do meio ambiente, mas, também, o incentivo ao desenvolvimento sustentável de toda a sociedade, com foco em aspectos como biotecnologia, segurança das fronteiras, no desenvolvimento de ferramentas para os produtores, na modernização da agricultura, e, claro, no combate a desigualdade.


Já de acordo com relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), conhecido como AR6, quase metade da população mundial vive em regiões vulneráveis ​​às mudanças climáticas.

Essa sensação é compartilhada inclusive pela população. Segundo levantamento realizado pelo instituto Ipec, 62% das pessoas do país reconhecem que a população mais pobre é a que mais sofre com as consequências de eventos climáticos extremos.


Até porque, o impacto chega na alimentação que vai à mesa, nas finanças da população regional, na saúde do planeta e de todos no geral. Uma vez que, as mortes por enchentes, secas e temporais, por exemplo, aumentaram 15 vezes nas regiões mais pobres na última década. E de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, as mudanças climáticas provocam ao menos 150 mil mortes ao ano, número que deve dobrar até 2030.


É necessário, por óbvio, que o combate às mudanças climáticas caminhe então junto de uma reforma estrutural de país que resolva os problemas sociais da população, já que, de nada vai adiantar cuidar do meio ambiente e esquecer das pessoas que vivem no seu entorno.

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O público que consome música sertaneja ficou confuso com o anúncio de que Cristiano Araújo e Marília Mendonça vão lançar uma música juntos. Afinal, a cantora morreu há mais de três anos, em novembro de 2021, enquanto a morte do cantor, em 2015, completará 10 anos em 2025.

No X (antigo Twitter), alguns fãs chegaram a questionar se a música De Quem É A Culpa? seria feita com IA (inteligência artificial). Mas a gravadora Som Livre esclareceu a parceria póstuma, que será lançada nesta sexta-feira, 24, data em que Cristiano Araújo completaria 39 anos.

"Cristiano nos deixou uma gravação da faixa De Quem É A Culpa? em estúdio que pretendia lançar, mas não foi possível. Quando foi convidada para participar do projeto homenageando o Cristiano Araújo, Marília aceitou o convite na hora e estava preparando a regravação da música que inicialmente seria do cantor. Esse lançamento é um pedacinho de amor e carinho para matar a saudade dos dois, que nunca saem do nosso coração."

Sucesso na voz de Marília

A música não é inédita, mas a parceria sim. Em 2017, Marília Mendonça lançou De Quem É A Culpa pela mesma gravadora. A música, que seria de Cristiano, entrou no álbum Realidade e fez muito sucesso na voz da cantora sertaneja.

Agora, a gravadora recuperou a canção que Cristiano Araújo já havia deixado gravada há mais de 10 anos e uniu com a versão de Marília, criando uma parceria póstuma entre os dois artistas.

Na última terça-feira, 21, a comediante Dani Calabresa, de 43 anos, anunciou que está grávida. No dia seguinte, ela postou um vídeo nas suas redes sociais falando sobre o processo de congelamento dos óvulos e de fertilização in vitro (FIV) que resultou na gravidez.

"A maternidade é um tema difícil e cheio de detalhes, até mesmo pra compartilhar aqui sobre essa notícia maravilhosa, eu passei por dúvidas e angústias... Mas quero criar esse espaço, para conexão, inspiração e muitas trocas sinceras com vocês. E como é especial saber o quanto nosso bebê já é amado, hein!", escreveu a atriz.

No vídeo, ela se lembra que começou o relacionamento com o marido, Richard Neuman, em 2019 e como ela tinha dúvidas se queria ou não ser mãe. "Eu já sonhei em alguns momentos da minha vida em que eu pensava: 'ah! Eu vou ter filho'. E depois eu pensava: 'eu não sei se vou ter, será se vou ter? será se não vou ter?' Eu estava com um sonho meio adormecido em mim", disse.

"Eu comecei a amar essa ideia de ser mãe de novo. Vocês sabem que eu amo o Pingo, que é meu filho peludo, mas eu queria ser mãe de humano", disse ela. Foi a partir desse desejo que ela decidiu congelar os óvulos para decidir ser mãe no momento certo.

"Hoje, eu tenho essa bênção de ser mamãe, porque conseguimos fazer uma FIV, porque tínhamos 'embriõezinhos' congelados. É uma opção cara, mas se for seu maior sonho, é uma possibilidade que aumenta a esperança", refletiu ela.

Dani Calabresa: Quem é Richard Neuman, pai do filho da apresentadora?

Premonições e conexões

Ela revelou que no dia que estava falando com o marido sobre a possibilidade de congelar os óvulos, a sua mãe ligou para indicar uma médica que fazia o procedimento.

Esta foi a primeira coincidência em todo o processo. Dani contou ainda que ficou muito próxima do elenco do filme Mamãe Saiu de Férias, filmado em 2024, com estreia prevista para 2025. "Todo mundo ficava perguntando: 'Quando você vai engravidar?', 'quando você vai ser mãe na vida real?' E a Bela Alelàf, que é uma atriz muito maravilhosa, talentosa, uma menina muito esperta, sensível, veio toda arrepiada - isso foi em junho/julho - e ela falou: 'eu sonhei que você vai engravidar em outubro, de um menino. Você vai engravidar no dia 25 de outubro. Eu vou começar a chorar já'. E a gente fez a nossa FIV no dia 23 de outubro e deu tudo certo. A gente não sabe se é um menino ainda, mas eu vou falar que eu até sinto que é um menino", disse Dani emocionada.

Para assistir ao vídeo emocionado da mamãe Dani Calabresa, clique aqui.

Em entrevista recente à rádio Weekend, do serviço mundial da BBC, Fernanda Torres, que acaba de ser indicada ao Oscar, revelou ser uma pessoa pessimista. Ao ser questionada sobre a possiblidade de ser indicada à premiação, Fernanda Torres disse: "Eu odeio expectativas. Sou uma pessimista por natureza."

Para a sorte de uma nação, ela estava errada. A atriz foi indicada ao Oscar na categoria Melhor Atriz pelo seu trabalho em Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que recebeu outras duas super indicações: Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro.

E esse pessimismo da herdeira de Fernanda Montenegro é mesmo antigo. Internautas resgataram uma entrevista que Fernanda Torres deu ao programa Roda Viva em 1998. Na conversa ela lembra de um episódio que aconteceu logo depois que ela recebeu prêmio no Festival de Cinema de Cannes, em 1986, pelo filme Eu Sei que Vou te Amar, de Arnaldo Jabor.

"O meu tio Paulo virou para mim - eu acho que ele nem sabia direito onde era Cannes - e falou: 'quero te ver um dia no Oscar'. E eu olhei para ele e eu falei: 'Nossa! Tio Paulo não tem ideia da ralação e da sorte que é chegar até aqui. Oscar vai rolar nunca!'", disse.

As indicações de Ainda Estou Aqui são históricas para o Brasil. É a primeira vez que um filme brasileiro falado em português concorre na categoria principal do Oscar.

E a indicação de Fernanda Torres acontece 26 anos depois de sua mãe ser indicada na mesma categoria, por seu trabalho em Central do Brasil, de 1998.

Em Ainda Estou Aqui, Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva - mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva e viúva do ex-deputado federal Rubens Paiva. No longa biográfico, inspirado no livro homônimo escrito por Marcelo, acompanhamos a vida da família Paiva durante a ditadura militar. Quando o patriarca da casa é levado pelo regime, cabe a Eunice manter sua família com cinco filhos unida e lutar pelo esclarecimento do sumiço de seu marido.

Para conferir a declaração nada otimista de Fernanda Torres em 1998, clique aqui.