Palmeiras vira com gol nos acréscimos e conquista improvável vitória sobre o Santos

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Terminou com vitória do Palmeiras o primeiro clássico do Paulistão nesta quarta-feira. Na Vila Belmiro, o Santos jogou um melhor futebol no primeiro tempo e indicou que seria vitorioso. Mas o Palmeiras, sem ser brilhante, mas competente e competitivo, reagiu na etapa final e conquistou a vitória de virada, por 2 a 1, com um gol do garoto Thalys e outro de Richard Ríos, este nos acréscimos, aos 51 minutos, quando o empate era o resultado mais provável.

No primeiro tempo, Guilherme fez o gol dos anfitriões e comemorou como Neymar, para quem fez o gesto de uma assinatura em alusão à possibilidade de o craque do Al-Hilal voltar para casa. O problema é que o camisa 10 e os donos da casa cansaram no segundo tempo e foram derrotados.

O resultado do Clássico da Saudade, válido pela terceira rodada do Paulistão, derruba a invencibilidade do Santos no Estadual e mantém a sequência invicta do Palmeiras após três jogos. São quatro pontos para o time alvinegro, segundo colocado do Grupo B, e sete para a equipe alviverde, agora na liderança do Grupo D.

A sorte ajudou quem mais bola jogou no primeiro tempo. Artilheiro do Estadual, com quatro gols, Guilherme se valeu de desvio na barreira em cobrança de falta para enganar Weverton e dar justiça ao placar. "É uma coincidência, mas tomara que não seja no final", disse o camisa 10 do Santos depois de emular a celebração de Neymar.

O 1 a 0 até o intervalo para os donos da casa foi justo porque o Santos, com tantas limitações, não se escondeu. Fez um jogo inteligente, seguro e foi efetivo nas poucas idas ao ataque. O Palmeiras, com muitas dificuldades para criar, pouco fez.

O time alviverde apresenta os mesmos problemas de 2024 no início de uma temporada em que Abel Ferreira tem adotado um rodízio para evitar desgaste de seus atletas. Como no ano passado, todos procuram Estêvão, o único de verde capaz de fazer algo diferente em campo. Extremamente dependente de seu craque de 17 anos, o atual tricampeão paulista tem feito muito pouco em termos de desempenho para quem tem a ambição de ser vitorioso neste ano como não foi na temporada passada.

Sem as estrelas prometidas no Palmeiras, quem tem resolvido é Thalys, jovem recém-promovido ao profissional. Ele já havia salvado a equipe da derrota para o Noroeste e na Vila Belmiro foi de novo às redes, desta vez de cabeça, concluindo cruzamento na medida de Maurício. O garoto marcou aos 22 do segundo tempo como um camisa 9 autêntico e provou por que é, hoje, o melhor centroavante do elenco, nas palavras do próprio Abel.

Extenuado, o Santos foi incapaz de reagir após levar o empate, ainda que tenha tentado, sobretudo no final, encontrar forças para sair da Vila com o triunfo. Sempre acontecia algo quando a bola passava pelos pés de Guilherme, mesmo cansado. No entanto, não tinha mais fôlego o camisa 10.

Quem ainda tinha algo para mostrar era o Palmeiras, que conquistou aos 51 minutos a improvável vitória fora de casa graças a um chute mascado, sem velocidade, mas preciso de Richard Ríos.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 1 X 2 PALMEIRAS

SANTOS: Gabriel Brazão; Leo Godoy, João Basso (Luan Peres), Zé Ivaldo e Escobar; Tomás Rincón, Diego Pituca e Thaciano (Lucas Braga [Rincón]); Soteldo, Luca Meirelles (Wendel Silva) e Guilherme. Técnico: Pedro Caixinha.

PALMEIRAS: Weverton; Giay (Marcos Rocha), Naves, Murilo e Vanderlan; Fabinho (Atuesta), Richard Ríos e Maurício (Allan); Estevão, Felipe Anderson (Rômulo) e Thalys (Luighi). Técnico: Abel Ferreira.

GOLS: Guilherme, aos 35 minutos do primeiro tempo. Thalys, aos 22, e Richard Ríos, aos 46 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS: Léo Godoy, Murilo.

ÁRBITRO: Matheus Candançan.

PÚBLICO: 13.910 torcedores.

RENDA: R$ 686.482,50.

LOCAL: Vila Belmiro, em Santos.

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Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

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O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

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