João Fonseca vence com mais um 'pneu', avança no quali em Melbourne e repete feito de Sinner

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

João Fonseca avançou no qualifying do Aberto da Austrália, na madrugada desta quarta-feira, com mais uma vitória arrasadora. Desta vez, a vítima foi Coleman Wong, de Hong Kong, pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 6/0 e 6/3, em apenas 53 minutos de confronto, em Melbourne. O triunfo fez o jovem tenista brasileiro igualar um feito de Jannik Sinner.

 

Fonseca alcançou a terceira e última rodada do quali, a fase preliminar do Aberto da Austrália. Ele só precisa de mais uma vitória para entrar pela primeira vez na carreira numa chave principal de um torneio de Grand Slam, os mais prestigiados do circuito profissional.

 

Seu próximo adversário será mais um argentino, Thiago Agustín Tirante - na estreia, ele havia eliminado Federico Agustín Gómez. Tirante, de 23 anos, é o atual 115º do mundo, mas já apareceu no 90º posto, no ano passado. Será o terceiro confronto entre os dois tenistas. O primeiro, em 2022, foi vencido pelo argentino. O brasileiro devolveu o resultado no ano passado, no Torneio de Santiago, no Chile.

 

O triunfo de Fonseca sobre Coleman Wong contou com mais um "pneu" - vencer um set sem ceder um game sequer ao adversário - na competição. O segundo "pneu" consecutivo fez o brasileiro entrar numa restrita lista em qualifyings de Grand Slams. Desde o ano 2000, apenas quatro tenistas alcançaram dois seguidos nesta fase e um deles foi o italiano Jannik Sinner, atual número 1 do mundo, no quali do US Open de 2019.

 

Os outros dois a atingirem o feito foram o americano Frances Tiafoe, no Aberto da Austrália de 2017, e o argentino Guillermo Coria, em Roland Garros de 2000. Ambos também entraram no Top 10 do ranking anos depois.

 

Promessa do tênis mundial, Fonseca vive seu melhor momento desde a estreia entre os profissionais, na temporada passada. Ele vem de dois títulos consecutivos. Antes do Natal, foi campeão do Torneio Next Gen, que reuniu os oito melhores do mundo com até 20 anos de idade na Arábia Saudita - foi o primeiro sul-americano a levantar esse troféu. E, na primeira semana deste ano, ele foi campeão do Challenger de Camberra, na Austrália.

 

Com estes títulos em série e o resultado desta terça, Fonseca soma agora 12 vitórias consecutivas, se aproximando cada vez mais do almejado Top 100. O brasileiro subiu para o 113º, a melhor colocação da carreira, na última segunda-feira.

 

Nesta quarta, Fonseca atropelou o rival asiático no primeiro set, vencido em apenas 19 minutos. Wong elevou seu nível de jogo na segunda parcial. Mas voltou a perder seu saque. O brasileiro obteve cinco quebras ao longo da partida e não teve seu serviço ameaçado em nenhum momento. Fonseca terminou a partida com 24 bolas vencedoras, contra 13 do tenista de Hong Kong. E cometeu 12 erros não forçados, diante de 11 do adversário.

 

MONTEIRO TAMBÉM AVANÇA

Tenista número dois do Brasil, Thiago Monteiro também se garantiu na última rodada do quali. Nesta quarta, ele superou o francês Valentin Royer, 203º do mundo, por 2 a 0, com parciais de 7/6 (7/1) e 6/3. Na terceira rodada, o brasileiro, 106º do ranking, enfrentará o belga Kimmer Coppejans (361º), que derrotou o monegasco Valentin Vacherot por 6/4 e 7/6 (7/3).

 

Já Laura Pigossi se despediu do quali do Aberto da Austrália nesta madrugada. A medalhista olímpica nos Jogos de Tóquio, em 2021, foi eliminada pela suíça Viktorija Golubic, uma das principais favoritas do quali, por duplo 6/2.

 

Com estes resultados, somente Fonseca e Monteiro seguem na briga para entrarem na chave principal do primeiro Grand Slam do ano. Eles tentam se juntar a Beatriz Haddad Maia e Thiago Wild, que entraram diretamente na chave por terem melhor ranking.

Em outra categoria

Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.