Gabriel Bortoleto é sexto na corrida sprint do Catar e mantém a liderança da Fórmula 2

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Futuro piloto da Sauber na Fórmula 1, no próximo ano, o brasileiro Gabriel Bortoleto foi o sexto colocado na corrida sprint do Catar, na pista de Lusail, neste sábado, e manteve a liderança do Mundial de Fórmula 2, que será decidida apenas na última etapa, nos Emirados Árabes Unidos.

A diferença entre Bortoleto e Isack Hadjar, seu principal concorrente pelo título -e quarto colocado na sprint-, caiu de 4,5 pontos para 2,5 pontos na classificação, mas foi positiva para o piloto da Invicta, que largou em nono na corrida sprint, enquanto o francês saiu em segundo. Oliver Bearman foi o vencedor da prova.

Após se classificar em segundo lugar para a corrida principal no treino de classificação, na sexta-feira, Bortoleto largou em nono lugar na sprint, com inversão do grid dos dez primeiros. Assim, seu principal concorrente ao título, Isack Hadjar, que largará em nono neste domingo, saiu na segunda posição, atrás de Bearman.

Em uma largada limpa e sem toques, Bearman se manteve à frente do pelotão, seguido por Hadjar e Victor Martins. Bortoleto aproveitou a má saída de Beganovich e passou para oitavo. Na segunda volta, Hadjar aproveitou a vantagem dos seus pneus médios e ultrapassou Bearman, assumindo a liderança da corrida sprint. Dois giros depois, o francês já tinha uma vantagem de 3s2. Bortoleto continuava em oitavo.

Na quinta volta, Bortoleto ultrapassou Goethe e assumiu a sétima colocação. Em seguida, o motor do carro do piloto da MP Motorsport pegou fogo e passou a jogar óleo na pista, provocando o safety car virtual. Na sétima volta, Haadjar liderava à frente de Bearman, Martins, Crawford, Verschoor, Aron e Bortoleto.

Crawford atacava Martins em busca da terceira posição, e o piloto franco-português segurava todo o pelotão atrás enquanto defendia sua posição. Na décima volta, Hadjar tinha 2s3 de vantagem sobre Bearman, que, por sua vez, abria 6s2 à frente de Martins. Na metade da prova sprint, Hadjar começou a sentir o desgaste de seus pneus médios, perdeu desempenho e a vantagem em relação a Bearman caiu para 1s6. Com uma atuação cautelosa, Bortoleto evitava atacar Aron e se segurava em oitavo.

Na 15ª das 23 voltas, Bearman se aproximava de Hadjar e, 0s9 atrás, tinha a possibilidade de abrir as asas traseiras para tentar recuperar a liderança. Vitor Martins e os demais carros que vinham na sequência vinham 6 segundos atrás. Dois giros depois, Crawford ultrapassou Martins e assumiu o terceiro posto, enquanto Bearman colava cada vez mais em Hadjar. Bortoleto foi por fora para cima de Aron e saiu da pista, retornando em seguida.

Também com pneus médios, Martins perdia desempenho e posições. Assim, Bortoleto subiu para o sexto lugar. Faltando quatro voltas para o final, o brasileiro da Invicta passou a atacar Aron em busca do quinto posto. Na ponta, Hadjar se defendia de Bearman.

A três voltas do final, Bearman, com pneus duros, ultrapassou Hadjar e assumiu a liderança. Crawford e Verschoor também aproveitaram a falta de aderência dos pneus do francês e o ultrapassaram. No pelotão de trás, Antonelli e Maini se chocaram e o safety car entrou na pista.

Com safety car, Bearman recebeu a bandeirada em primeiro, seguido por Crawford, Verschoor, Hadjar, Aron e Bortoleto, adiando a definição do título da Fórmula 2 para a última etapa, no próximo final de semana, nos Emirados Árabes Unidos. Richard Verschoor, da MP Motorsport, fez a volta mais rápida, em 1min38s630.

Neste domingo, Gabriel Bortoleto largará na primeira fila, na segunda posição, na corrida principal da etapa do Catar de Fórmula 2, às 9h20 (horário de Brasília). À sua frente, na pole position, alinhará o estoniano Paul Aron, enquanto o principal concorrente do brasileiro pelo título, Isack Hadjar, sairá em nono.

Confira o resultados da etapa sprint do Catar de Fórmula 2:

1º - Oliver Bearman (GBR/Prema), em 40min51s281

2º - Jak Crawford (EUA/Dams), a 0s295

3º - Richard Verschoor (HOL/MP Motorsport), a 0s580

4º - Isack Hadjar (FRA/Campos), a 0s910

5º - Paul Aron (EST/Hitech Pulse-Eight), a 1s059

6º - Gabriel Bortoleto (BRA/Invicta), a 1s227

7º - Ritomo Miyata (JAP/Rodin), a 1s544

8º - Zane Maloney (BAR/Rodin), a 1s751

9º - Joshua Dürksen (PAR/AIX), a 1s905

10º - Victor Martins (FRA/ART), a 2s868

11º - Dino Beganovic (SUE/Dams), a 3s223

12º - Luke Browning (GBR/ART), a 3s532

13º - John Bennett (GBR/Van Amersfoort), a 4s151

14º - Max Esterson (EUA/Trident), a 4s760

15º - Christian Mansell (AUS/Trident), a 5s340

16º - Amaury Cordeel (BEL/Hitech Pulse-Eight), a 6s053

17º - Rafael Villagómez (MEX/Van Amersfoort), a 6s517

18º - Cian Shields (GBR/AIX), a 6s966

Não completaram a prova:

Andrea Antonelli (ITA/PREMA)

Kush Maini (IND/Invicta)

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.