Arrasada, Carol Gattaz lamenta grave lesão no joelho que pode antecipar o fim de sua carreira

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A cena assustadora da meio de rede Carol Gattaz caída na quadra com médicos e integrantes da comissão técnica do Dentil Praia Clube a seu redor na sexta-feira já indicava um problema grave. Nesta segunda-feira, após exames médicos, a equipe de Uberlândia confirmou a ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo e a necessidade de cirurgia. A jogadora, de 43 anos, fez um pronunciamento, arrasada, sem confirmar se voltará a jogar.

Gattaz estava em um bloqueio duplo diante do time do Brusque, pela Superliga Feminina de Vôlei, já no quarto set, quando pisou em falso no chão e acabou virando o corpo sobre o joelho. Já caiu chorando e ciente que o problema era grave.

Com olhos marejados e voz embargada, a atleta da seleção brasileira e do Dentil Praia Clube fez um comovente depoimento nesta segunda-feira lamentando ter de passar por nova cirurgia de ligamentos. Há dois anos, no dia 17 de março de 2023, também pela Superliga, ela rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito e ficou fora por nove meses.

"Fala pessoal, estou aqui há alguns minutos tentando achar as palavras certas para vir aqui e expressar o que estou sentindo neste momento. Desde sexta-feira quando aconteceu a minha lesão, estou tentando processar tudo, entender alguns porquês, dormindo e tentando acordar e pensar que tudo não passou de um pesadelo", iniciou a atleta, inconformada com o problema.

"Mas a gente tem de encarar a realidade. Hoje de manhã fizemos exames de ressonância magnética aqui em Uberlândia e confirmaram as lesões em meu joelho. Eu praticamente já sabia o que tinha acontecido, só não sabia a gravidade", disse. "Mais uma vez cruzado e desta vez até a lesão foi um pouquinho pior porque pegou menisco e ligamentos colaterais e medial também. Eu estou frustrada, obviamente, decepcionada, sei que qualquer atleta está sujeito a passar por isso, mas nunca se conforma, nunca acha que vai acontecer com a gente, muito menos a menos de dois anos acontecer novamente."

A cirurgia ainda será marcada pelo Dentil Praia Clube. Gattaz já tinha contrato renovado para a próxima temporada, mas deve fazer uma reavaliação após o longo período de recuperação que pode durar até 12 meses.

"Já falei, passei por esse processo e sei que não é fácil, sei que não será fácil, mas também sei como passar por ela. Sei que toda a equipe do Dentil Praia Clube, tanto a comissão quanto as meninas, a diretoria, estão do meu lado, então fico mais tranquila. Sei que tem grande equipe do meu lado e isso dá tranquilidade, obviamente", afirmou, feliz pelo grande apoio que vem recebendo.

Desde quando saiu da quadra, carregada, que a meio de rede vem recebendo mensagens de apoio. "Triste de estar abandonando o time em época tão importante, acho que isso é que me dói mais, essa frustração de não conseguir continuar. Estou tentando voltar no tempo e entender porque em um movimento que já repeti milhões e milhões de vezes, todos os dias, acontece isso", disse.

Admitiu, contudo, que um pisão no pé de uma companheira ocasionou a lesão. "Mas foi uma fatalidade, pisei no pé da Pri e poderia acontecer com qualquer uma, independentemente de idade ou em atleta de vôlei ou outra modalidade, estamos sujeito a isso. Quero agradecer muito as mensagens, o carinho de todos vocês e tenho certeza que mais uma vez vão me dar muita força pelo que vou encarar daqui para a frente. Beijo a todo mundo, obrigada, e conto com a energia de vocês mais uma vez."

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.