Botafogo pressiona, não sai do zero com Cuiabá e escuta vaias no Engenhão

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O Botafogo amassou o Cuiabá , desperdiçou inúmeras oportunidades, mas não saiu de um empate sem gols neste sábado, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, com direito a um misto de vaias e aplausos após a partida, que marcou o recorde de público do clube alvinegro na competição. Quase 42 mil torcedores estiveram presentes no Engenhão.

Com o resultado, o Botafogo viu a diferença para o Palmeiras cair para quatro pontos e deixou a disputa pelo título ainda mais em aberto. O time alvinegro soma 68, contra 64 da equipe alviverde.

O Cuiabá, por outro lado, praticamente deu adeus à elite do futebol nacional. O time do Mato Grosso continua na vice-lanterna, com 29 pontos, precisando vencer praticamente todos os seus jogos para conseguir evitar a queda.

Como previsto, o Botafogo entrou em campo com força máxima, mas, por um momento, acabou surpreendido pela marcação pressão do Cuiabá, que dificultou a vida do líder da competição com nove dos dez jogadores da linha marcando atrás do meio de campo.

O Cuiabá foi responsável também por criar a primeira boa oportunidade da partida. Aos 31, Clayson cobrou escanteio, Marllon desviou e Marlon Freitas tirou em cima da linha, antes de Railan conseguir empurrar. Após o susto, o Botafogo conseguiu aplicar diferentes variações dentro de campo, apesar de não fazer nenhuma mudança.

Artur Jorge chegou a colocar Eduardo e Júnior Santos em um aquecimento mais intenso, mas as mudanças ficaram para a segunda etapa. Com um toque de bola envolvendo, o Botafogo viveu o seu melhor momento nos minutos finais. Aos 40, Savarino cruzou na cabeça de Igor Jesus, que mandou rente à trave.

O Botafogo cresceu e poderia ter ido ao intervalo em vantagem. Aos 51, Marlon Freitas arriscou pelo lado direito e viu a bola bater caprichosamente na trave. Coube ao Cuiabá se fechar. O time do Mato Grosso correu muito e conseguiu impedir que o clube carioca saísse à frente do placar na etapa inicial.

No segundo tempo, o Botafogo voltou a campo com a mesma equipe e foi muito mais intenso. Alex Telles, Igor Jesus, Savarino e Bastos criaram chances, mas sem muito perigo, até pela dificuldade em fazer a infiltração, já que o Cuiabá se mostrou acuado, com todos os seus jogadores praticamente dentro da área.

Com o Botafogo perdendo fôlego, Artur Jorge deu uma oxigenação no elenco ao colocar Cuiabano, Júnior Santos e Eduardo, este no lugar do lateral Vitinho, deixando o time ainda mais ofensivo. O time alvinegro foi crescendo de novo e viu Luiz Henrique, aos 28, bater colocado e jogar rente à trave de Walter.

Aos 32, Igor Jesus recebeu de Cuiabá e cabeceou com perigo. A bola chegou a resvalar no travessão. A pressão já era enorme neste momento. Em um chute de fora da área, logo depois, Savarino mandou muito perto do gol. Aos 37, um lance impressionante. Da marca do pênalti, Júnior Santos soltou o pé, mas Marllon tirou em cima da linha.

Os minutos finais foram de ataque contra a defesa. A pressão foi intensa, mas o Cuiabá conseguiu segurar o resultado e saiu satisfeito com um ponto conquistado no Rio de Janeiro.

O Botafogo volta a campo no dia 20 de novembro, quarta-feira, às 21h30, para fazer um tira-teima da final da Libertadores com o Atlético-MG, na Arena MRV, em Belo Horizonte. No mesmo dia, às 19h, o Cuiabá desafia o Flamengo, na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT).

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 0 X 0 CUIABÁ

BOTAFOGO - John; Vitinho (Eduardo), Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Gregore, Marlon Freitas, Savarino (Tiquinho Soares) e Thiago Almada (Júnior Santos); Luiz Henrique e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge

CUIABÁ - Walter; Matheus Alexandre, Marllon, Bruno Alves e Ramon; Filipe Augusto (Gabriel), Raylan (Jadson) e Denilson (Lucas Fernandes); Derik Lacerda (Jonathan Cafu), Pitta e Clayson (Lucas Mineiro). Técnico: Bernardo Franco

CARTÕES AMARELOS - Bruno Alves, Denilson, Derik Lacerda, Gabriel, Ramon e Bernardo Franco (Cuiabá)

ÁRBITRO - Rodrigo José Pereira de Lima (PE)

RENDA - R$ 2.949.695,00

PÚBLICO - 41.899 torcedores

LOCAL - Estádio do Engenhão, no Rio (RJ)

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.