Alcaraz revela ainda morar com os pais e diz: 'Não sou obcecado em ser o melhor do mundo'

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Com a aposentadoria de Rafael Nadal no ano passado, os olhos do tênis espanhol se concentraram em Carlos Alcaraz, considerado por muitos como o "sucessor" natural do compatriota no circuito. Mas, perto de completar 22 anos, o jovem tenista descarta comparações e afirma que não é obcecado por ser o melhor do mundo, apesar do sonho de alcançar os recordes do chamado Big 3, formado pelo próprio Nadal, pelo suíço Roger Federer e pelo sérvio Novak Djokovic, único dos três ainda na ativa no circuito.

"Não sou obcecado em ser o melhor do mundo. Há alguns anos, eu era o número um e estava feliz. Agora sou o número três e estou igualmente feliz. E estou curtindo a jornada, o esporte e a vida", disse o atual número três do mundo, em entrevista à revista GQ.

Talento precoce, Alcaraz já tem alguns números de destaque no circuito, apesar da pouca idade. Em 2022, ao vencer o primeiro dos seus quatro títulos de Grand Slam, no US Open, ele se tornou o mais jovem número 1 da história, com apenas 19 anos e 4 meses.

Os feitos renderam comparações com Nadal, Federer e Djokovic. E Alcaraz nunca escondeu que seu objetivo era atingir os mesmos números dos três. Mas ressaltou não se tratar de uma obsessão. "Sempre disse que gostaria de ser o melhor de todos os tempos e sentar na mesa do Big 3, mas essa é apenas uma declaração, não uma obsessão. E sempre digo que gostaria de ser lembrado como uma inspiração para as crianças mais jovens e como alguém que se divertia fazendo o que amava, com um sorriso no rosto e fazendo as pessoas se divertirem."

Para alcançar os recordes do Big 3, Alcaraz precisaria ter uma carreira longa, como faz Djokovic, por exemplo. O recordista de títulos de Grand Slam, com 24 conquistas, vai completar 38 anos no mês que vem. Federer se aposentou, em 2022, aos 41 anos. De olho nestas referências, Alcaraz também projeta muitos anos de circuito.

"Não sei (quando vou me aposentar), espero que sejam muitos anos pela frente. Roger, Rafa e Novak tiveram carreiras muito longas, mantendo a chama acesa e superando todos os tipos de problemas, tanto esportivos quanto físicos. Eu comecei minha carreira há pouco tempo, embora tenha conquistado muitas coisas importantes em pouco tempo. Vamos ver até onde vou chegar."

Com a aposentadoria de Nadal e Federer, Alcaraz também vem se destacando por formar uma nova rivalidade no circuito, com o italiano Jannik Sinner. O espanhol, contudo, evita comparações com os embates envolvendo o Big 3.

"Nadal e Federer são únicos e irrepetíveis. Jannik e eu temos uma boa rivalidade há algum tempo, e espero que possamos continuar a lutar por muitos anos pelas coisas mais importantes do nosso esporte. Isso será um bom sinal para todos."

MORANDO COM OS PAIS

O tenista espanhol chama atenção também fora de quadra, por seguir morando com sua família numa idade em que muitos buscam independência, principalmente por causa das frequentes viagens exigidas pelo circuito profissional. Ao contrário, Alcaraz conta com a companhia constante de familiares em competições longe de casa.

"Tenho pouco tempo livre. Fico muito feliz em ir para casa quando volto de uma longa viagem ou de vários torneios", afirmou Alcaraz. "Tenho muita sorte, pois na maioria dos torneios, além da minha equipe, sou acompanhado por parte da minha família. Isso é muito importante para mim."

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.