Alcaraz perde dura batalha para francês Humbert e cai nas oitavas do Masters 1000 de Paris

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Alcaraz perde dura batalha para francês Humbert e cai nas oitavas do Masters 1000 de Paris

Carlos Alcaraz é mais um gigante a cair precocemente no Masters 1000 de Paris. Principal favorito do torneio com as desistências de Jannik Sinner e Novak Djokovic, o espanhol somou o primeiro fracasso na promessa de somar grandes resultados na reta final de temporada. Nesta quinta-feira, o número 2 do mundo acabou eliminado pelo francês Ugo Humbert ainda nas oitavas de final em dura batalha de três sets. Após 2h19 de jogo na quente quadra central torcendo em peso para o representante do país, uma bola para fora definiu a eliminação, com parciais de 1/6, 6/3 e 5/7.

Alcaraz entrou na quadra central com a torcida sendo um adversário a mais. Os franceses prometiam muito barulho para incentivar o tenista local e, por vezes, desestabilizaram o espanhol. Diante de um adversário empolgado, o principal favorito em Paris foi totalmente dominado no primeiro set.

Em somente 26 minutos, Alcaraz viu Humbert fechar em 6 a 1. Investindo no saque forte, o francês deixou o número 2 do mundo bastante irritado. Sem conseguir devolver e ainda sofrendo pressão quando tinha o serviço a favor, Alcaraz largou na partida levando logo 5 a 0. Anotou o ponto de honra antes de devolver na rede para o francês abrir frente.

Alcaraz iniciou o segundo set levando pressão no saque. Mas saiu do buraco e soltou o grito para celebrar quando fechou. Seguia irritado, porém, e reclamou de uma bola que achou fora e a arbitragem não deu. O desafio provou que estava errado e o francês fechou o game com ace.

O espanhol teve sua primeira chance de quebra na partida apenas no quarto game do segundo set. Parou na rede. Trocando mais bolas, tentava pressionar Humbert na parcial. Quando errava, pedia a toalha para enxugar o rosto em tentativa de tirar a concentração do francês. De nada adiantou e ele até ameaçou quebrar a raquete antes de nova igualdade, agora por 2 a 2.

A tão buscada quebra do espanhol veio na quarta oportunidade, com bola na rede do 15º cabeça de chave, para abrir 4 a 2. Mostrando um pouco mais de paciência, Alcaraz "entrou no jogo". E levou a decisão ao terceiro set fechando com 6 a 3.

O semblante de Alcaraz e de seu córner era totalmente diferente antes de o set decisivo começar. As caras fechadas deram lugar a sorrisos e confiança. O tenista ainda se divertia ao ver no telão que haviam espanhóis nas arquibancadas enquanto aguardava o francês retornar dos vestiários - foram oito minutos de espera.

Os tenistas iniciaram o set decisivo investindo no saque. E com Humbert andando sempre na frente. Alcaraz até deu trabalho no quinto game, mas deixou o rival fechar após errar um pedido de desafio e depois mandar para fora. Com quase duas horas de jogo, Humbert batia no peito e vibrava, com a mão erguida, ao abrir 5 a 4. No saque do espanhol, teria a chance de fechar a disputada partida.

Uma bola cantada fora erroneamente impediu que Humbert buscasse o 30 a 30. O árbitro paralisou a jogada ao observar o equívoco, mas o francês acabou perdendo a concentração e o 5 a 5 veio com enorme vaia da torcida.

Em parcial repleta de grandes lances, Humbert buscou curtas e encaixou cruzadas para abrir 6 a 5. Sob gritos de "Ugo, Ugo", chegou a um duplo match point com 15 a 40 a seguir. Alcaraz salvou o primeiro com ace, mas depois mandou para fora para linda festa do francês em sua estreia na quadra central. O rival será o australiano Jordan Thompson, que passou pelo francês Adrian Mannarino com 7/5 e 7/6 (7/5).

CONFRONTO DE PESO

Um grande duelo nas quartas de final terá frente a frente Alexander Zverev e Stefanos Tsitsipas, dois Top 10 que continuam resistindo ao Masters 1000 das zebras. O alemão (3º cabeça de chave) se garantiu ao derrubar o francês Alexander Fils, enquanto o grego (10º) passou pelo argentino Francisco Cerúndolo.

Zverev precisou de 2h10 para ganhar do prodígio local em três sets. Fez 6/4, 3/6 e 6/3 para se garantir entre os oito melhores. Já Tsitsipas sofreu ainda mais, pois perdeu o primeiro set por 7/6 (7/1). Sem desespero, contudo, buscou a virada com 6/4 e 6/2.

Nono cabeça de chave, Alex de Minaur continua bem em Paris. Nesta quinta-feira, teve o empolgado australiano Jack Draper pela frente e mostrou força para derrubar o campeão de Viena, domingo passado, com grande virada, parciais de 5/7, 6/2 e 6/3. O resultado teve gosto de vingança, pois o australiano havia sido eliminado pelo oponente na semifinal na Áustria. O adversário será o dinamarquês Holger Rune (13º), campeão de 2022 e algoz do francês Arthur Cazaux com virada de 3/6, 6/3 e 6/4.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.