Flamengo joga mal, mas derrota Deportivo Táchira na estreia da Copa Libertadores

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O Flamengo teve uma atuação decepcionante, mas obteve sua primeira vitória na Copa Libertadores, ao derrotar, nesta quinta-feira, o Deportivo Táchira, por 1 a 0, em San Cristóbal, na Venezuela. Com o resultado, o time rubro-negro lidera o Grupo C, com três pontos, à frente de LDU e Central Córdoba, com um ponto cada. Os venezuelanos ainda não somaram ponto.

O Flamengo tomou a iniciativa da partida como se estivesse no Maracanã. O problema é que o time rubro-negro pouco produziu nos primeiros 15 minutos, apenas uma finalização de Luiz Araújo.

Aos poucos, o Deportivo Táchira, empurrado por uma entusiasmada e barulhenta torcida, buscou um toque de bola mais rápido e passou a ocupar mais o campo de ataque.

Aos 18 minutos, Bruno Henrique surgiu na grande área, trombou com o goleiro Jesús Camargo, a bola sobrou para o atacante do Flamengo, que finalizou para nova intervenção do arqueiro.

Aos poucos a intensidade do Flamengo foi diminuindo, enquanto o Táchira ganhou confiança para buscar jogadas no ataque. Mas a bola ficou concentrada nas duas intermediárias, sem oportunidades criadas pelos ataques.

Sem poder de infiltração, o Flamengo passou a arriscar chutes de longe. Bruno Henrique e Michael tentaram, mas foram mal na execução. Aos 35, Pulgar cobrou mal uma falta da intermediária.

Os últimos minutos do primeiro tempo foram sonolentos, com o Flamengo sentindo muito a falta de Arrascaeta (machucado) na armação das jogadas. Os times foram para o vestiário com o placar inalterado.

O Flamengo voltou para o segundo tempo com o mesmo problema. Ficou com a bola, mas sem saber o que fazer com ela. Aos dez minutos, Filipe Luis colocou Juninho, Allan e Alex Sandro. E só precisou de dois minutos para dar certo. Alex Sandro lançou Everton, que cruzou da esquerda. Bruno Henrique desviou e Juninho abriu o placar.

Em desvantagem no placar, o Táchira adiantou a marcação, dando mais espaço para o Flamengo, que, por sua vez, não soube aproveitar para criar jogadas. O jogo do Flamengo se arrastou até o final e quase foi castigado no acréscimo quando Balza teve duas grandes chances de empatar, mas desperdiçou.

FICHA TÉCNICA

DEPORTIVO TÁCHIRA 0 X 1 FLAMENGO

DEPORTIVO TÁCHIRA - Jesús Camargo; Rosales, Carlos Vivas, Mauro Maidana e Camacho; Requena, Tamiche (Jean Castillo), Carlos Sosa (Ortíz) e Maurice Cova (Cano); Saggiomo e Bryan Castillo (Balza). Técnico: Édgar Pérez Greco.

FLAMENGO - Rossi; Varela, Léo Ortíz, Léo Pereira e Ayrton Lucas (Alex Sandro); Erick Pulgar, De La Cruz (Allan) e Luiz Araújo; Bruno Henrique (Wallace Yan), Michael (Juninho) e Everton (João Victor). Técnico: Filipe Luís.

GOLS - Juninho aos 12 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Rosales, Cova, Léo Pereira, Camacho, Requena, Maidana.

ÁRBITRO - Gery Vargas (BOL).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal (VEN).

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.