Renato Gaúcho diz que Grêmio não é mal treinado, descarta queda e ganha respaldo da diretoria

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A busca pelo empate com o Juventude, por 2 a 2, apenas nos acréscimos, na Arena lotada Arena Grêmio, e a consequente na 13ª colocação do Brasileirão, sob ameaça de rebaixamento, não abala o técnico Renato Gaúcho. Mais uma vez pressionado, o comandante mostrou-se um tanto irônico em uma coletiva após novo tropeço, garantindo que o time não é mal treinado e que nem pensa em rebaixamento. Apesar do resultado ruim, o técnico ganhou respaldo da diretoria.

Sempre citando que a ausência de jogos na Arena por causa da tragédia das enchentes em Porto Alegre foram a "culpada" pela campanha ruim, Renato Gaúcho parece esgotar suas "desculpas" para justificar tropeços, já que há algum tempo o time voltou para casa e não engrena.

"O Grêmio não está mal treinado", garantiu, incomodado com as cobranças. "Nós tínhamos três jogadores com as seleções, jogadores voltando de lesão, jogadores suspensos e em três, quatro dias, querem que o treinador mude o esquema e que dê tudo certo dentro do jogo", se defendeu após a igualdade.

"Grêmio está pagando a conta por causa da enchente. Poderíamos não estar brigando pelo título mesmo se tivesse jogado todos os jogos na Arena. Mas, com certeza absoluta, o Grêmio não estaria nessa situação", frisou, descartando luta contra a queda. "A gente está devendo sim, mas esse pensamento quanto ao rebaixamento nunca passou pela minha cabeça."

Sobre a falta de resultados, disse que o psicológico do time está atrapalhando. Por vezes diante do Juventude ele apareceu brigando com o time. Foram várias broncas em Pavón, por exemplo. "Infelizmente, nesses momentos a parte psicológica faz a diferença. Em todo jogo, o Grêmio entra em campo pressionado, na Arena ou fora. Muitas vezes o jogador quer arriscar uma jogada, mas falta confiança", explicou.

Presente na coletiva, o vice-presidente de futebol Antônio Brum saiu em defesa do comandante. "A gente acha que o Renato é o cara certo para fazer os pontos necessários para tirar o Grêmio dessa situação, por isso continuamos com ele", explicou, em uma mea-culpa. "Todos nós que estamos aqui no dia a dia somos culpados pelo Grêmio estar nessa situação. E o torcedor tem que cobrar, é um direito dele."

Brum admitiu, contudo, que esperava mais da equipe. "Eu considero o grupo deste ano mais forte do que o do ano passado, que foi vice-campeão brasileiro. Claro que a gente perdeu um grande jogador que era o Suárez, mas se olharmos para o grupo, temos mais opções", cutucou o dirigente.

E adotou um discurso duro para cobrar resultados. "Não estamos satisfeitos com o desempenho do Grêmio nos últimos jogos. Estamos trabalhando no dia a dia justamente para somar os pontos necessários pra afastar o Grêmio desse risco de rebaixamento", completou.

A sequência de jogos da equipe na reta final é chata. Visita o Cruzeiro, recebe o São Paulo, faz confronto direto com o Vitória em Salvador e fecha a participação diante do Corinthians em sua Arena.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.