São Paulo vê reservas entrarem para decidir e vencer Athletico-PR em jogo truncado

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O São Paulo teve mais dificuldade que o previsto para bater o Athletico-PR, pela 33ª rodada do Brasileirão, neste sábado. Apesar de ter superioridade técnica, o time são-paulino não conseguiu converter a alta posse de bola em efetividade no ataque. Os gols saíram somente na segunda etapa, sempre em cruzamentos. Luciano abriu o placar, e Julimar respondeu. Quando o empate parecia persistir, Zubeldía lançou mão das entradas de Jamal Lewis e André Silva, que participaram da jogada do gol da vitória.

A partida marcou o reencontro do São Paulo com o MorumBis. A equipe ficou fora do seu estádio por 45 dias, pelo trabalho de restauração do gramado, após a maratona de shows de Bruno Mars em São Paulo. O último jogo do time na sua casa era o empate por 1 a 1, na eliminação da Libertadores, contra o Botafogo.

Com a vitória, o São Paulo fica na 6ª posição com 57 pontos. Após a Data Fifa, os são-paulinos voltam a jogar pelo Brasileirão contra o Red Bull Bragantino, no Nabi Abi Chedid, dia 20. Já o Athletico-PR cai para 18º, com 34, e volta a campo dia 16, contra o Atlético-MG, na Ligga Arena.

A fragilidade do Athletico-PR dentro de campo ilustra os motivos de o time estar na zona de rebaixamento. O São Paulo tinha facilidade em avançar desde os primeiros minutos., manter a posse de bola e mandar no jogo. Na frente, porém, faltaram conclusões.

A primeira chance veio somente com um chute de fora da área de Lucas. Já a primeira oportunidade mais clara foi do Athletico-PR. João Cruz bateu, e Rafael espalmou. A bola sobrou para Pablo, que chutou em cima do goleiro tricolor.

Fora essa chegada, o São Paulo manteve pleno domínio no primeiro tempo, com quase 80% da posse. Isso, contudo, não foi bem aproveitado pelo time, que finalizou apenas três vezes. Somente Lucas tinha lampejos individuais com escapadas pela direita.

A volta do segundo tempo manteve a mesma tônica, a exceção de um chute de Julimar, que passou por cima da meta de Rafael. Logo o São Paulo voltou a ter mais presença no setor ofensivo.

A insistência deu certo. Lucas confirmou sua posição de expoente criativo em um jogo sem emoção e cruzou perfeitamente para Luciano. O camisa 10 cabeceou sem chances para Mycael e abriu o placar.

Pouco depois era a chance de Luciano dar assistência. Ele bateu cruzado, e Calleri desviou. A finalização do argentino, na pequena área, raspou na trave e foi para fora. O atacante não marca no Brasileirão há três meses.

Do outro lado, o Athletico não conseguia reagir. Lucho González tentou mudar o jogo com um 'pacotão' de substituições. Um dos jogadores que entrou foi Zapelli. Pouco depois, o meia cobrou escanteio na cabeça de Julimar, que empatou. Foi o terceiro jogo seguido que o atacante foi às redes.

O gol animou os paranaenses. O time conseguia partir para cima do São Paulo, que sofria ao se defender. Nesta altura da partida, o Athletico compensava o déficit técnico com empenho físico. Os jogadores perseguiam os são-paulinos sem abrir brechas na sua defesa.

Tentando melhorar, Zubeldía promoveu o retorno de Alisson, após quatro meses. O jogador era o principal destaque do time quando uma fratura no tornozelo direito. Wellington Rato também entrou, em tentativa de que a equipe conseguisse mais espaços na frente.

O camisa 27 passou a alçar bolas na área do adversário. Os cruzamentos, aliás, passaram as principais tentativas dos dois times, em busca de repetir a fórmula que deu certo nos gols.

Se Lucho González empatou a partir de suas alterações, Zubeldía quis testar a receita. André Silva e Jamal Lewis entraram. Em mais um cruzamento, Liziero lançou para Jamal Lewis. O norte-irlandês desviou para que o camisa 17 colocasse o São Paulo na frente.

Os minutos finais reservaram tensão, com o Athletico presente no ataque. Nada foi efetivo, complicando ainda mais a situação dos paranaenses e aliviando os são-paulinos.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 2 X 1 ATHLETICO-PR

SÃO PAULO - Rafael; Igor Vinícius, Ruan, Alan Franco (Jamal Lewis) e Sabino; Luiz Gustavo (Liziero) e Marco Antônio (Alisson); Lucas Moura, Luciano e Ferreirinha (Wellington Rato); Calleri (André Silva). Técnico: Luis Zubeldía.

ATHLETICO-PR - Mycael; Leo Godoy (Marcos Victor), Belezi, Gamarra e Esquivel (Fernando); Erick (Zapelli) e Felipinho; João Cruz, Praxedes (Gabriel) e Julimar; Pablo (Emersonn). Técnico: Lucho González.

GOLS - Luciano, aos 8, e Julimar, aos 22, e André Silva aos 43 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Leo Godoy, Erick, Felipinho, Julimar e Belezi (Athletico-PR) e Lucas Moura, Igor Vinícius e Luis Zubeldía (São Paulo).

ÁRBITRO - Rafael Klein (RS).

PÚBLICO - 34.777 pessoas.

RENDA - R$ 2.015.341,00.

LOCAL - MorumBis, em São Paulo.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.