Beckham é homenageado em Davos por trabalho como 'embaixador' da Unicef

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Acostumado a ser prestigiado pelos feitos dentro de campo, nesta semana o ex-meio-campista inglês David Beckham foi homenageado no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, com o Crystal Awards pelo seu trabalho como "embaixador" da boa vontade da Unicef e defensor global dos direitos das crianças.

Segundo os organizadores, o prêmio celebra "o impacto positivo e extraordinário de líderes culturais excepcionais que estão transformando a sociedade" e que "não são apenas visionários, são catalisadores de mudanças significativas".

Beckham foi celebrado pelo "reconhecimento ao seu trabalho humanitário de longo prazo e ao seu compromisso inabalável em melhorar a vida das crianças em todo o mundo" e por ter emergido "como um poderoso líder global na defesa dos direitos das crianças vulneráveis, utilizando a sua plataforma e recursos para criar mudanças positivas e duradouras".

Além do ex-atleta, foram homenageados a estilista, filantropa e defensora dos direitos das mulheres Diane von Fürstenberg e o renomado arquiteto Riken Yamamoto, ativista social e ganhador do Prêmio Pritzker de 2024.

"Nos meus 20 anos como embaixador da boa vontade da Unicef, tive o privilégio de testemunhar o notável empenho dos embaixadores, funcionários e apoiadores da organização na sua missão de proteger e elevar as crianças a nível mundial. Ao aceitar este prêmio, penso nas muitas pessoas que trabalham incansavelmente em circunstâncias desafiantes para melhorar a vida das crianças em todo o mundo", disse Beckham.

Os responsáveis pelo prêmio lembraram que Beckham fez "muitas viagens, inclusive para áreas atingidas por crises, onde destacou a necessidade das crianças que muitas vezes estão na linha de frente de conflitos e crises" e que ele é "um defensor dedicado das mulheres jovens e das adolescentes - apoiando programas específicos que investem na saúde, na educação, nos direitos e na igualdade de gênero."

Também foi destacado o papel do astro britânico na sensibilização para a importância da imunização, para a prevenção da malária e pelo uso do esporte contra o racismo, a saúde mental e a igualdade de oportunidades através do futebol nos Estados Unidos, onde ele vive hoje, sendo um dos proprietários do Inter Miami.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.