Conmebol convoca governos e federações para discutir combate ao racismo

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A Conmebol anunciou, nesta quinta-feira, a organização de uma reunião daqui a uma semana, no dia 27 de março, para debater medidas contra o racismo, a discriminação e a violência no futebol sul-americano. De acordo com a entidade, embaixadores dos governos dos países que fazem parte da confederação e representantes das associações nacionais de futebol foram convidados para participar do encontro.

"Será um momento propício para a troca de opiniões e experiências sobre um tema que está no centro das preocupações da Conmebol", diz o comunicado. "Através do diálogo e da cooperação com governos da região, a Confederação procura promover medidas concretas que contribuam para a construção de um ambiente mais inclusivo, seguro e respeitoso, dentro e fora dos campos."

A inclusão dos governos no debate já havia sido mencionada pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, durante o evento em que foram sorteados os grupos da Libertadores e da Copa Sul-Americana. Na ocasião, depois de fazer um discurso contra o racismo no palco, deu uma entrevista em zona mista, na qual disse que os torneios da Conmebol sem times brasileiros seriam como ""Tarzan sem a Chita".

A fala causou indignação nos clubes brasileiros, que, liderados por Leila Pereira, têm feito pressão para que a Conmebol seja mais dura nas punições contra atos racistas. Leila chegou a sugerir que os times do Brasil deixassem a Conmebol para se filiar a Concacaf, por isso a pergunta feita à Domínguez depois do sorteio.

A gota d'água foi o caso de racismo sofrido por Luighi, do Palmeiras, durante duelo contra o Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20. O jovem palmeirense chorou ao denunciar ter sido chamado de macaco e questionou a entidade máxima do futebol sul-americano.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.