Djokovic avança no Aberto da Austrália e quebra recorde de Federer

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Novak Djokovic acrescentou mais um recorde a sua coleção nesta quarta-feira. O sérvio se tornou o tenista que jogou o maior número de partidas de Grand Slam na história, com 430, ao entrar em quadra pela segunda rodada do Aberto da Austrália, em Melbourne. Ele quebrou o recorde que pertencia ao suíço Roger Federer, já aposentado.

Djokovic e Federer estavam empatados com 429 partidas cada somando suas participações em todos os quatro torneios do Grand Slam (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open). O sérvio soma agora 379 vitórias e 51 derrotas nessas competições, um aproveitamento de 88,1%. O suíço acumulou 369 triunfos e 60 revezes, com aproveitamento de 86%.

"Os Grand Slams, é claro, são os pilares do nosso esporte. Eles significam tudo para a história do esporte. Definitivamente, são os torneios mais importantes", comentou Djokovic, nesta quarta. "Sou simplesmente abençoado por estar batendo outro recorde, eu acho, hoje."

A marca é apenas mais uma na extensa lista de recordes que o sérvio vem acumulando ao longo dos últimos anos. Djokovic é o dono do maior número de títulos de Grand Slam, com 24 no total, superando o espanhol Rafael Nadal (22) e o próprio Federer (20). O sérvio passou mais tempo na liderança do ranking (428) e também detém o maior número de finais de Major (37), seis a mais que o recorde anterior, que pertencia ao suíço.

E a tendência é que Djokovic amplie suas marcas uma vez que seus maiores rivais já se aposentaram, nos últimos anos. No Aberto da Austrália, ele poderá acumular a marca de 100 vitórias se alcançar a semifinal. No momento, soma 96 triunfos. Ele busca o 11º título, sendo que o 10º já é um recorde no primeiro Grand Slam da temporada.

O novo triunfo do sérvio veio na madrugada desta quarta, sobre o português Jaime Faria, por 3 sets a 1, com parciais de 6/1, 6/7 (4/7), 6/3 e 6/2. A partida contra o rival de 21 anos, que veio do qualifying e é o 125º do ranking, foi interrompida brevemente pela chuva, o que exigiu o fechamento do teto retrátil da quadra central do complexo.

Ao contrário da sua partida de estreia, Djokovic fez um bom começo de partida. Dominou com facilidade o set inicial, mas oscilou na segunda parcial. E reagiu bem nos dois sets seguintes. O sérvio terminou a partida com menos bolas vencedoras do que o adversário: 33 a 38. Mas cometeu menos erros não forçados: 33 a 52. A partida teve duração de 3 horas.

Na terceira rodada, Djokovic vai enfrentar o checo Tomas Machac, de 24 anos, atual 25º do mundo. Ele avançou ao derrotar o americano Reilly Opelka por 3/6, 7/6 (7/1), 6/7 (5/7), 7/6 (7/4) e 6/4. Será o terceiro confronto entre os dois tenistas, sendo que Machac já venceu o sérvio no ano passado, na semifinal do Torneio de Genebra, no saibro. Em 2023, o ex-número 1 do mundo levou a melhor em Dubai, na quadra dura.

ALCARAZ APLICA "PNEU"

Ainda sem enfrentar dificuldades em Melbourne, o espanhol Carlos Alcaraz venceu mais uma e também se garantiu na terceira rodada. Nesta quarta, ele despachou o japonês Yoshihito Nishioka com direito a um "pneu": 6/0, 6/1 e 6/4. O número três do mundo precisou de apenas 1h21min de jogo para seguir vivo no único torneio de Grand Slam que ainda não venceu.

Sólido em todos os fundamentos, Alcaraz disparou 14 aces e 36 bolas vencedoras. E cometeu 16 erros não forçados, contra 20 do rival, 65º do mundo. Na terceira rodada, Alcaraz vai enfrentar o português Nuno Borges, 33º do ranking da ATP, que eliminou o local Jordan Thompson por 6/3, 6/2 e 6/4.

Outros cabeças de chave a entrarem em quadra nesta quarta foram o francês Arthur Fils (20º) e o checo Jiri Lehecka (24º), que confirmaram o favoritismo. Fils derrubou o compatriota Quentin Halys por 6/2, 4/6, 7/6 (7/2) e 7/5. Lehecka contou com o abandono de outro francês, Hugo Gaston, quando vencia por 6/3 e 3/1.

Como aconteceu na primeira rodada, o Aberto da Austrália teve sua programação afetada nesta quarta pelo mau tempo. A chuva acabou interrompendo alguns jogos de simples, mas não chegou a causar o cancelamento de nenhum deles. Oito partidas foi paralisadas no total e 14, todas de duplas, foram adiadas, o que deve afetar a programação de quinta-feira.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.