Yago Dora supera Ítalo Ferreira em final brasileira e conquista a etapa de Peniche no surfe

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Após quatro dias de interrupção por causa das condições climáticas desfavoráveis, a etapa de Peniche do Circuito Mundial de Surfe (WSL) foi retomada neste domingo, em Portugal, e os brasileiros mostraram que estavam com saudades das ondas. Em uma final verde e amarela, Yago Dora derrotou Ítalo Ferreira, atual líder do ranking mundial e vencedor da etapa em 2018 e 2019, e conquistou seu primeiro título em ondas portuguesas.

"É sempre muito difícil enfrentar o Ítalo, mas achei o caminho hoje. No ano passado cheguei a duas finais, bati na trave duas vezes, mas desta vez consegui vencer", afirmou Dora, emocionado em interromper um jejum que durava desde 2023. "É muito bom este sentimento de voltar a vencer. Este fim de semana foi muito especial."

O resultado manteve Ítalo, que havia vencido a etapa de Abu Dabi, na liderança do ranking, enquanto Yago subiu de 15º para o 4º lugar, entrando no top 5. Em três etapas disputadas na atual temporada, os surfistas brasileiros venceram duas.

Na decisão realizada na praia de Supertubos, Yago foi o primeiro a acertar um aéreo para a esquerda, que lhe rendeu uma nota 6,67, mas Ítalo largou na frente, com 7,67, mas Ítalo tomou a dianteira ao receber nota 7,43 em outro aéreo alto. A 20 minutos do final da bateria, Yago Dora descartou uma nota baixa e assumiu a liderança por 13,37 a 10,93.

A bateria permaneceu aberta até os últimos minutos. Apesar do enfraquecimento das ondas e da diminuição do número de manobras, Ítalo diminuiu a diferença 13,37 a 11,86. Nos últimos segundos, Ítalo Ferreira acertou um aéreo, mas terminou com 12,43, nota insuficiente para virar o placar.

Com as etapas decisivas marcadas para este domingo, data limite para o encerramento da etapa, Ítalo Ferreira, Yago Dora e Filipe Toledo foram cedo para a água - as brasileiras na disputa já haviam sido eliminadas nas baterias anteriores.

Filipe Toledo passou pelo sul-africano Jordy Smith com 9,43 a 8,47, mas parou nas quartas de final, derrotado pelo australiano Ethan Ewing por 11,23 na soma das notas contra 12,84.

Yago Dora somou 12,17 pontos contra 6,33 do havaiano Imaikalani deVault nas oitavas de final e passou pelo australiano Jack Robinson por 15,10 a 8,50. Para chegar à decisão, o brasileiro não deu chances ao algoz de Filipe Toledo e acertou um aéreo de cara contra Ethan Ewing, fechando a bateria com 12,83 contra 3,50.

Do outro lado da chave, Ítalo Ferreira superou o australiano Joel Vaughan (12,84 a 9) e o indonésio Rio Waida (9,87 a 6,43) - repetindo a final da etapa anterior de Abu Dabi - nas oitavas e nas quartas de final, respectivamente. Na semifinal, Ítalo começou com um aéreo, levou sufoco, mas acertou outro aéreo no último minuto para vencer a bateria contra o havaiano Barron Mamiya.

Na disputa feminina, a norte-americana Caroline Marks derrotou a havaiana Gabriela Bryan por 7,90 a 6,97 na final e voltou a conquistar o título da etapa portuguesa de Peniche após seis anos.

A próxima etapa do Circuito Mundial de Surfe será disputada em Punta Roca, El Salvador, entre 2 e 12 de abril.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.