Rio Open vê quedas precoces e desistências de estrelas e vira 'casa' dos argentinos

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A 11ª edição do Rio Open vem sendo marcada por desistências e derrotas precoces dos principais candidatos ao título. Estrelas como o dinamarquês Holger Rune e o italiano Lorenzo Musetti sequer entraram em quadra. E, enquanto os favoritos ficavam pelo caminho, os tenistas argentinos avançavam na chave e podem, mais uma vez, dominar a final, marcada para as 17h deste domingo, no Jockey Club Brasileiro.

O último revés dos favoritos aconteceu na noite de sexta-feira. Atual número dois do mundo, o alemão Alexander Zverev sofreu uma inesperada derrota, de virada, para o argentino Francisco Comesaña, apenas o 86º do mundo. "Não estou muito feliz porque estava numa posição de vencer o jogo no terceiro set, mas perdi a partida para mim mesmo", disse o favorito.

Zverev desembarcara no Rio com status de maior favorito ao título. Ele vinha do vice-campeonato no Aberto da Austrália e, no saibro do Rio Open, queria iniciar sua preparação para Roland Garros, o Grand Slam onde mais se aproximou do seu sonhado primeiro título de Major. O cabeça de chave número 1 na competição brasileira tem chances de realizar outro sonho neste ano. Diante da suspensão por doping do italiano Jannik Sinner, atual número 1 do mundo, Zverev poderá somar pontos o suficiente para alcançar o topo do ranking nos próximos meses.

Ainda na noite de sexta, o argentino Francisco Cerundolo também se despediu nas quartas de final. O cabeça de chave número quatro vinha do vice no ATP 250 de Buenos Aires, no domingo passado. Ele havia sido derrotado pelo brasileiro João Fonseca, que levantou seu primeiro troféu de nível ATP da carreira, aos 18 anos.

O mais novo campeão brasileiro no circuito profissional foi outro a ser eliminado de forma precoce. Fonseca havia se tornado a grande atração do torneio, ofuscando até mesmo Zverev. Em seu primeiro treino no Rio Open, na segunda, sua presença causou furor entre seus novos fãs - alguns deixaram as arquibancadas das quadras do torneio para acompanhar seu treino.

Cercado de expectativas, Fonseca acabou sendo derrotado pelo então desconhecido Alexandre Müller, número 60 do mundo. O tenista da casa reconheceu que o nervosismo prejudicou seu desempenho diante dos quase 6 mil torcedores que encheram a quadra Guga Kuerten, a maior do Rio Open.

Antes do início do torneio, a chave de simples já havia sofrido duas baixas de peso: Rune e Musetti, ambos por problemas físicos. O dinamarquês já foi o número quatro do mundo e é o atual 12º. Musetti ocupa o 17º posto do ranking. A vaga do italiano, que era o cabeça de chave número dois, foi ocupada pelo português Jaime Faria, 107º do mundo. O "lucky loser" (tenista que perdeu na rodada final do qualifying, mas ganha chance na chave para resolver desistência de última hora) surpreendeu e só caiu nas quartas de final.

As quedas precoces dos favoritos foram bem aproveitadas pelos tenistas argentinos. Nas quartas, a Argentina tinha quatro atletas, metade das vagas desta fase. E, por pouco, não dominaram completamente as semifinais. São três de quatro tenistas. O responsável por quebrar essa hegemonia foi justamente Müller, algoz de Fonseca. Ele enfrentará Comesaña, responsável por eliminar Zverev.

A outra semifinal terá Sebastian Baez e Camilo Ugo Carabelli, outro "lucky loser". Baez, quinto cabeça de chave, é o atual campeão do torneio brasileiro. E segue no caminho para tentar se tornar o primeiro bicampeão da história da competição carioca, de nível ATP 500.

Situação parecida aconteceu na edição passada do Rio Open. Em 2024, a final foi totalmente argentina, com Baez e Mariano Navone, então vindo do qualifying. Na ocasião, somente um favorito alcançou as semifinais: o britânico Cameron Norrie, segundo cabeça de chave, eliminado justamente por Navone.

As surpresas e "zebras" já viraram tradição no Rio Open. Somente em duas edições o maior torneio da América do Sul contou com o cabeça de chave número 1 na final. A primeira foi justamente na edição de abertura da competição em 2014. Na ocasião, o espanhol Rafael Nadal atendeu a todas as expectativas e foi o campeão. Anos depois, em 2023, outro tenista da Espanha, Carlos Alcaraz, alcançou a decisão, mas foi superado por Norrie numa final envolvendo os dois principais candidatos ao título.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.