Rio Open pega embalo em João Fonseca, bate recorde de público e de vendas internas

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Os fãs de tênis sofreram neste ano com as desistências e as quedas precoces de favoritos do Rio Open. Fora de quadra, porém, o público se animou com as lojas, as ativações de patrocinadores e até com um estúdio de podcast montado no coração do torneio, no Jockey Club Brasileiro. Com ajuda do "furacão" João Fonseca, o ATP 500 brasileiro registrou recorde de público e aumento na venda de produtos dentro da competição.

"Os ingressos esgotaram em outubro e, depois, em dezembro veio o 'furacão' João Fonseca e deixou o tênis ainda mais em evidência. O que senti foi um Rio Open ainda mais cheio, com as pessoas ficando mais tempo aqui, consumindo mais produtos. Na TV, a quadra central às vezes parecia vazia, mas havia milhares de pessoas no boulevard (área de alimentação), restaurantes e bares", diz Luiz Carvalho, diretor do torneio.

A 11ª edição do Rio Open registrou um recorde de 69.350 pessoas circulando pelo torneio ao longo de nove dias, numa média de 7.700 frequentadores diários. A melhor marca anterior era de 65 mil, no ano passado.

Nos últimos anos, o evento do circuito profissional vem esgotando seus ingressos rapidamente, nas primeiras horas de venda. No entanto, há muitos bilhetes de cortesia e nem todos que ganham o tíquete comparecem ao torneio.

"O número de ingressos vendidos é o mesmo, mas o que pode mudar são os acessos dos ingressos de cortesia. Temos acompanhado que está acontecendo uma 'quebra' muito menor. Antes, de 100 ingressos de cortesia, vinham 70 pessoas. Agora essa diferença é menor. As pessoas querem vir e, se não puderem, vão dar um jeito de repassar o ingresso para alguém", explica Carvalho.

O aumento do público se refletiu em elevação também na movimentação econômica gerada pelo evento. Neste ano, foram R$ 170 milhões, entre turismo e geração de empregos, com mais de 5 mil vagas diretas e indiretas, segundo a organização do torneio. Além disso, mais de 400 jornalistas foram credenciados (32 estrangeiros), recorde na história do Rio Open.

Com mais pessoas circulando no Jockey Club, as lojas registraram recordes de venda. A La Boutique, loja oficial da competição, registrou a venda de mais de 7.500 itens, a melhor marca em 11 edições do evento.

Uma das principais patrocinadoras do torneio, a Fila detém a maior loja do complexo e também bateu recorde. A fabricante de material esportivo vendeu mais de 70 mil peças ao longo dos nove dias do torneio, incluindo a fase de qualifying. Em comparação a 2024, houve aumento de 27% no faturamento e 37% no número de itens vendidos.

"O Rio Open é um evento estratégico para a Fila, que nos permite fortalecer nossa conexão com o público apaixonado por tênis. Nosso crescimento dentro do torneio reflete o investimento contínuo em inovação, design e performance. Estamos felizes com os resultados obtidos este ano, dentro e fora das quadras", diz Patrícia Calixto, diretora de marca e produto da empresa.

A patrocinadora vendeu desde itens mais simples, como a tradicional faixa de cabeça (a R$ 59,90) até produtos mais sofisticados, como o tênis modelo Racer Carbon 2 (R$ 1.199,99). O tíquete médio da empresa no Rio Open girou em torno de R$ 500,00.

Situação semelhante aconteceu na loja de produtos oficiais do torneio. Os itens mais vendidos foram as toalhas e os bonés, estes a R$ 110. A toalha grande custava R$ 325, enquanto a pequena podia ser adquirida a R$ 70. A alta demanda esgotou a pequena já na quinta-feira, o que exigiu novo estoque para o fim de semana.

"O esporte está num momento único e especial, assim como o Rio Open, acoplado ao sucesso do João Fonseca e da Bia Haddad, do Thiago Wild. Acho que todo mundo corrobora. Temos que aproveitar o momento para continuar crescendo", diz Carvalho.

Fonseca foi a principal atração do torneio e causou furor até mesmo enquanto treinava nas quadras auxiliares do Rio Open. O carioca de 18 anos, campeão do ATP 250 de Buenos Aires na semana anterior ao evento brasileiro, ofuscou até mesmo o alemão Alexander Zverev, número dois do mundo e vice-campeão do Aberto da Austrália.

Mesmo eliminado na estreia, na noite de terça, Fonseca continuou atraindo a multidão em eventos paralelos no torneio e até mesmo quando reforçava a torcida brasileira nas arquibancadas do torneio.

Para o diretor do torneio, o jovem brasileiro deve causar mais impacto no Rio Open na edição de 2026. "Ele é um fenômeno, mas ainda está no Top 70 do ranking, está buscando o espaço dele. Não queremos botar todas as fichas nele, apesar de o futuro parecer brilhante. Sou um pouco cauteloso quanto a isso. Não podemos basear um negócio de milhões num garoto de 18 anos", ponderou Luiz Carvalho.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.