João Fonseca decepciona e é eliminado na estreia do Rio Open

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Pouco mais de 48 horas após conquistar seu primeiro título de nível ATP, João Fonseca não conseguiu repetir no Rio Open a performance exibida em Buenos Aires e se despediu da competição nacional de forma precoce. O tenista da casa foi eliminado logo na primeira rodada pelo francês Alexandre Müller, 60º do ranking, por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 7/6 (7/4), em 1h32min.

O carioca de apenas 18 anos vinha de sua maior conquista da carreira, ao levantar o troféu do ATP 250 disputado na capital argentina. O triunfo fez Fonseca superar diversas marcas de precocidade no circuito, desbancando até lendas como o suíço Roger Federer e o americano Pete Sampras. De quebra, deu um salto no ranking e se tornou o novo número 1 do Brasil.

Parte deste salto deve ser neutralizado na próxima atualização da lista da ATP, na segunda-feira que vem. Sem defender os pontos das quartas de final do ano passado, Fonseca cairá oito posições e deve aparecer no 76º posto. Apesar disso, seguirá como número 1 do País.

Nas oitavas de final, Müller enfrentará o argentino Tomas Martin Etcheverry, 43º do mundo.

Diante da quadra Guga Kuerten com quase todos os seus 6.200 assentos ocupados, Fonseca fez uma entrada celebrada pela torcida, que comemorou até quando o brasileiro levou a melhor no "cara ou coroa". A festa, contudo, logo deu lugar à preocupação no primeiro set.

O tenista anfitrião chegou a ter o primeiro break point da partida logo no game inicial. Mas não aproveitou a chance e viu o rival francês impor domínio avassalador na sequência. Fonseca perdeu dois games seguidos de zero, levou a primeira quebra do confronto. Irreconhecível nos primeiros 17 minutos do duelo, sofreu 5/0, sem maior resistência.

Müller buscava variações para tirar o brasileiro da linha de base e fazia estrago com seus precisos dropshots, alguns deles na linha. Praticamente sem cometer erros não forçados, o francês fechou o set inicial em seu primeiro confronto com Fonseca no circuito.

O segundo set começou mais equilibrado. Mesmo ainda longe da sua melhor performance, Fonseca cometia menos erros e disputava os games ponto a ponto. O francês, por sua vez, seguia com a mesma estratégia, numa noite inspirada, com raras falhas. Num momento de brilho, o brasileiro vibrou ao vencer o sétimo game (4/3).

O confronto seguiu parelho e a parcial foi decidida no tie-break, quando o francês sustentou o altíssimo nível e confirmou a vitória, surpreendente para a torcida brasileira.

Fonseca tentava quebrar alguns tabus nesta semana. Nunca um tenista havia sido campeão do ATP 250 de Buenos Aires e do Rio Open na sequência. Em sua 11ª edição, a competição carioca nunca teve um campeão brasileiro na chave de simples - Rafael Matos venceu nas duplas no ano passado. Alcançar a semifinal já seria um feito inédito para um brasileiro.

Curiosamente, Fonseca tem a melhor campanha de um tenista nacional no Rio Open, com as quartas de final de 2024, empatado com Thomaz Bellucci (2014), Thiago Monteiro (2017 e 2024) e Thiago Wild (2024).

O carioca de 18 anos buscava ainda encerrar um jejum de títulos de brasileiros em torneio da ATP em solo nacional. São 21 anos desde a conquista de Gustavo Kuerten no finado Brasil Open, então disputado na Costa do Sauipe, em fevereiro de 2004 - foi o último troféu de Guga no circuito. Quem chegou mais perto foi Bellucci, finalista do mesmo torneio, de nível ATP 250, em 2009.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.