Após rodada, Nordeste garante recorde de clubes no Brasileirão de 2025

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Faltando duas rodadas para o seu fim, o Brasileirão ainda não definiu seu campeão, todos os rebaixados e classificados à Copa Libertadores. Mas um dado é certo: a permanência do Vitória na primeira divisão fará o Nordeste bater recorde de clubes presentes na Série A de 2025. Serão cinco clubes: Fortaleza, Bahia, Vitória, Sport e Ceará.

Os dois últimos conquistaram o acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, encerrado no mês passado. Na primeira divisão, o Vitória corria risco de rebaixamento até a rodada do fim de semana, quando superou o Fortaleza por 2 a 0, em casa. Os três pontos garantiram matematicamente a presença do time baiano na Série A de 2025.

Assim, o Nordeste será a segunda região do País com mais clubes na elite nacional, atrás apenas do Sudeste, com nove clubes. Desde 2003, quando o Brasileirão passou a ser disputado no formato de pontos corridos, que o Nordeste possui ao menos um representante. O recorde até então havia sido com quatro equipes em 2018 (Ceará, Bahia, Sport e Vitória), 2019 (Bahia, Ceará, CSA e Fortaleza), 2020 (Bahia, Ceará, Fortaleza e Sport) e 2021 (Fortaleza, Bahia, Ceará e Sport).

"A geopolítica esportiva do futebol do Brasil está mudando. Ter 25% de clubes da elite do futebol da região é algo a ser exaltado. Estamos falando de uma região extremamente populosa, com atrações que vão além do esporte, como o turismo. E de torcidas de massa, que lotam seus estádios e respiram futebol 24 horas por dia. Acredito que é um momento inédito a ser celebrado, mas que também deve ser de reflexão para o futuro", diz o presidente do Sport, Yuri Romão.

Para o dirigente, os clubes da região precisam buscar agora um nível ainda mais elevado de profissionalização para se manterem na elite. "É preciso que tanto os clubes como as federações estejam preparadas para esse momento. Não adianta só os clubes se profissionalizarem. E pensando a curto e médio prazo, vejo com muita clareza que nenhum clube do Nordeste conseguirá sobreviver dentro desse novo ambiente do futebol brasileiro sem ter um parceiro financeiro do lado, por meio de um instrumento jurídico que é a SAF", afirmou.

Um destes exemplos é o Fortaleza, que vem em ascensão nos últimos anos. Neste Brasileirão, estava na briga pelo título até a rodada do fim de semana, quando perdeu para o Vitória. "É um momento histórico para o futebol nordestino, que mostra força ao ter 25% dos clubes na Série A pela primeira vez. Isso causa um maior equilíbrio na competição em termos de logística, porque os times do Sul e Sudeste terão que viajar um pouco mais, igualando ao que nós do Nordeste já fazemos. Na atual Série A temos três nordestinos entre os dez, isso também é muito impactante. É uma região que ama futebol, tem grandes públicos, bons equipamentos e que sempre revelou jogadores", comenta Marcelo Paz, CEO da SAF do Fortaleza.

Dentre os clubes nordestinos que estarão na Série A em 2025, o Fortaleza é o único garantido na Copa Libertadores do próximo ano. O Bahia tem grandes chances de ficar no G-8 e lutar por uma das vagas à fase preliminar da Libertadores, enquanto o Vitória tem remotas chances, mas deve se garantir na Copa Sul-Americana.

"A potência do Nordeste em termos geográficos, de tamanho de torcida e das médias de público alcançadas nos últimos anos por esses clubes, atrelado às boas gestões, com introdução ao modelo SAF e reformas administrativas e estruturais, fazem com que o crescimento com negócios, novas receitas e patrocinadores aconteça de forma natural. É muito bom ver a região novamente representada por tantas agremiações", pontua Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo.

Na prática, alguns desses clubes também serão beneficiados com novas receitas, em especial Sport e Ceará. Subir de divisão, por exemplo, já representa um acréscimo de aproximadamente R$ 120 milhões para a próxima temporada. Além disso, alguns contratos de patrocínio devem ser reajustados.

Em outra categoria

Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.