Bia Haddad passa aperto, mas desencanta na temporada com grande virada no Aberto da Austrália

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A brasileira Beatriz Haddad Maia colocou fim ao jejum de vitórias em simples na temporada nesta segunda-feira. Depois de três derrotas, a 17ª colocada do mundo sofreu, mas buscou uma dura virada na abertura do Aberto da Austrália, passando pela argentina Julia Riera em três sets, parciais de 4/6, 7/5 e 6/2 em batalha de 2h40.

Bia Haddad findou um início frustrante e preocupante de temporada, no qual não conseguiu se impor nos três jogos de simples realizados até então. A número 1 do Brasil perdeu seus duelos na United Cup para a chinesa Xingyu Gao e a alemã Laura Siegemund, além de se despedir na estreia em Adelaide, contra a norte-americana Madison Keys. No torneio que precedeu o Aberto da Austrália, ao menos avançou até a final de duplas ao lado de Siegemund.

Na segunda rodada, a rival será a russa Erika Andreeva, que superou a chinesa Saisai Zheng, também nesta segunda-feira, parciais de 6/1 e 7/6 (8/6). No ano passado, a brasileira foi até a terceira rodada do primeiro Grand Slam do ano, quando acabou surpreendida pela russa Maria Timofeeva, caindo em dois sets. Agora, sonha em caminhar ainda mais distante.

Bia começou um tanto afoita na 1573 Arena, em Melbourne, querendo confirmar o favoritismo rápido diante da adversária que veio no qualificatório e ocupa somente o 146º lugar no ranking, e acabou cometendo alguns erros bobos no saque no início, com bola na rede e dupla falta. Nada que atrapalhasse, contudo.

'Soltando o braço', a brasileira buscava assumir rapidamente as ações do embate, mas esbarrava em uma aguerrida e vibrante argentina. Não demorou e os serviços começaram e entrar - bastava pressionar um pouco mais o saque de Riera. O sol estava a favor da brasileira, que logo assumiu o comando da partida com quebra no quinto game. Intensa, a brasileira comemorou muito, de punho cerrado, virar para 3 a 2 com winner (golpe vencedor).

Como vem sendo recorrente na temporada, a 15ª cabeça de chave não soube manter a vantagem e viu Riera devolver a quebra a seguir e sacar para voltar à frente no placar. Bia não desconcentrou, respirou fundo e manteve-se na parcial, mesmo apertada no serviço.

Mas um apagão nos games decisivos acabou custando o primeiro set. Bia tinha dois break points para voltar a quebrar e desperdiçou. Riera se salvou e ainda aprontou no 10º game. A brasileira não aproveitou novo 40 a 15, agora no saque, abusou das falhas pelo excesso de nervosismo e acabou perdendo o set por 6 a 4.

Necessitando frear a empolgação da argentina, a brasileira voltou a falhar em break point na largada do segundo set. O estilo agressivo, porém, dava a impressão de uma nova tenista em quadra. O papo com o córner a fez mudar a estratégia.

A tenista paulista achou a maneira de jogar no saque. Faltava saber como ter calma para quebrar o serviço e crescer na parcial, causando incômodo à oponente. Riera estava com a confiança em alta e sempre andando na frente na parcial. Em repetição do primeiro set, Bia Haddad foi ao serviço no 10° game sob pressão de 5 a 4 contra. Sofrer a quebra era se despedir precocemente.

Bia fez seu ponto, com direito a grito de desabafo, e finalmente chegou ao break tão buscado. Logo em dose dupla e desperdiçados. Ainda falhou na terceira oportunidade. No game mais longo da partida, de quase dez minutos, a brasileira festejou a quebra na quarta oportunidade. E, depois de salvar cinco breaks, empatou o jogo com 7 a 5.

Em um imprevisível terceiro set, ter sangue frio seria decisivo. Riera começou a sofrer com a agressividade da brasileira, mas usava a técnica e a coragem para se manter no jogo. Cada uma com sua artimanha, a partida foi igual até 2 a 2 com os saques predominando. No quinto game, Riera parou na rede e sofreu a quebra, abrindo caminho para a virada de Bia Haddad.

Com gritos de "vamos, Bia", a brasileira saiu do buraco de um 15 a 40 para abrir 4 a 2 no jogo. O semblante abatido da argentina refletia que não ter devolvido a quebra naquele game foi o ponto final na esperança de triunfar em seu primeiro Grand Slam da carreira. A tenista verde e amarelo se agigantou, quebrou novamente e depois serviu para voltar a celebrar uma vitória. De alívio e que seja do ressurgimento e da retomada para as grandes apresentações.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.