Quais perigos Sonego, rival de João Fonseca no Aberto da Austrália, pode levar ao brasileiro

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João Fonseca voltará à quadra do Aberto da Austrália na madrugada desta quinta-feira. Após eliminar um rival do Top 10 do ranking na estreia, o jovem tenista terá um novo desafio pela frente: resistir aos bons saques e à poderosa direita de Lorenzo Sonego, seu adversário na segunda rodada. Curiosamente, as principais armas do italiano são as mesmas do brasileiro.

Aos 29 anos, Sonego é conhecido no circuito pela força da sua direita, seu forehand. Seu grande ponto forte ficou evidente em sua estreia no Aberto da Austrália. Foram 12 aces (de até 212 km/h) e incríveis 63 bolas vencedoras, a maioria com sua direita, numa das estatísticas mais fortes neste quesito entre todos os jogos da rodada de abertura da competição.

Com este rendimento, ele eliminou um dos tenistas mais experientes do circuito, o suíço Stan Wawrinka, dono de três títulos de Grand Slam, por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 5/7, 7/5 e 7/5. Com sua direita, o italiano consegue colocar a bola em qualquer canto da quadra, assim como Fonseca costuma fazer.

Ao longo da partida, Sonego também mostrou outro ponto forte do seu jogo: as efetivas subidas à rede. O recurso é típico de tenistas adaptados ao jogo mais rápido, tanto em quadra dura, piso do Aberto da Austrália, quanto na grama. Não por acaso, dos quatro títulos de Sonego no circuito, três foram nestas superfícies.

Fonseca, portanto, vai "provar do próprio veneno", por assim dizer, em sua segunda partida em Melbourne. O brasileiro também é conhecido por ter um poderoso golpe de direita e um saque fulminante. Contra Rublev, o tenista de 18 anos disparou o golpe mais potente da primeira rodada, a uma velocidade de 181 km/h, deixando para trás rivais como o espanhol Carlos Alcaraz, que havia atingido 178 km/h.

As 3h11min da partida entre Sonego e Wawrinka também mostrou um lado conhecido do italiano. O atual 55º do mundo, mas que já foi o 21º em 2022, não costuma desistir fácil de um ponto. A fama de incansável torna os jogos de Sonego mais físicos que a média, o que deve exigir bastante de Fonseca, em sua segunda partida melhor de cinco sets da carreira.

PONTOS FRACOS

Se Sonego se destaca pela força da direita, ele tem na esquerda um dos seus pontos fortes. O seu chamado backhand não é dos mais potentes do circuito e pode ser um caminho a ser explorado pelo brasileiro nesta quinta. Tentar explorar o backhand do rival é uma tática tradicional no tênis profissional.

Do mesmo modo, a devolução de saque também está longe de ser um destaque no jogo de Sonego. Com seu serviço poderoso, o tenista brasileiro poderá obter aces ou encaminhar pontos para levar a melhor na segunda ou terceira bola ao longo da disputa.

Como os dois tenistas vão jogar em suas superfícies favoritas, o jogo desta quinta deve ser marcado pela velocidade e força nos golpes, como aconteceu, menor medida, por ser no saibro, na única partida entre eles no circuito, no Torneio de Bucareste, na Romênia, no ano passado.

A partida, vencida pelo brasileiro, contou com duas horas de duração e foi marcada pelo alto rendimento de ambos no saque. "Eu joguei contra ele no ano passado, é um jogador muito forte", comentou Sonego, nesta semana. "Ele é um jogador de talento extremo e, portanto, é certo de que sua escalada será muito rápida, como ele fez no último mês. Ele ganhou muitos jogos, está confiante, está jogando um ótimo tênis, então ele assusta a todos."

Sonego até comparou Fonseca com seu compatriota Jannik Sinner, atual número 1 do mundo e vencedor de dois títulos de Grand Slam no ano passado. "Eles são muito parecidos, que impõem um ritmo forte e sacam muito bem. São jogadores que podem ser comparados", afirmou. Na imprensa italiana, o brasileiro já é chamado de "Sinnerzinho".

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.