Corinthians reencontrará algoz de 2024 em grupo da Copa Sul-Americana

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Corinthians conheceu os três primeiros adversários Copa Sul-Americana. A equipe ficou no Grupo C e vai enfrentar América de Cali, Huracán e Racing de Montevidéu. O time se classificou para o torneio após ser eliminado na terceira fase da Libertadores, pelo Barcelona de Guayaquil.

Contra os colombianos, os corintianos devem ter o confronto mais duro desta fase. Além disso, eles vão reencontrar o meia Juan Quintero. O jogador de 32 anos foi o algoz do Corinthians na própria Sul-Americana em 2024. Foram deles os dois gols na vitória do Racing, da Argentina, na eliminação na semifinal. A derrota por 2 a 1, após um empate por 2 a 2 na Neo Química Arena, foi o fim da linha para os paulistas.

O América de Cali jogou uma fase nacional da Sul-Americana, antes do sorteio do grupo. O time empatou por 2 a 2 contra o Junior Barranquilla, mas avançou nos pênaltis. No Apertura da liga colombiana, a equipe ocupa a terceira posição, com 17 pontos, o mesmo que o segundo lugar, Atlético Nacional, e dois a menos que o líder Independiente de Medellín.

Já o Huracán jogou apenas pelos torneios nacionais em 2025. A única derrota no ano foi para Boca Juniors, no começo de fevereiro. Desde então, são oito jogos invictos, com uma sequência de seis vitórias seguidas. A boa sequência mantém o time briga ela liderança na liga argentina.

A equipe não tem tradição com títulos continentais. As últimas conquistas do Huracán foram a Copa Argentina de 2013/14 e a Supercopa nacional em 2014. Atualmente, o principal destaque é o atacante Erik Ramírez, de 28 anos, com quatro gols em 11 jogos. O time não é "pedreira" ao nível dos colombianos, mas pode surpreender, principalmente jogando em casa, o Estádio Tomás Adolfo Ducó, conhecido como 'El Palacio'.

O adversário mais fraco do grupo é o uruguaio Racing. A equipe é apenas a nona na liga nacional. Ainda que tenham se passado somente seis rodadas, o aproveitamento é baixo, com três derrotas, duas vitórias e um empate. Assim como o América, o time jogou uma fase prévia na Sul-Americana, na qual eliminou o Montevideo Wanderers, nos pênaltis.

O título da Sul-Americana seria inédito para Corinthians, que já chegou à semifinal da competição em três edições: 2019, 2023 e 2024.

GRUPO A

O Independiente pode acabar como primeiro do grupo com segurança. A dificuldade, contudo, está no Nacional de Potosí, que conta com os 4.090 metros de altitude para dificultar a vida dos visitantes.

Além disso, os argentinos não devem sofrer, ainda que o Boston River tenha mostrado jogo duro contra o Bahia, na pré-Libertadores. O Guaraní não é o mais fraco dos paraguaios no torneio, mas também não oferece grandes riscos.

GRUPO B

O brasileiro Vitória terá jogo duro. A equipe de Thiago Carpini vai ter no Defensa y Justicia o principal desafio. Os argentinos campeões da Sul-Americana 2020 e da Recopa 2021, sobre o Palmeiras, encabeçam o grupo.

Ainda há a Universidad Católica do Equador, que tem crescido no cenário continental. Exemplo disso foi o retorno à Libertadores em 2021, após 41 anos. Assim como no grupo do Corinthians, o uruguaio é o clube mais modesto. O Cerro Largo estreou em competições continentais somente em 2012, com a participação na Sul-Americana.

Grupo D

O confronto mais equilibrado será entre Grêmio e Godoy Cruz, que já se cruzaram nas oitavas de final da Libertadores de 2017, quando os gaúchos foram campeões. A fase de ambos já não é a mesma: os brasileiros ainda não se acertaram com a chegada do técnico Gustavo Quinteros, enquanto os argentinos amargam apenas a nona colocação do Grupo B da Liga Argentina.

Entre os times paraguaios da Sul-Americana, o Sportivo Luqueño é o adversário mais tranquilo de se enfrentar em campo. Na arquibancada, porém, os torcedores criam um ambiente duro no Estádio Feliciano Cáceres, em Luque. Fecha o grupo o Atlético Grau, do Peru, que fez o primeiro jogo internacional de sua história somente em 2020.

GRUPO E

Atual vice-campeão, o Cruzeiro depende de sua própria melhora, sob comando de Leonardo Jardim, para se dar bem contra Palestino, Unión de Santa Fé e Mushuc Runa.

Apenas os chilenos podem tentar fazer frente com os cruzeirenses. O time lidera a liga do Chile nas primeiras cinco rodadas. A equipe ainda eliminou o tradicional Universidad Católica na fase nacional da Sul-Americana.

GRUPO F

O Fluminense também repete a fórmula, como brasileiro e equipe mais forte do grupo. Unión Española, Once Caldas e San José dificilmente darão dificuldades aos cariocas comandados por Mano Menezes.

Os dois primeiros são times que ocupam o meio de tabela das suas ligas nacionais. Já o San José até terminou o Campeonato Boliviano em terceiro lugar, mas ficou 12 pontos atrás do vice-campeão The Strongest.

GRUPO G

Lanús e Melgar podem complicar o caminho do Vasco. Os argentinos, que já foram campeão do torneio em 2013, têm se destacado com revelações de joias do futebol sul-americano nos últimos anos. Além disso, contam com o comando de Mauricio Pellegrino, técnico que já rodou pelo futebol europeu.

O Melgar já protagonizou uma zebra contra brasileiros, na Sul-Americana de 2022, ao eliminar o Internacional, nos pênaltis, nas quartas de final. O time foi para o torneio neste ano após ser eliminado na pré-Libertadores, pelo Cerro Porteño. A Academia Puerto Cabello, da Venezuela, fecha o grupo.

GRUPO H

O Atlético-MG deve garantir o primeiro lugar contra Caracas, Cienciano e Deportes Iquique. Os chilenos são mais uma equipe que veio da Libertadores, eliminados pelo Alianza Lima. No próprio futebol do Chile, porém, eles têm pouca imposição e foram goleados pelo Unión Española no último fim de semana.

A fase do Caracas é ilustrada pela posição da equipe no Campeonato Venezuelano, apenas com o sétimo lugar. O Cienciano, campeão da Sul-Americana em 2003, vive situação semelhante no Peru, com a 12ª posição.

Em outra categoria

No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.