Pedro Caixinha apareceu mais abatido na coletiva desta quarta-feira. Após a derrota por 3 a 1 diante do São Bernardo, o treinador português não escondeu todo o seu descontentamento com o sistema defensivo da equipe, que levou dois gols em bolas aéreas "treinadas" à exaustão. Irritado, porém, evitou caça às bruxas e mostrou confiança em reação rápida.
São nove gols sofrido pelo Santos no Paulistão. Foi vazado em todos os cinco jogos e seis vezes em lance de cruzamento. Caixinha afirmou que não pode radicalizar, mas reconheceu que o time precisa repetir nos jogos o que vem trabalhando durante a semana.
"Em termos de resultado é claro (frustra), O Santos está sempre querendo ganhar e nós estamos aqui para ganhar também, e quando ocorre a derrota, mexe conosco", lamentou o técnico. O time já vinha de dois reveses por 2 a 1 para Palmeiras e Velo Clube.
"Temos de analisar o crescimento da equipe, mas os lances dos gols mostram um padrão de dificuldade nosso de defender, falta encaixe de área, no funil da área. Fora isso, vi a equipe fazer coisas bem interessantes. Nesse sentido, a equipe ainda não alcançou a vitória, é normal. Tenho a dizer que sofrendo gols dessa maneira não podemos ganhar jogos, mas o comportamento foi diferente em relação aos outros jogos", disse, num misto de decepção e de esperança por dias melhores.
Depois de deixar o zagueiro Gil encostado e fora dos relacionados, o técnico levou o experiente jogador para a reserva. Disse, contudo, que a chance virá "no momento certo." Ressaltou a importância do veterano em ajudar aos mais jovens que estão jogando.
"Tive uma segunda conversa, ele tem importância, mas é igual a todos os outros que fazem parte do plantel, em relação a regras que tenho de tomar. Além de contarmos, ele vai ter posição importante em relação ao elenco e a comissão, será um elo dentro do elenco. Gil pode ser muito útil e ajudar jovens jogadores que atuam na linha defensiva. Quando entendermos, vai ter uma oportunidade", frisou o técnico, deixando claro que ainda não pensa em modificar peças nem o sistema.
Questionado sobre a possibilidade de usar três zagueiros e aumentar a estatura na área, o técnico não mostrou-se empolgado com a ideia. E enfatizou que de nada ter altura se o atacante rival não for incomodado em cercado de perto.
"É uma boa questão, mas vamos pensar com claridade. É momento que não podemos ter dúvida. Trocar de estrutura, de um plano claro e com os jogadores sabendo posicionamento de ocupar espaços? Não tem relação com estatura, mas com comportamento", explicou.
"Todos os gols (sofridos), tínhamos mais jogadores, era cinco contra dois, seis contra três... Não é relacionado com três defensores, mas como figura nosso encaixe de área. Temos de ter encaixe na bola e no adversário, estar perfilados e ativos. Não podemos criar dúvidas em nossos jogadores. Já tínhamos um padrão, vamos continuar a trabalhar em relação a isso e eles estão fazendo um grande esforço. Está a custar nosso resultado o time não estar conseguindo defender."
Caixinha detona falhas no jogo aéreo santista: 'Sofrendo gols desse tipo não podemos ganhar'
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