Campeão olímpico, Arthur Zanetti anuncia aposentadoria da ginástica artística

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Maior nome da ginástica artística do Brasil e dono de um ouro e uma prata olímpica, Arthur Zanetti anunciou oficialmente neste domingo, aos 34 anos, a sua aposentadoria do esporte. O adeus já vinha sendo planejado, antes mesmo dos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

"Chegou o ponto final na carreira de atleta. Por mim eu continuava muito mais tempo, mas tem que ter um bom senso, tanto da mente quanto do corpo. Eu decidi, é difícil, dar um basta nessa parte de atleta porque queria, mas o corpo tá falando, e vou respeitar, porque não quero outras lesões, não quero me tornar uma pessoa idosa que praticamente não consegue sair da cama por causa de dor", disse o atleta durante o 'Esporte Espetacular', da TV Globo.

"Já estava vindo, estava sempre naquela indecisão se parava ou não, mas aí o ano passado eu decidi, sentei com o Marcos (Goto, técnico), sentei com várias pessoas, minha família... e a gente decidiu que o melhor era parar pra seguir a vida de outro modo", completou.

Zanetti colocou seu nome na história do Brasil quando conquistou o primeiro ouro olímpico do país na ginástica artística nas argolas em 2012, na Olimpíada de Londres. Desde então, o atleta se consolidou como um dos maiores que já competiram nas argolas pelo Brasil, seu aparelho preferido.

"Foi a maior conquista da minha carreira, o ouro olímpico em Londres-2012. O primeiro ouro de um latino-americano em qualquer categoria da ginástica. Estarei pra sempre gravado como campeão olímpico", disse.

Zanetti chegou a buscar uma vaga em Paris, mas passou por uma sequência de lesões, a principal delas no braço esquerdo, que necessitou de cirurgia. Com isso, não teve chance de disputar a competição e resolveu assim encerrar o seu ciclo como atleta.

"Logo quando fiz a cirurgia, falei: 'Quero continuar'. Me recuperei, comecei a treinar, mas vi que meu corpo já não estava respondendo do mesmo jeito. Então, a cirurgia foi uma parcela, mas os últimos três anos foram um basta. Abriu os olhos: 'Você já fez o que tinha que fazer, agora é olhar pra frente e fazer outra coisa pro bem da ginástica'", continuou.

Dono de um ouro e três pratas em Mundiais, Arthur Zanetti tem também seis medalhas em Jogos Pan-Americanos (três ouros e três pratas), além das duas olímpicas (ouro e prata). O atleta, que já trabalhou como comentarista e árbitro, tem como meta seguir na ginástica, mas como professor e treinador. Ele foi convidado a dar treino no ginásio de São Caetano do Sul.

"Foram 27 anos da minha vida dedicados a você, ginástica. E serão outras dezenas de anos ainda. Pode contar comigo", finalizou.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.