Palmeiras precisa repetir façanha do Corinthians de 2018 para conquistar O Paulistão

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Com a derrota na primeira partida da final do Campeonato Paulista, o Palmeiras precisará repetir o feito que o Corinthians protagonizou em 2018, na casa alviverde, para se sagrar tetracampeão na Neo Química Arena. Naquela ocasião, a equipe alvinegra venceu no Allianz Parque após perder, na ida, pelo mesmo placar de 1 a 0, e conquistou o Paulistão na disputa por pênaltis.

 

Naquele ano, o Palmeiras venceu na Neo Química Arena com um gol de Miguel Borja, ainda no início do primeiro tempo. No restante da partida, a equipe, à época treinada por Roger Machado, administrou o resultado e ofereceu a bola ao Corinthians - que somou 69% de posse -, mas não reverteu esse domínio em grandes oportunidades.

 

O duelo ainda ficou marcado por uma confusão generalizada entre os jogadores na reta final do primeiro tempo, que resultou na expulsão de Clayson e Felipe Melo. "Ele (o árbitro) já veio mal intencionado com a gente. Me ameaçou desde o começo, dizendo que ia me expulsar. Não teve nada nada. Na hora da confusão, ele (Felipe Melo), veio me empurrar. Não coloquei a mão em ninguém", disse o atacante corintiano após a partida.

 

Para a partida de volta, o Corinthians foi motivado pelo bom resultado que teve contra o Palmeiras em 2017, em que venceu todos os clássicos disputados naquele ano - incluindo uma partida no Allianz Parque, pelo Brasileirão. Além disso, à época daquele confronto, o Palmeiras havia vencido apenas um clássico com o Corinthians em sua casa desde que foi reaberta em 2014 e adotou seu novo nome.

 

Na volta, com Rodriguinho, o Corinthians abriu placar logo no primeiro minuto de partida. E, assim como o Palmeiras na ida, segurou o placar para levar a disputa para os pênaltis. A partida ainda teve um gol anulado de Willian Bigode, de cabeça, por impedimento de poucos centímetros, e a marcação polêmica de um pênalti sobre Dudu, no segundo tempo.

 

O árbitro Marcelo Aparecido de Souza assinalou a penalidade e, depois de oito minutos e muitas reclamações dos jogadores corintianos, cancelou o pênalti de Ralf sobre Dudu. À época, a diretoria alviverde afirmou que houve interferência externa, em um período que não havia o árbitro de vídeo (VAR) no futebol brasileiro.

 

DECISÃO EM 2025

Para o confronto pelo Paulistão de 2025, o Palmeiras chega sem vencer o rival nos três últimos jogos disputados. Na última partida na Neo Química Arena, o Corinthians venceu por 2 a 0 pelo Campeonato Brasileiro, com gols de Rodrigo Garro e Yuri Alberto. Neste ano, as equipes já haviam empatado por 1 a 1 no Allianz Parque, pela primeira fase do Paulistão.

 

O histórico na Neo Química Arena é favorável ao Corinthians. Em 20 partidas disputadas em Itaquera, a equipe alvinegra venceu oito, enquanto o Palmeiras levou a melhor em seis confrontos. Ainda houve seis empates no estádio desde que foi inaugurado para a Copa do Mundo de 2014.

 

Ainda que o retrospecto recente não seja favorável, o Palmeiras se apoia no momento vivido pelas equipes nos últimos anos. Entre 2022 e 2024, o Corinthians não conseguiu derrotar o maior rival em seus domínios. A primeira vitória, depois de três temporadas, se deu justamente naquele confronto do último ano, pelo Campeonato Brasileiro.

 

Abel Ferreira também se apoia nas últimas finais de Paulistão para motivar o elenco. Desde 2022, na conquista do tricampeonato, o Palmeiras perdeu a partida de ida em todas as decisões. Por outro lado, contra o Corinthians, será a primeira vez em que o time precisará reverter o resultado longe de seus domínios.

 

2022 - São Paulo 3 x 1 Palmeiras

2023 - Água Santa 2 x 1 Palmeiras

2024 - Santos 1 x 0 Palmeiras

 

"Se jogarmos 10 partidas desta maneira, ganharemos oito. Se forem cinco, vamos ganhar quatro. Desta vez não fomos bem nem no jogo jogado, nem na transição e nem em bola parada. Mas não temos nada a perder e vamos tentar o nosso melhor para reverter esse resultado", garantiu Abel Ferreira, após a derrota deste domingo.

 

Corinthians e Palmeiras se enfrentam no dia 27 de março, quinta-feira, pela partida de volta da final do Paulistão. O Corinthians busca o 31º título Estadual, enquanto o Palmeiras pode se sagrar tetracampeão, feito inédito na era profissional do futebol paulista. A única vez em que um clube conseguiu a façanha se deu com o extinto Paulistano, na década de 1910.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.