Tatiana Weston-Webb faz pausa no circuito mundial de surfe para cuidar da saúde emocional

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A surfista Tatiana Weston-Webb disse nesta quinta-feira que seu desempenho no circuito mundial deste ano terá uma pausa para focar em sua saúde emocional. A medalhista olímpica detectou sinais indicativos de um desgaste emocional e físico que poderiam progredir para um diagnóstico de "burnout", segundo análise de sua psicóloga.

"Não tem sido um momento fácil para mim. Tenho imensa gratidão por tudo o que alcancei no surfe até aqui e pelo apoio que sempre recebi dos meus patrocinadores, equipe e torcida. Cada conquista foi fruto de um trabalho intenso e coletivo. Nos últimos tempos, percebi que precisava olhar com mais atenção para minha saúde emocional. Como atleta, sempre fui apaixonada pelo que faço, mas também sei que cuidar do meu bem-estar é essencial para honrar minha paixão e continuar competindo em alto nível no futuro, e ser uma inspiração para que mais meninas possam viver do esporte, e o desgaste emocional e físico nos últimos tempos foram sinais claros de que era hora de pausar e me reconectar comigo mesma", afirmou Tati.

A decisão da surfista, que há mais de 10 anos vem competindo no Circuito Mundial ininterruptamente, sem perder nenhum evento, passando por dois ciclos olímpicos e uma final de mundial em 2024, se tornando então uma inspiração para jovens atletas que desejam viver profissionalmente do esporte, reflete sua força e coragem, reconhecendo que a saúde emocional é essencial tanto para a vida pessoal quanto para desempenhar um surf de alta performance. "Falar sobre saúde mental no esporte é um tema que acredito ser importante para todos nós. Quero ser honesta com todos que me acompanham e torcem por mim ao reconhecer que mostrar vulnerabilidade não nos torna menos fortes, pelo contrário, nos torna mais humanos e conectados, e também nos possibilita alcançar nosso melhor potencial dentro e fora das competições. A pausa não é um fim, mas um recomeço. Sei que, com o apoio de todos, voltarei ao mar mais forte, mais consciente e mais apaixonada do que nunca'', reforça a atleta.

A atleta agradeceu às entidades esportivas, patrocinadores e aos seus fãs pelo apoio incondicional. ""Sou profundamente grata a minha equipe, ao COB e CBSurf, aos meus patrocinadores, minha família e WSL por me acompanharem nessa decisão. Eles entendem que cuidar da saúde é o primeiro passo para continuar dando o meu melhor no futuro. Aos meus fãs, saibam que essa pausa é temporária e que estarei de volta às competições ainda mais forte ano que vem."

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.