Leclerc lidera 1º treino livre, mas sofre punição no GP de Abu Dabi de F-1

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Charles Leclerc abriu o GP de Abu Dabi de Fórmula 1 com sentimentos opostos. O piloto da Ferrari liderou o primeiro treino livre, mas poucos minutos depois foi punido com a perda de 10 posições no grid de largada de domingo, quando será disputada a última corrida da temporada, no Circuito de Yas Marina, nos Emirados Árabes Unidos. O brasileiro Felipe Drugovich anotou o nono melhor tempo.

 

O piloto de Mônaco anotou o tempo de 1min24s321 na primeira atividade da pista no fim de semana. Ele deixou para trás o inglês Lando Norris, da McLaren, e a dupla da Mercedes, formada pelos britânicos Lewis Hamilton e George Russell. O francês Pierre Gasly, da Alpine, completou o Top 5.

 

O resultado animou a Ferrari, que está na briga pelo título do Mundial de Construtores com a McLaren, uma vez que Leclerc ficou à frente de Norris, o principal piloto da equipe rival nesta temporada. O problema é que, ao fim do treino, Leclerc foi avisado sobre uma punição para a corrida de domingo.

 

Ele perdeu 10 posições no grid de largada por ter trocado um dos componentes do seu motor, ligado ao armazenamento de energia. O problema chegou a adiar o início do treino do piloto, que ficou 20 minutos nos boxes quando a atividade já havia começado. A punição acontece no momento decisivo do campeonato, em que a Ferrari está 21 pontos atrás da líder McLaren.

 

Quando foi para a pista - completou 19 voltas -, Leclerc viveu situação inédita na história da F-1. Pela primeira vez, dois irmãos disputaram uma atividade de pista pela mesma equipe na categoria. Isso porque Artur, seu irmão, de 24 anos, participou da primeira sessão de Abu Dabi pela equipe italiana. Foi o 18º mais rápido, com 1min26s179, quase dois segundos mais velho que o experiente irmão.

 

A sessão contou ainda outros cinco pilotos de testes de diversas equipes na pista. Um deles, Isack Hadjar, é rival de Gabriel Bortoleto na disputa pelo título da Fórmula 2, neste fim de semana, também em Abu Dabi. Ele substituiu o holandês Max Verstappen, campeão antecipado da temporada.

 

DRUGOVICH SE DESTACA

Presente no primeiro treino livre, Felipe Drugovich foi o melhor piloto de teste da sessão. Pilotando uma Aston Martin, equipe da qual é reserva, o brasileiro registrou o nono melhor tempo: 1min25s471. Ele ocupou a vaga do titular canadense Lance Stroll, que forma dupla com o espanhol Fernando Alonso.

 

Os demais pilotos testes que foram para a pista são Ryo Hirakawa, Ayumu Iwasa e Luke Browning. Outra novidade do dia foi o australiano Jack Doohan, que entrou mais cedo do que esperava na Alpine, na vaga do francês Esteban Ocon, dispensado pela equipe antes do fim do campeonato.

 

Os pilotos voltam à pista às 10 horas (de Brasília) desta sexta-feira para o segundo treino livre da etapa. No sábado, a terceira sessão livre será às 7h30. O treino classificatório está marcado para as 11h. E a corrida, no domingo, tem largada para as 10 horas.

 

Confira o resultado do 1º treino livre da F-1:

 

1º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), 1min24s321

2º - Lando Norris (ING/McLaren), 1min24s542

3º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), 1min24s806

4º - George Russell (ING/Mercedes), 1min25s165

5º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), 1min25s333

6º - Nico Hülkenberg (ALE/Haas), 1min25s373

7º - Franco Colapinto (ARG/Williams), 1min25s382

8º - Kevin Magnussen (DIN/Haas), 1min25s444

9º - Felipe Drugovich (BRA/Aston Martin), 1min25s471

10º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull), 1min25s483

11º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), 1min25s504

12º - Liam Lawson (NZL/RB), 1min25s563

13º - Valtteri Bottas (FIN/Kick Sauber), 1min25s611

14º - Ryo Hirakawa (JAP/McLaren), 1min25s874

15º - Isack Hadjar (ARL/Red Bull), 1min25s877

16º - Zhou Guanyu (CHN/Kick Sauber), 1min25s921

17º - Ayumu Iwasa (JAP/RB), 1min26s121

18º - Arthur Leclerc (MON/Ferrari), 1min26s179

19º - Jack Doohan (AUS/Alpine), 1min26s304

20º - Luke Browning (ING/Williams, 1min26s519

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.