João Fonseca 'fura' quali, entra na chave do Aberto da Austrália e enfrentará nº 9 do mundo

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João Fonseca vai disputar a chave de um Grand Slam como profissional pela primeira vez em sua carreira. Na madrugada desta quinta-feira, o jovem tenista brasileiro venceu a terceira partida no qualifying e assegurou a presença na chave principal do Aberto da Austrália, em Melbourne. Fonseca já sabe contra quem fará sua estreia: o russo Andrey Rublev, atual número nove do mundo.

 

O brasileiro, número 113º do mundo, entrou na chave australiana ao superar o argentino Thiago Agustín Tirante por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/1, em 1h14min de confronto. Tirante, de 23 anos, é o atual 115º do ranking, mas já apareceu no 90º posto, no ano passado.

 

Foi a 13ª vitória consecutiva do brasileiro, que vem de dois títulos consecutivos. Antes do Natal, foi campeão do Torneio Next Gen, que reuniu os oito melhores do mundo com até 20 anos de idade na Arábia Saudita - foi o primeiro sul-americano a levantar esse troféu. E, na primeira semana deste ano, ele foi campeão do Challenger de Camberra, na Austrália.

 

O novo triunfo deixa o brasileiro mais perto do Top 100 do ranking, uma das principais metas para tenistas da idade de Fonseca. Exibindo rápido crescimento nos últimos três anos, o jovem atleta tem status de promessa mundial do tênis. E, neste embalo, terá a oportunidade de mostrar seus recursos logo em sua estreia na chave principal.

 

Em jogo com data ainda a ser definida, Fonseca estreará diretamente contra um tenista do Top 10. Rublev, de 27 anos, é o número nove mundo. Chegou a ser o quinto do ranking em 2021 e vem de oscilações nas últimas temporadas. No ano passado, levantou dois troféus, um deles de peso, o Masters 1000 de Madri - também foi campeão em Hong Kong e vice no Masters 1000 do Canadá.

 

O confronto com o russo foi definido por sorteio também nesta madrugada, logo após o fim das partidas do qualifying, a fase preliminar que distribui as últimas vagas na chave principal. Fonseca entrou na chave principal de um Grand Slam em sua terceira tentativa. No ano passado, acabou sendo eliminado no quali de Wimbledon e do US Open, quando caiu na última rodada.

 

Como juvenil, o brasileiro foi campeão do Grand Slam americano em 2023, em sua "despedida" da categoria dos mais jovens. A partir de 2024, ele entrou de cabeça no mundo dos profissionais, gerando expectativa na torcida brasileira pelas performances sólidas, a principal delas exibida no Rio Open.

 

Nesta quinta, Fonseca manteve o alto nível apresentado em suas duas primeiras partidas do quali. Após atuações arrasadoras nas rodadas iniciais, ele precisou suar mais para vencer Thiago Agustín Tirante. Fonseca salvou cinco break points e faturou quatro quebras. Disparou 23 bolas vencedoras, contra 13 do argentino. E cometeu menos erros não forçados: 15 contra 28.

 

MONTEIRO TAMBÉM AVANÇA

Também na madrugada desta quinta, Thiago Monteiro venceu sua terceira partida e assegurou seu lugar na chave principal do Aberto da Austrália. O número dois do Brasil bateu o belga Kimmer Coppejans também por 2 a 0, com parciais de 6/4 e 6/3.

 

Monteiro vai estrear na chave principal contra o veterano japonês Kei Nishikori, que vem retornando aos poucos ao circuito após uma série de problemas físicos nos últimos anos. Ele é o atual 74º do ranking, enquanto Monteiro é o 106º.

 

Com Monteiro e Fonseca, o Brasil terá três tenistas na chave masculina. Thiago Wild, por ter melhor ranking, entrou diretamente. E o 76º do mundo fará sua estreia contra o húngaro Fabian Marozsan (57º). Na chave feminina, o País será representado por Beatriz Haddad Maia (16ª), que estreará contra a argentina Julia Riera (147ª).

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.