Inter vence o Venezia no sufoco e fica a um ponto do líder Napoli no Italiano

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Na caça à liderança do Campeonato Italiano, a Inter de Milão recebeu o frágil Venezia no estádio San Siro, em Milão, neste domingo, e, apesar da dificuldade em furar a retranca adversária e do susto nos acréscimos, quando o visitante teve seu tento anulado pelo VAR, venceu por 1 a 0, gol de Lautaro Martínez. O triunfo ampliou a invencibilidade da equipe da casa para seis partidas na competição.

Desta forma, a Inter aproveitou a derrota do Napoli para a Atalanta, mais cedo, para reduzir sua distância da ponta da tabela para apenas um ponto. A equipe de Simone Inzaghi chegou a 24 pontos, na vice-liderança, contra 25 do conjunto celeste. As duas equipes se enfrentam na próxima rodada, no domingo, às 16h45 (horário de Brasília). Já o Venezia soma apenas oito pontos em 11 partidas e continua na zona de rebaixamento.

Favorita no confronto, a Inter foi para cima desde o primeiro minuto e teve maior volume de jogo no primeiro tempo, mas não conseguiu transformar seu domínio em gols. Aos 6 minutos, Lautaro Martínez arriscou o chute da entrada da área, mas mandou a bola à direita da meta dos visitantes.

Quando não falhava nas finalizações, o time do técnico Simone Inzaghi parava nas mãos de Stankovic. Tanto que, na melhor oportunidade dos anfitriões, aos 35 minutos, Dumfries cruzou da direita e Mkhitaryan completou para o gol, livre no meio da área, mas o arqueiro do Venezia saltou para evitar o tento.

Curiosamente, a chance mais clara de gol do primeiro tempo foi do Venezia, um sua única chegada à área da Inter. Aos 40 minutos, Idzes avançou pela esquerda no contragolpe e cruzou na área. Oristanio, próximo à linha da pequena área, tocou no canto esquerdo de Sommer, que caiu para fazer a defesa e salvar os anfitriões.

Na volta do intervalo, o Venezia passou a se arriscar mais no ataque e a partida ganhou velocidade. Aos 5 minutos, Mkhitaryan balançou a rede para a Inter, mas a arbitragem assinalou impedimento de Dimarco, que havia cruzado, na origem da jogada. Na sequência, em jogada semelhante, do outro lado do campo, Pohjanpalo recebeu o passe rasteiro, mas seu tiro à queima-roupa parou em Sommer, que voltou a brilhar.

Mesmo sem muita criatividade, a Inter trocava passes na intermediária em busca de espaços na defesa, mas as melhores oportunidades saíam dos cruzamentos de Dimarco da esquerda. Foi assim que, aos 29 minutos, o camisa 32 encontrou Lautaro livre na segunda trave para cabecear e tirar o zero do marcador. Dois minutos depois, foi Marcus Thuram, que tinha uma atuação discreta, quem recebeu o cruzamento de Dimarco, mas, na cara de Stankovic, o francês chutou em cima do goleiro.

O gol não reduziu o ímpeto ofensivo da Inter, que continuou em busca do segundo. Aos 34 minutos, Marcus Thuram cabeceou com força na pequena área, mas Stankovic saltou para desviar a bola por cima de sua meta. O goleiro voltou a impedir um placar mais elástico ao afastar um chute venenoso de Çalhanoglu, de fora da área, aos 42.

Aos 52 minutos, o Venezia igualou o placar com Sverko, mas a Inter foi salva pelo VAR, que flagrou um toque no braço do atacante, e a vitória magra foi comemorada como uma goleada pelos torcedores.

OUTROS JOGOS

Mais cedo, neste domingo, a Fiorentina confirmou a boa fase e derrotou o Torino por 1 a 0, no estádio Olímpico Grande Torino, em Turim. A quinta vitória consecutiva no Italiano levou a equipe roxa ao quarto lugar na tabela, com 22 pontos. Já o Torino, que havia começado bem a competição, saiu derrotado pela quarta vez nas cinco últimas partidas e caiu para o décimo posto, com 14 pontos.

Com o brasileiro Dodô titular na lateral, a equipe de Florença anotou o único gol da partida aos 41 minutos do primeiro tempo. Kean recebeu bom passe de Ranieri na área e mandou a bola no canto direito do goleiro Milinkovic-Savic. Mandragora quase ampliou em cobrança de falta, mas a bola bateu na trave.

A Roma, por sua vez, visitou o Verona no estádio Marc'Antonio Bentegodi e conheceu a terceira derrota nas cinco últimas rodadas. A equipe do técnico Ivan Juric buscou o empate duas vezes, mas foi castigada com um gol aos 43 minutos do segundo tempo e caiu por 3 a 2. A equipe da capital italiana está na 11ª colocação, com 13 pontos, logo à frente do Verona, que chegou a 12 e se afastou da zona de rebaixamento.

Tengstedt abriu o placar para os anfitriões logo aos 13 minutos, finalizando no canto direito. Soule, que havia acabado de desperdiçar chance clara, recebeu o passe de Zalewski e igualou aos 28. Ainda no primeiro tempo, aos 34, Magnani completou, de cabeça, o escanteio cobrado por Duda e deu a vantagem ao Verona.

No segundo tempo, a Roma partiu para cima em busca do empate. Logo aos 8 minutos, Dovbyk foi acionado na área por Celik e fez 2 a 2. Quando os visitantes pressionavam para tentar virar o placar, já com Dybala e El Shaarawy dando trabalho à defesa do time da casa, Harroui bateu na saída do goleiro Svilar, aos 43 minutos, para dar a vitória ao Verona.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.