Grêmio inicia busca pelo octacampeonato gaúcho com empate sem gols diante do Brasil em Pelotas

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O Grêmio iniciou a era Gustavo Quinteros com empate sem gols diante do Brasil, em Pelotas. De olho no oitavo título seguido do Campeonato Gaúcho, o estreante treinador colocou suas principais peças em campo, mas ainda carente de ritmo de jogo, a equipe não foi capaz de superar a defesa de um oponente do qual não é derrotado há 10 anos.

Com Braithwaite e Aravena sem pontaria e com Pavon apagado, o Grêmio lamentou largar na competição desperdiçando pontos diante de um "freguês". Desde 2015 que o Brasil não sente o gosto da vitória diante do adversário. Ao menos não perdeu. Agora são quatro empates e 10 derrotas do time xavante no jejum de uma década.

Tropeçar não estava nos planos do Grêmio. O novo regulamento do Gaúcho prevê jogos dos times de um grupo apenas com rivais das outras duas chaves - serão oito rodadas. E nenhum integrante da chave A, na qual figura o Grêmio, venceu na jornada: Guarany e São José também empataram e o Avenida acabou superado pelo São Luiz. Os três líderes vão às semifinais, mais o melhor segundo.

Diferentemente de outras equipes grandes do País que mesclaram escalação ou apostaram em jovens, o Grêmio largou na temporada com suas principais peças em campo e sob nova direção: o argentino naturalizado boliviano Gustavo Quinteros.

Depois de fazer coro para que o Grêmio não vendesse o volante Villasanti, o treinador parece ter sido ouvido. O paraguaio, que ficou muito perto de sair com proposta tentadora do Palmeiras, não apenas ficou como ganhou a faixa de capitão do time.

Em um campo ruim em Pelotas, o Grêmio deu mostras que será ofensivo ao iniciar a partida no campo ofensivo. Os laterais Mayk, pela esquerda, e João Pedro, na direita, apoiavam bastante e por pouco Braithwaite não abriu o marcador logo aos 15 minutos. Parou no goleiro. Assim como Aravena, sozinho.

O Brasil demorou a chegar, mas em sua primeira grande oportunidade, assustou. DG soltou a bomba de longe e Gabriel Grando espalmou. O gramado castigado e bastante irregular quase atrapalha o goleiro, que ganhou chance após a saída de Marchesín para o Boca Juniors. Historne mandou para o alto a oportunidade de levar o time da casa em vantagem ao descanso.

Sem mudanças, as equipes voltaram à etapa final brigando bastante pela bola e com a marcação forte sobressaindo sobre a criatividade. Por consequência, nada de lance de perigo. Diante de tanta luta, o VAR chamou o árbitro para analisar uma entrada mais dura de Mayco Félix em Rodrigo Ely. Optou apenas pelo amarelo, mas o defensor acabou substituído, com muitas dores.

Aravena, um tanto nervoso, perdeu duas boas finalizações ao bater em cima do marcador. Braithwaite até carimbou a trave. Estava impedido. Sem ver sua equipe acertar o alvo, Quinteros mexeu para tentar algo de diferente nos 15 minutos finais. E quase acabou castigado após saída errada de Mayk. O lateral perdeu a bola e Gabriel Moysés saiu cara a cara, mas bateu por cima do alvo, desperdiçando chance incrível para o Brasil acabar com o tabu. Mesmo com 11 minutos de acréscimos, ninguém foi capaz de balançar as redes.

A estreia oficial do Grêmio e de Gustavo Quinteros à frente da torcida está agendada para o domingo, às 20h30, quando a equipe recebe o Caxias na Arena Grêmio. O Brasil joga novamente no Bento Freitas, sábado, às 20 horas, diante do Guarany de Bagé.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 0 X 0 GRÊMIO

BRASIL - Wellington Santana; Murillo Lima, Cerqueira, Áquila e Higor; Juliano Fabro, Jonathan Cabeça (Bruno Miranda), Kauê (João Victor) e DG; Historne (Vinícius Charopem) e Mayco Félix (Gabriel Moysés). Técnico: Fabiano Daitx.

GRÊMIO - Gabriel Grando; João Pedro (João Lucas), Rodrigo Ely (Gustavo Martins), Jemerson e Mayk; Villasanti (Pepê), Dodi e Cristaldo; Aravena, Pavon (Edenilson) e Braithwaite (Arezo). Técnico: Gustavo Quinteros.

CARTÕES AMARELOS - Juliano Fabro, Kauê, Áquila, Mayco Félix e João Victor(Brasil); Villasanti, João Lucas e Dodi (Grêmio).

ÁRBITRO - Lucas Guimarães Rechatiko Horn.

RENDA - R$ 240.280,00.

PÚBLICO - 6.192 presentes.

LOCAL - Estádio Bento Freitas, em Pelotas.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.