Vitória Miranda supera algoz e conquista Aberto da Austrália júnior em cadeira de rodas

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A mineira Vitória Miranda repetiu o sucesso de duplas e conquistou o título do torneio de simples do Aberto da Austrália júnior em cadeira de rodas. A tenista de 17 anos derrotou na decisão, na madrugada deste sábado, em Melbourne, a norte-americana Sabina Czauz por 2 sets a 1, com parciais de 0/6, 6/3 e 7/6 (10-4).

"Ainda estou em choque. A gente vem trabalhando muito para isso, com minha equipe, com a minha psicóloga. O tênis é uma montanha russa", comemorou a brasileira, que havia sido derrotada pela adversária da final na fase de grupos. Em seguida, ela venceu Ailina Mosko, da Letônia, e Luna Gryp, da Bélgica, para alcançar a final.

Nascida prematura, Vitória Miranda tem apenas 10% da força nas pernas. Ela lidera o ranking júnior em cadeira de rodas e ocupa a 39ª posição entre as profissionais na categoria. Além das conquistas na Austrália, a mineira já foi campeã juvenil no Parapan de Bogotá e finalista em Roland Garros e no US Open em 2023.

Com o resultado no Aberto da Austrália, ela repetiu o feito de Jade Lanai, a primeira brasileira campeã de um Grand Slam de tênis em cadeira de rodas. Em setembro de 2022, a tocantinense faturou os títulos de simples e de duplas do US Open.

Esta foi a terceira conquista do Brasil em solo australiano na temporada. Antes da conquista do torneio de simples, Vitória Miranda já havia levado o título de duplas dos juniores em cadeira de rodas ao lado de Luna Gryp. A dupla superou Sabina Czauz e Ailina Mosko por duplo 6/1, em Melboune, na sexta-feira.

Outro mineiro, Luiz Calixto, venceu o torneio masculino juvenil de duplas em cadeira de rodas com o norte-americano Charlie Cooper. Eles derrotaram a parceria entre o belga Alexander Lantermann e o australiano Benjamin Wenzel por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/0. Calixto tem uma pseudoartrose na perna direita.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.