Romero e Memphis decidem contra o São Bernardo e garantem Corinthians nas quartas do Paulistão

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Pouco menos de um ano depois de não avançar ao mata-mata do Paulistão e quase ficar fora da Copa do Brasil por causa disso, o Corinthians escreveu outra história na atual edição do estadual e conseguiu a classificação às quartas de final com quatro rodadas de antecedência. A vaga foi confirmada com gols de Romero e Memphis nos acréscimos do segundo tempo e vitória por 2 a 0 sobre o São Bernardo neste domingo, na Neo Química Arena, em jogo da oitava rodada, no qual o time alvinegro entrou em campo com um time alternativo.

Antes de o ídolo paraguaio decidir o jogo, com assistência de Memphis Depay, o grande momento da partida foi a entrada de Rodrigo Garro, que ainda não havia jogado neste ano por causa de uma lesão no joelho.

Com 22 pontos, na liderança do Grupo A, o time comandado por Ramón Díaz não pode mais ser alcançado pelo Botafogo-SP, terceiro colocado do grupo, que tem sete pontos e pode chegar no máximo a 19. Ainda disputa, contudo, a liderança com o Mirassol, segundo colocado, com 16. O São Bernardo continua com a segunda melhor campanha geral, dono de 16 pontos, na liderança do Grupo D.

O Corinthians fez um primeiro tempo de acordo com a regularidade que tem mostrado dentro de casa, mesmo jogando com um time alternativo. Ir para o intervalo sem gols foi uma fatalidade para uma equipe que teve boa organização ofensiva, potencializada por grande atuação do volante José Martínez pela ponta direita. As movimentações de Pedro Raul e Romero também foram importantes para a dinâmica do ataque alvinegro.

Foram de Pedro as melhores chances corintianas: um chute por cima do gol após dividida com os zagueiros na área e uma finalização que parou na trave. A rede chegou a ser balançada por Romero, porém em posição de impedimento. Do outro lado, o São Bernardo esteve desconfortável em durante o maior parte do tempo. Na única vez em que o time do ABC chegou com perigo, Guilherme Queiróz parou em defesa do decisivo Hugo Souza.

O início do segundo tempo foi de mais movimentação ofensiva do São Bernardo, que encontrou espaços e levou alguns sustos à defesa alvinegra. Logo, contudo, os corintianos voltaram a ter mais volume e levou perigo com Ryan e Pedro Raul. Aos oito minutos, a torcida vibrou muito, mas não estava comemorando um gol e sim a entrada de Rodrigo Garro no lugar de Ryan.

O argentino, que se envolveu em um acidente de trânsito no final das férias, entrou em campo pela primeira vez no ano, após se recuperar de uma lesão no joelho. Ao entrar no gramado, ele viu um mosaico na arquibancada formar um 8, o seu novo número de camisa, já que a 10 será repassada a Memphis Depay por questões contratuais.

Para realizar a troca, o Corinthians fez uma ação de marketing lembrando o peso da 8 na história do clube, já que o número estampou as costas de nomes como Luizinho, Sócrates, Basílio, Paulinho e Renato Augusto.

A noite de domingo ainda proporcionou outro retorno, o do volante Maycon, que estava sem jogar desde maio do ano passado, porque foi submetido a uma cirurgia em razão de um rompimento de ligamento do joelho. Ele entrou nos 15 minutos finais da partida.

Ter Garro em campo, mesmo com menos ritmo que os demais companheiros, deu mais dinamicidade aos lances ofensivos do time da casa. Com os passes habituais encontrados pelo argentino entre os marcadores, boas chances foram criadas. Depois que Memphis Depay saiu do banco, foram feitas algumas dobradinhas interessantes com o meia.

A grande parceria da noite, entretanto, foi de Depay com Romero. Aos 48 minutos, o holandês recebeu de Maycon e cruzou para o paraguaio marcar, de cabeça, seu 39º gol na Neo Química Arena. Aos 50, Romero retribuiu e deu a assistência para Memphis fazer o segundo gol alvinegro.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 2 X 0 SÃO BERNARDO

CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Torres, João Pedro Tchoca e Matheus Bidu (Hugo); Raniele, Ryan (Rodrigo Garro) e Igor Coronado (Maycon); José Martínez (Carrillo), Pedro Raul (Memphis Depay) e Romero. Técnico: Ramón Díaz.

SÃO BERNARDO - Alex Alves; Augusto, Matheus Salustiano e Hélder; Hugo Sanches, Romisson (Emerson Santos), Lucas Lima (Kady) e Pará; Léo Jabá (Lucas Tocantins), Fabrício Daniel (Lucas Rian) e Guilherme Queiroz (Rodolfo). Técnico: Ricardo Catalã.

GOLS - Romero, aos 48, e Memphis, aos 50 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Luiz Flávio de Oliveira.

CARTÕES AMARELOS - Ryan (Corinthians) e Hélder (São Bernardo).

RENDA - R$ 2.683.198,00.

PÚBLICO - 42.352 pessoas.

LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.