Djokovic decepciona e cai na estreia do ATP 500 de Doha; Medvedev derruba atual campeão

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O retorno de Novak Djokovic ao circuito mundial após se machucar e abandonar na semifinal do Aberto da Austrália, não foi como o esperado. O sérvio estreou no ATP 500 de Doha diante do italiano Matteo Berrettini e acabou eliminado em sets diretos, parciais de 7/6 (7/4) e 6/2 após 1h35.

O sérvio chamou a atenção antes de entrar em quadra por reclamar das autoridades antidoping após a suspensão de somente três meses imposta ao número 1 do ranking, o italiano Jannik Sinner. Em quadra, contudo, pouco fez contra Berrettini.

Curiosamente, Djokovic jamais havia sido derrotado por Berrettini em quatro encontros no circuito. Nesta terça-feira, viu o rival dar show, com direito a um ponto em giratório que o fez ser aplaudido de pé. O triunfo tem ainda mais peso por ser o primeiro sobre um Top 10 após quase dois anos. E desde 2018 que o italiano não ia às oitavas em Doha.

O primeiro set foi sem quebras até a definição no tie-break. Berrettini abriu com 3 a 0 a parcial de desempate, viu Djokovic encostar com 3 a 4, mas jamais perdeu a dianteira e fechou no primeiro set point.

Animado, o 35º do ranking manteve o embalo e abriu logo 3 a 0 no segundo set. Pressionando o serviço do sérvio no oitavo gama, fechou no segundo match point por 6 a 2 para celebrar um dos mais emblemáticos triunfos da carreira.

"É algo que eu estava querendo fazer há muito tempo. Tive a honra e o prazer de jogar com ele nos eventos mais importantes do circuito e gostaria de tê-lo vencido em uma dessas partidas. Trabalhei muito duro para voltar aqui e estar nesse nível, eu precisava de partidas como essa. Estou feliz com meu desempenho hoje", comemorou o italiano.

O rival de Berrettini das oitavas de final, nesta quarta-feira, será o holandês Tallon Griekspoor, algoz do alemão Jan-Lennard Struff em dois tie-breaks, parciais de 7/6 (7/5) e 7/6 (9/7).

CAMPEÃO ELIMINADO

Com mais estrelas após se tornar um ATP 500 - era a nível 250 até a temporada passada - o Torneio de Doha viu seu atual campeão, Karen Khachanov ser eliminado logo na estreia. Mesmo sendo detentor do título, o russo não era o favorito diante do compatriota Daniil Medvedev, sexto do mundo, que avançou com 6/4, 5/7 e 6/3 e terá pelo caminho, agora, o belga Zizou Bergs. O oponente se garantiu ao bater o espanhol Roberto Bautista Agut por 6/4 e 7/6 (7/4).

Destaque, ainda, para boa vitória do australiano Alex De Minaur, segundo favorito em Doha, diante do russo Roman Safiullin, com 6/1 e 7/5. O oitavo do mundo terá nas oitavas Botic van de Zandschulp. O holandês se garantiu com 7/5 e 6/3 sobre Abedallah Shelbayh, da Jordânia.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.