Novorizontino volta à vice-liderança da Série B e deixa o Guarani virtualmente rebaixado

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Depois de dois meses sem vencer como visitante, a vitória fora de casa veio em boa hora para o Novorizontino. No encerramento da 34ª rodada, o time de Novo Horizonte (SP) bateu o lanterna Guarani por 2 a 0 para retomar a vice-liderança da Série B do Campeonato Brasileiro nesta terça-feira. O resultado no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, deixa o Guarani praticamente rebaixado para a Série C de 2025.

 

A última vitória do time de Eduardo Baptista longe do torcedor foi no dia 11 de agosto, contra o CRB, em Maceió, por 1 a 0. Com gols de Rafael Donato e Matheus Salustiano, contra, o time recuperou a vice-liderança da competição, chegando a 60 pontos, dois a menos que o líder Santos. Também foi a primeira vitória do Novorizontino jogando na casa do rival paulista.

 

Do outro lado, o Guarani praticamente vai confirmando seu descenso. Com 27 rodadas seguidas na lanterna, o time de Campinas não consegue reagir e permanece em último lugar, com 31 pontos, a seis de sair da zona de rebaixamento, faltando 12 pontos em disputa.

 

Sabendo da dificuldade, o Guarani começou a partida retendo a posse de bola, trocando passes à procura de espaço. O time abusava do jogo aéreo e quase abriu o placar com Caio Dantas, parando em grande defesa de Jordi.

 

Seguro, o Novorizontino não se dispersava em campo e na primeira oportunidade abriu o placar, aos 25 minutos. Marlon cobrou escanteio e Rafael Donato cabeceou para as redes, contando com uma ajuda do goleiro Pegorari, que saiu mal do gol.

 

O lance desestabilizou os donos da casa, que sentiram o golpe. Equilibrando a partida, o time visitante trocava mais passes e arriscava mais a gol. Na reta final, o Guarani voltou a se organizar e quase empatou com Bruno Mendes, parando novamente em boa intervenção de Jordi. Novamente, quando subiu ao ataque, o Novorizontino foi letal pelo alto e ampliou aos 45. Em nova cobrança de escanteio, Geovane subiu no meio da defesa e Matheus Salustiano acabou marcando contra o próprio patrimônio.

 

Na volta do intervalo, com a vantagem, o Novorizontino voltou com a estratégia de administrar o resultado. Ditando o ritmo, deixava a bola com o Guarani, que tinha pouca inspiração para buscar uma reação. O time ficou refém de alguns lances isolados do centroavante Caio Dantas e chutes de longe de Luan Dias e Heitor, defendidos por Airton, que entrou na vaga de Jordi, lesionado.

 

Com o passar do tempo, o panorama não se alterava e o Novorizontino controlava a partida sem muito esforço. Com a torcida também entregue, o time da casa não esboçava qualquer lance que pudesse colocar fogo na partida.

O único lance que tirou suspiro dos torcedores foi uma falta de Luan Dias, que acertou a rede do lado de fora. No mais, o Novorizontino apenas se poupou em campo e conduziu a vitória sem sustos até o apito final.

 

Os times voltam a campo no próximo sábado, às 17h. Na Arena Condá, em Chapecó (SC), o Novorizontino visita a Chapecoense, enquanto o Guarani vai à Goiânia (GO), para pegar o Goiás, no estádio Hailé Pinheiro.

 

FICHA TÉCNICA

 

GUARANI 0 X 2 NOVORIZONTINO

 

GUARANI - Pegorari; Yan Henrique (João Victor), Douglas Bacelar, Matheus Salustiano e Jefferson (Emerson Barbosa); Gabriel Bispo (Pierre), Matheus Bueno e Luan Dias; Heitor (Reinaldo), Caio Dantas e Bruno Mendes (Lohan). Técnico: Alan Aal.

 

NOVORIZONTINO - Jordi (Airton); Rodrigo Soares, Luisão (Renato Palm), Rafael Donato e Patrick; Geovane, Eduardo e Marlon (Pablo Dyego); Waguininho, Neto Pessoa (Igor Formiga) e Lucas Cardoso (Reverson). Técnico: Eduardo Baptista.

 

GOLS - Rafael Donato, aos 25, Matheus Salustiano (contra), aos 45 minutos do primeiro tempo.

 

CARTÕES AMARELOS - Yan Henrique e Luan Dias (Guarani); Luisão, Airton e Jordi (Novorizontino).

 

ÁRBITRO - Anderson Daronco (RS).

 

RENDA - R$ 19.800,00.

 

PÚBLICO - 2.298 torcedores.

 

LOCAL - Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP).

Em outra categoria

Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.