João Fonseca perde para Sonego em 5 sets e cai no Aberto da Austrália; Bia avança

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João Fonseca deixou uma boa impressão na sua primeira vez em um Grand Slam em sua jovem carreira na elite do tênis. Nesta quinta-feira, o carioca de 18 anos perdeu do italiano Lorenzo Sonego, número 55 do ranking da ATP, por 3 sets a 2, com parciais de 7/6 (8/6), 3/6, 1/6, 6/3 e 3/6 e foi eliminado na segunda rodada do Aberto da Austrália. Foi a primeira vez que o brasileiro disputou um confronto de cinco sets, que teve 3h41min de duração.

 

Fonseca, 112º do ranking, havia eliminado o número 9 do mundo, o russo Andrey Rublev, de forma surpreendente, em sua estreia num Grand Slam. Mas não conseguiu repetir o feito na segunda rodada. O brasileiro viu ser encerrada sua série de 14 vitórias consecutivas, que começou no Torneio Next Gen Finals, em dezembro, passando pelo Challenger de Camberra e o torneio qualificatório para a chave principal do Aberto da Austrália.

 

Na terceira rodada, Sonego enfrentará o húngaro Fabian Marozsan, que bateu o norte-americano Frances Tiafoe, cabeça de chave e número 17 do ranking, por 3 sets a 2, também nesta quinta.

 

Nesta semana, com uma vitória grande sobre um tenista consagrados e num dos principais palcos do tênis mundial, Fonseca chamou atenção de lendas do esporte, como Novak Djokovic e Carlos Alcaraz, que reiteraram os elogios ao brasileiro, dizendo ser questão de tempo para que ele esteja entre os melhores do mundo no ranking da ATP.

 

Mundo afora, os fãs de tênis têm se encantado com João Fonseca nesta semana. Mesmo com a derrota, o brasileiro se garante no Top 100 do ranking da ATP na próxima atualização da lista, ao fim do Aberto da Austrália.

 

Nesta quinta, o primeiro set começou equilibrado. Como aconteceu nas últimas partidas, Fonseca contou com o apoio da torcida brasileira nas arquibancadas, mas viu Sonego em grande forma e o carioca teve dificuldades. Após sair atrás, o brasileiro levou a disputa para o tie-break. Ele viu o adversário salvar três set points, mas se recuperou e fechou o primeiro set em 7/6 (8/6), para delírio dos fãs na Arena 1573, uma das principais quadras do complexo.

 

Fonseca viu indícios do problema que teria pela frente logo no início do segundo set. O primeiro game durou mais de cinco minutos e, apesar de o brasileiro sair na frente, Sonego mostrou firmeza nas bolas de fundo, quebrando o serviço do carioca e chegando a abrir 1/3. O italiano fechou em 3/6, empatando a partida.

 

Sonego fez valer a experiência no terceiro set, administrando o ritmo da partida e forçando o erro de João Fonseca. O brasileiro demonstrou irritação e não se encontrou. Mesmo sem encaixar o primeiro serviço, o italiano levou a melhor, fechando em 1/6 e virando a partida.

 

Apesar do placar adverso, a barulhenta torcida brasileira colocou o jovem de 18 anos de volta na partida, que passou dos habituais três sets que Fonseca estava acostumado. Sob os gritos de "eu acredito", o carioca voltou a demonstrar força nos ataques de mão direita, e foi a vez de Sonego se desestabilizar, ter o serviço quebrado e ver o brasileiro abrir 3/0. O italiano forçou o erro adversário, com boas variações técnicas, mas não foi páreo para os golpes de Fonseca, que fechou o set em 6/3 com uma linda paralela, deixando tudo igual.

 

O set decisivo mostrou novamente um Sonego mais agressivo, levando o primeiro game com bons saques. João Fonseca teve frieza para ficar na cola do italiano, acertando boas devoluções e belíssimos aces. O italiano esteve à frente do placar durante boa parte do 5º set, e abriu 3/5 ao quebrar o serviço do brasileiro. Fonseca chegou a salvar um match point, mas não conseguiu evitar a derrota.

 

BIA AVANÇA

Pouco antes de Fonseca entrar em quadra, Beatriz Haddad Maia, atual número 17 do ranking da WTA, venceu a russa Erika Andreeva (86ª) por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/3, pela segunda rodada da chave feminina do Aberto da Austrália.

 

Bia Haddad precisou de 1h21min para superar a tenista russa e avançar para a terceira rodada da competição. Essa foi a terceira vitória da brasileira em três jogos contra Andreeva.

 

Com este resultado, Bia Haddad iguala sua melhor campanha no Grand Slam australiano, obtida no ano passado. A adversária da brasileira na próxima fase será a russa Veronika Kudermetova, que eliminou a britânica Katie Boulter (cabeça de chave 22) por 7/6 (7/3), 2/6 e 6/2.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.