Abel diz ter mais títulos no Palmeiras do que Klopp pelo Liverpool: 'Sou treinador de projeto'

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Abel Ferreira recuou nas falas sobre deixar o Palmeiras nesta terça-feira, após o empate zerado contra o Red Bull Bragantino, no Allianz Parque, pelo Paulistão. O técnico reiterou que está feliz no clube e pediu calma para os torcedores, defendendo que há como a equipe melhorar. Ao reiterar que é um treinador de projeto, o português chegou a comparar seu trabalho com o de Jürgen Klopp no Liverpool.

O atual chefe de futebol da Red Bull estava no estádio, acompanhando a delegação do clube de Bragança Paulista. "Todos vocês sabem que, desde que cheguei, e nunca menti para ninguém, que sou um treinador de projeto. Ainda hoje esteve um senhor aqui chamado Klopp. Ele ganhou menos títulos em oito anos no Liverpool do que minha comissão aqui. Não venha me falar de fome de títulos", disse Abel Ferreira para reforçar o trabalho desenvolvido em quatro anos de Palmeiras.

Klopp teve oito títulos com o Liverpool: Liga dos Campeões (2018/19), Supercopa da Uefa (2019), Mundial de Clubes (2019), Campeonato Inglês (2019/20), Copa da Liga Inglesa (2021/22 e 2023/24), Copa da Inglaterra (2021/22) e Supercopa da Inglaterra (2022). Já Abel soma dez conquistas com o Palmeiras.

Em seguida, o técnico palmeirense reafirmou que está "onde quer estar" para dizer que é feliz no Palmeiras. "Não há nenhum outro clube que neste momento me dê as condições que esse clube me dá, porque o Palmeiras é o melhor clube do Brasil, de longe. O clube que me dá reconhecimento, oportunidades de ganhar títulos, paga todos os funcionários em tempo e horas. Foi o que criamos nos últimos anos: identidade", disse.

Para concluir a ideia, Abel citou um verso do Soneto da Fidelidade, de Vinicius de Moraes. A frase, contudo, foi atribuída por ele à presidente Leila Pereira. "Todo mundo tenta dar o seu melhor. Há de ser assim até o último dia que eu esteja aqui. Como diz a nossa presidente: 'Que seja eterno enquanto dure'" refletiu.

Isso tudo veio após o reconhecimento de que o jogo não foi bom, mas Abel defendeu que isso está dentro do planejamento para o começo da temporada. Segundo o técnico, a partida de estreia, contra a Portuguesa, foi melhor que o esperado, o que pode ter aumentado a expectativa.

"Nossos jogadores sabem. Há coisas que não conseguimos mudar. Quando uma equipe como o Palmeiras não ganha, as críticas vêm. A parte mental, sei que meus jogadores a têm. Não sei se alguns de nossos torcedores estão preparados para o trabalho que estou a fazer agora, que é dividir o time. Peço que estejam todos juntos. Precisamos de calma. Reconheço que nossa torcida possa criticar. Há coisas dentro do clube que não vou conseguir mudar. Se uma parte dos nossos torcedores não estiver conosco, vai ser mais difícil. Queria que nossos adversários estivessem fora do Allianz Parque, não dentro", pediu.

Com contrato até o fim de 2025, Abel desconversou mais uma vez sobre uma eventual saída. "Meu futuro é no Palmeiras e não há muito mais a dizer sobre meu contrato. O meu foco agora é melhorar os processos da nossa equipe, recarregar a bateria dos meus jogadores, fazer a equipe ser mais competitiva e arrumar soluções para os nossos problemas. Estou no Palmeiras de coração e alma. Meu futuro e o meu presente passam pelo Palmeiras", prometeu.

"Tenho certeza, junto dos meus jogadores, que vamos construir uma equipe competitiva, como sempre fizemos. Capaz de competir e lutar pelo título. Não vai ser diferente esse ano. Mas sabemos que há um caminho, um processo a se seguir, onde queremos chegar. Foi assim desde que chegamos em 2020 e vai continuar a ser. Independente de qualquer opinião. Sei muito bem o que fazemos dentro do clube", garantiu.

Ainda sobre críticas da torcida, Abel disse que não seria advogado de defesa de ninguém, antes de argumentar que Anderson Barros, diretor de futebol palmeirense, está acostumado com críticas. "O mais importante em um momento como o que estamos agora é que estejamos todos no mesmo lado e que confiem. O trabalho recente tem dado provas do que é nosso caminho", concluiu.

O Palmeiras volta a campo no domingo, pela sexta rodada do Paulistão. O adversário será o Guarani, em Campinas, às 18h30.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.