Flamengo perde para Nova Iguaçu em 'fracassado' tour pelo Nordeste no Carioca

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O time alternativo montado pelo Flamengo para disputar as primeiras rodadas do Campeonato Carioca continua sem vencer. Neste domingo, perdeu por 2 a 1 para o Nova Iguaçu, pela terceira rodada da Taça Guanabara, em jogo disputado no estádio Castelão, em São Luis (MA).

 

Os dois times reeditaram as finais do estadual de 2024, no qual o Flamengo se tornou campeão com duas vitórias: 3 a 0 e 1 a 0. Mas, neste momento, na tabela de classificação, o atual campeão soma apenas um ponto e divide a lanterna com o Bangu. Na outra ponta, o Nova Iguaçu divide a liderança com o Maricá, com sete pontos cada.

 

Por coincidência, o Flamengo enfrenta o Bangu na próxima quarta-feira, de novo na capital do Maranhão, pela quarta rodada. No mesmo dia, o Nova Iguaçu fará o duelo pela liderança contra o Maricá.

 

Antes deste jogo, o Flamengo tinha empatado com o Madureira por 1 a 1, em Campina Grande (PB), e depois perdido por 2 a 1 para o Boavista, em Aracaju (SE). Com pouco mais de quatro mil pessoas nas arquibancadas, este "tour" do Flamengo pelo Nordeste se caracterizou por um fiasco financeiro. Os torcedores sabiam que não veriam as estrelas rubro-negras e, por isso, não deram importância aos jogos.

 

Mesmo sem o apoio da torcida, o Flamengo começou melhor, com mais movimentação. Quase abriu o placar aos 17 minutos, quando Thiaguinho aproveitou vacilo da defesa e só não marcou porque o goleiro Lucas Maticoli fez o "abafa". No rebote, Lorran bateu rasteiro e acertou a trave.

 

Mas o "Laranjão", como é chamado o Nova Iguaçu, mostrou eficiência no ataque e fez seu gol aos 33 minutos. O lance começou pelo lado esquerdo com Andrey, que levantou a bola para a grande área. Phillippe Costa não conseguiu dominar, mas a bola sobrou para o chute de primeira de Lucas Cruz no canto esquerdo do goleiro Dyogo Alves.

 

O empate quase saiu aos 45, quando Lucas Maticoli não segurou falta cobrada na frente da área e teve que aliviar a bola com o pé para impedir o complemento de Thiaguinho.

 

O segundo tempo começou com o Flamengo imprimindo uma forte pressão no ataque. O empate saiu aos cinco minutos, quando Wallace Yan, que tinha entrado no lugar de Thiaguinho, aproveitou a sobra de uma bate rebate dentro da área, para finalizar para as redes.

 

O gol animou os flamenguistas que mantiveram o ritmo forte, porém, num lance casual, o Nova Iguaçu teve um pênalti a seu favor. Victor Rangel invadiu a área pelo lado esquerdo e cruzou, mas a bola bateu no braço de Felipe Vieira que tentou aliviar de carrinho. Na cobrança, o próprio Victor Rangel deslocou o goleiro Dyogo Alves e fez 2 a 1, aos 21 minutos.

 

Depois disso, o Nova Iguaçu se fechou na defesa e apenas se arriscou em contra-ataques esporádicos. Ao Flamengo faltou mais força e qualidade para tentar evitar a sua segunda derrota na competição.

 

FICHA TÉCNICA

 

FLAMENGO 1 X 2 NOVA IGUAÇU

 

FLAMENGO - Dyogo Alves; Daniel Sales, Pablo, Felipe Vieira e Zé Welinton (Ainoã); Rayan Lucas, Fabiano (Schola), Guilherme Gomes (João Alves) e Lorran (Felipe Teresa); Thiaguinho (Wallace Yan) e Carlinhos. Técnico: Cléber dos Santos (interino)

 

NOVA IGUAÇU - Lucas Maticoli; Gabriel Pinheiro, Guilherme (Fernandinho), Mateus Müller (Jorge Pedra) e Sidney; Igor Guilherme, Lucas Cruz (Igor Lemos) e João Lucas (Renan); Xandinho, Andrey e Philippe Costa (Victor Rangel). Técnico: Carlos Vitor.

 

GOLS - Lucas Cruz, aos 33 minutos do primeiro tempo; Wallace Yan, aos cinco, e Victor Rangel, aos 21 do segundo.

 

CARTÕES AMARELOS - João Lucas, Fernandinho e Mateus Muller (Nova Iguaçu).

 

ÁRBITRO - Wallace Rogério Rufino de Lima.

 

RENDA - R$ 190.210,00.

 

PÚBLICO - 4.696 pagantes.

 

LOCAL - Estádio Castelão, em São Luis (MA).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.