Conmebol insiste em final única da Libertadores após fiascos e prevê recorde de público

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A Conmebol insistiu e após fiascos, sobretudo em decisões da Copa Sul-Americana, pode comemorar. Depois de ter o Maracanã lotado para a final da Copa Libertadores de 2023 entre Fluminense e Boca Juniors, neste ano, mais de 60 mil ingressos foram vendidos até esta sexta-feira para o duelo que consagrará Atlético Mineiro ou Botafogo como campeão continental.

A expectativa da Conmebol é de que o Monumental de Núñez, estádio que passou por uma ampla reforma e hoje comporta até 85 mil torcedores, esteja perto de sua lotação máxima, ao contrário do que aconteceu em outras finais recentes. Em 2022, com a baixa procura, resultado dos preços elevados e da dificuldade de acesso a Guayaquil, no Equador, os organizadores fizeram promoções, sorteios e até distribuíram ingressos para a decisão entre Athletico-PR e Flamengo, disputada com mais ou menos metade da capacidade do estádio - 30 mil dos 60 mil lugares ocupados.

No ano passado, 69 mil torcedores estiveram em Fluminense x Boca Juniors no Maracanã. O público foi alto, claro, por causa da presença do time carioca na decisão disputada em casa. Desta vez, a Conmebol espera entre 70 mil e 75 mil torcedores, o que seria um recorde em uma final de Libertadores disputada em jogo único.

Todos os ingressos destinados ao Setor Centenário, espaço exclusivo à torcida do Botafogo, foram esgotados. As 22 mil entradas disponibilizadas pela Conmebol foram compradas em menos de dois dias.

A Conmebol considera positiva a polêmica decisão de ter trocado finais em dois jogos nas casas dos finalistas por realizar a decisão em jogo único e em campo neutro, copiando o modelo adotado pela Liga dos Campeões. A entidade menciona o impacto financeiro e a valorização do turismo nas cidades escolhidas e entende ser mais atrativo o modelo atual.

A entidade responsável pelo futebol sul-americano não divulga oficialmente a parcial de venda, mas o Estadão apurou que, até esta sexta, véspera do jogo, foram vendidos pouco mais de 60 mil ingressos: 22 mil para botafoguenses, 12 mil aos atleticanos e 30 mil bilhetes de setores mistos.

A entidade que organiza o futebol sul-americano tem boa relação com dirigentes antigos e atuais do River e havia prometido há anos que o Monumental seria o palco da decisão da competição mais importante do continente. O estádio do River foi escolhido por causa da "infraestrutura moderna do Monumental pós-reformas", além da "história esportiva e grande capacidade" do estádio, segundo os argumentos de dirigentes da Conmebol.

Neste ano, ao contrário do que fizera em temporadas anteriores, a Conmebol postergou ao máximo a divulgação do estádio que abrigará a final da Libertadores e só fez o anúncio no começo de outubro, a menos de dois meses da data da partida, e quando os semifinalistas do torneio já estavam definidos.

O Monumental venceu a concorrência com o estádio Libertadores de América, do Independiente, em Avellaneda, na região metropolitana de Buenos Aires, e o Único Diego Armando Maradona, em La Plata, a 50 km da capital argentina.

É provável que os botafoguenses formem o maior público em uma final da competição no modelo atual fora de seu país de origem. O posto pertence à torcida do Flamengo, que levou 26 mil flamenguistas a Montevidéu, em 2021, quando o time foi derrotado pelo Palmeiras.

CONMEBOL PREVÊ PÚBLICO RECORDE NO MONUMENTAL

A maior parte dos botafoguenses partiram, claro, do Rio de Janeiro. Mas há torcedores de todas as partes. Morador de Porto Velho, em Rondônia, Wanderlei Maia enfrentou três dias de viagem de ônibus para ver seu time de perto pela primeira vez. Ele organizou a excursão com 40 lugares.

"A maioria nunca nem viu um jogo no Rio. Só uns três ou quatro. Nunca fui para o Engenhão. Vai ser uma experiência única", conta. "É muito perrengue, a gente abre mão de muita coisa, mas a maioria dos familiares aceitou numa boa. É um sonho nosso, nunca tínhamos imaginado".

Potiguar de Natal, o militar Lucas Bonfim pagou caro para voar com o pai de sua cidade até a capital argentina. "Viemos de avião, mais de 12 horas de viagem, com escala no Rio e em Santiago do Chile, só encontramos passagem por este trecho", relata. Ele diz ter gastado R$ 25 mil com hospedagens, passagens aéreas e ingressos. Só com as entradas para ele e o pai desembolsou R$ 7 mil. "Fora a alimentação por aqui, que está cara demais", constata.

A torcida do Atlético-MG também tem direito a mesma carga, de 22 mil ingressos, e ficará no setor Sívori, no lado oposto, atrás do outro gol. Os outros bilhetes são para setores mistos.

Os setores destinados a cada torcida tem os ingressos mais baratos. As entradas para os espaços nas cadeiras centrais são as mais caras. O bilhete mais econômico custa 60 mil pesos argentinos (R$ 350) e o mais caro, 384 mil pesos argentinos (R$ 2,2 mil).

Confira os palcos das finais únicas da Libertadores:

2019 - Flamengo 2 x 1 River Plate, Estádio Monumental de Lima, no Peru

2020 - Palmeiras 1 x 0 Santos, Maracanã, no Rio

2021 - Palmeiras 2 x 1 Flamengo, Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai

2022 - Flamengo 1 x 0 Athletico-PR, Estádio Monumental de Guayaquil, no Equador

2023 - Fluminense 2 x 1 Boca Juniors, Maracanã, no Rio

2024 - Atlético-MG x Botafogo, Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.