Corinthians e Palmeiras duelam na final por fim de jejum, virada e 'vingança'

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Pela nona vez na história, o campeão do Paulistão vai ser definido em um Dérbi, como de costume cheio de elementos que intensificam uma das maiores rivalidades do mundo. Muito mais do que a taça do Estadual estará em jogo a partir das 21h35, na Neo Química Arena, onde Corinthians e Palmeiras se enfrentam pela rodada de volta da final, depois de vitória por 1 a 0 dos corintianos no Allianz Parque.

 

O time alvinegro precisa de um empate para confirmar o título que encerraria um jejum de seis anos sem conquistas. Já os palmeirenses têm de vencer por dois gols de diferença para serem campeões no tempo normal ou construir vantagem de um gol para levar a decisão aos pênaltis.

 

Se levantar a taça, a equipe alviverde se torna a segunda tetracampeã consecutiva da história do Estadual, feito só conseguido pelo Paulistano, ainda na era amadora, de 1916 a 1919.

 

O Palmeiras também vai a Itaquera em busca de repetir um feito dos corintianos. Em 2018, o Corinthians foi derrotado pelo rival em casa, por 1 a 0, no jogo de ida da final, e reverteu a situação no Allianz, ao devolver o resultado e conquistar o título nos pênaltis.

 

No histórico de Dérbis em finais de Paulistão, os palmeirenses levam a melhor. Venceram em 1936, 1938, 1974, 1993 e 2020. Já o time do Parque São Jorge, além de 2018, venceu as edições de 1995 e 1999.

 

Após uma espera de dez dias, já que as rodadas de ida e volta da final foram separadas pela Data Fifa do mês de março, o Corinthians chega à grande decisão com muita expectativa. É a chance de os jogadores se redimirem depois da eliminação na Pré-Libertadores para o Barcelona de Guayaquil.

 

O time comandado por Ramón Díaz teve de ceder Memphis Depay, Félix Torres, José Martínez, Ángel Romero e André Carrillo às respectivas seleções. Todos voltaram a tempo, mas o peruano Carrillo e o venezuelano Martínez foram preservados do treino de quarta-feira porque foram a campo na terça e tiveram mais minutos jogados.

 

"Cheguei um pouco cansado. Mas não tem desculpa. É uma final contra o Palmeiras, em casa, com a nossa torcida. O objetivo é claro: começar o jogo como se estivesse 0 a 0 e ir em busca da vitória e do título. Não temos que ficar apoiados (na vantagem). Temos que jogar sério", afirmou Carrillo.

 

A presença da dupla no time titular é incerta, assim como a de Rodrigo Garro, que teve de deixar o treinamento mais cedo por causa das dores no joelho que o têm atrapalhado desde o início da temporada.

 

Assim como o rival, o Palmeiras teve jogadores atuando na Data Fifa. Richard Ríos, que enfrentou o Paraguai com a Colômbia, voltou em um voo particular com o corintiano Romero, após ação conjunta das duas diretorias. Os outros nomes cedidos foram Weverton, Estêvão, Piquerez, Emiliano Martínez e Facundo Torres.

 

Abel Ferreira tem uma dúvida no setor ofensivo. O meia Maurício está recuperado da lesão no ombro que o tirou do primeiro jogo da final e pode começar jogando. Caso isso ocorra, ficaria com a vaga de Facundo Torres, que forma o trio de ataque com Estêvão e Vítor Roque.

 

"Estamos preparados, treinando firme para fazer o melhor amanhã e, se Deus quiser, conquistar esse título. Foi uma pena não termos saído com a vantagem no jogo passado, mas está tudo em aberto para tentarmos buscar a vitória na casa deles", afirmou Roque, ainda em busca do primeiro gol com a camisa alviverde.

 

FICHA TÉCNICA

 

CORINTHIANS X PALMEIRAS

 

CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Torres, Gustavo Henrique e Fabrizio Angileri; Raniele, José Martínez (Ryan), André Carrillo (Alex Santana) e Garro (Talles Magnoou Romero); Memphis Depay e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.

 

PALMEIRAS - Weverton; Mayke, Murilo, Micael e Piquerez; Emiliano Martínez, Richard Ríos e Raphael Veiga; Estêvão, Facundo Torres e Vitor Roque. Técnico: Abel Ferreira.

 

ÁRBITRO - Matheus Delgado Candançan.

 

HORÁRIO - 21h35.

 

LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

Em outra categoria

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.