Júlia Soares desfruta de vida de ídolo após Paris e assume papel de referência na ginástica

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Desde sua histórica conquista do bronze por equipes em Paris 2024, a vida de Júlia Soares, aos 19 anos, ganhou novos contornos. A ginasta brasileira experimenta agora o reconhecimento nas ruas, contratos comerciais e uma base de fãs que cresce diariamente nas redes sociais. O feito em Paris não só impulsionou sua carreira, mas também estabeleceu Júlia como uma figura central no ressurgimento da ginástica brasileira, despertando admiração principalmente entre as crianças.

"Tudo mudou (risos). Estou na rua e o pessoal me reconhece. Eu achava que, quando estava com o uniforme do Brasil, me reconheceriam, mas até quando estou com roupa normal o pessoal me identifica. Fiquei em choque quando voltei das Olimpíadas. Não tinha noção da grandeza do que foi Paris. Foi muito grande, entramos para a história, agora eu sei. Hoje estão vendo que o Brasil é o país da ginástica", contou Júlia ao site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

"Estou tendo muitos negócios também, que antes não tinha. Nas redes sociais, agora estou com quase três milhões de seguidores. Nunca imaginei isso. Lembro que, quando era criança, dizia que queria ser famosa, mas não sabia que seria tanto assim (risos). É muito legal essa mudança", disse a atleta, expressando sua surpresa com a nova realidade.

Apesar da fama e das mudanças, Júlia Soares faz questão de deixar claro que seu foco principal é a ginástica. E ela tem demonstrado isso muito bem, já que foi campeã do individual geral do Campeonato Brasileiro, realizado em setembro, em João Pessoa, a sua primeira competição após Paris.

Foi nesse torneio que a atleta pôde sentir a dimensão que alcançou. Centenas de fãs, especialmente crianças, se aglomeravam em busca de um autógrafo ou uma foto com Júlia, que atendia a todos pacientemente. Foram vários dias recebendo um carinho do público como jamais havia acontecido.

Mesmo jovem, a paranaense se sente confortável no papel de ídolo e referência para os mais novos, sem deixar sua essência de lado. "É muito legal, eu já estive no lugar dessas crianças e sei o quão importante é ter uma inspiração tão perto. Quando comecei na ginástica, tinha a Daiane (dos Santos), a Jade (Barbosa); eu olhava para elas com os olhos brilhando, sonhando em ser uma atleta olímpica. Hoje sou isso. Sei o quão importante é demonstrar carinho com essas crianças. Isso vai despertar um sonho dentro delas", disse.

"Independentemente dos nossos resultados ao longo da trajetória, continuarei sempre sendo a mesma Júlia. A Júlia que adora sorrir, brincar, e que, durante a competição, se transforma. Digo que o leão que existe dentro de mim desperta nas competições", completou. Após conquistar o individual geral no Brasileiro, Júlia Soares já tem um novo compromisso na ginástica: ela viajará para a Suíça no início de dezembro para participar do Swiss Cup Zürich.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.