Piastri larga bem, força erro de Verstappen, vence GP da Arábia Saudita e lidera Mundial da F-1

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Com uma boa largada, Oscar Piastri, da McLaren, garantiu a vitória no GP da Arábia Saudita, quinta etapa do Mundial de F-1, neste domingo e assumiu a liderança do campeonato com 99 pontos. Max Verstappen, da Red Bull, chegou na segunda posição, e Charles Leclerc, da Ferrari, completou o pódio.

Lando Norris, da McLaren, que chegou à Arábia Saudita como líder do campeonato, fez uma corrida de recuperação, largando em décimo e chegando em quarto. Verstappen tem 87 pontos, e Norris, 89. O brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber, chegou em 18º, fechando um final de semana conturbado.

Com três vitórias em cinco corridas na temporada, Piastri volta a colocar a Austrália na liderança do Mundial de pilotos pela primeira vez desde 2010, com Mark Webber. Piastri largou na primeira fila, ao lado do pole Verstappen, e logo após a partida conseguiu emparelhar com o holandês. Na disputa, Verstappen saiu da pista e manteve a primeira colocação, mas foi punido pela manobra, o que comprometeu seu resultado final.

A corrida teve bandeira amarela logo em seu início. Pierre Gasly, da Alpine, e Yuki Tsunoda, da Red Bull, se tocaram e o francês parou no muro. Tsunoda ainda foi aos boxes, mas também deixou a corrida. Gabriel Bortoleto, que na última posição largou com pneus médios, aproveitou a entrada do safety car e trocou para duros, o que teoricamente o possibilitaria ir até o final da corrida sem uma nova parada nos boxes.

Antes da relargada, foi anunciada uma punição de 5 segundos para Verstappen por ter saído da pista na disputa por posição com Piastri após a largada. O holandês conseguiu manter a posição após o reinício da corrida. Quem foi beneficiado pelo acidente entre Gasly e Tsunoda foi Lando Norris, da McLaren, que ganhou duas posições e assumiu o oitavo posto. Ele bateu no Q3 do treino de classificação e largou em décimo.

Na sétima volta, o então líder do Mundial ultrapassou Carlos Sainz, da Williams, e assumiu a sétima colocação. Norris, então, travou uma pequena batalha com Lewis Hamilton, da Ferrari, pela sexta posição. Foram duas ultrapassagens tomando o troco na sequência até que o piloto da McLaren assumiu a sexta posição na 15ª volta.

Norris ultrapassou Kimi Antonelli, da Mercedes, na 19ª volta e chegou ao quinto posto. Na sequência, Piastri parou nos boxes para a troca de pneus e voltou na quinta posição. Verstappen permaneceu na pista e só parou na 22ª volta, quando precisou cumprir os 5 segundos de punição.

O piloto da Red Bull voltou na quinta posição, atrás de Hamilton, que já havia sido ultrapassado por Piastri. Na pista, a liderança era de Charles Leclerc, da Ferrari, seguido por Norris, que ainda não tinham parado nos boxes.

Na 25ª volta, Bortoleto quase se envolveu em um acidente com Fernando Alonso, da Aston Martin. O espanhol colocou ao lado do brasileiro e quase foi prensado no muro, mas ultrapassou. Na sequência, Alonso saiu da pista e precisou devolver a posição.

Leclerc fez a parada na 30ª volta e voltou na quinta posição. Com isso, Norris assumiu a liderança, mas ainda sem ter feito a troca de pneus. Norris fez sua parada apenas na 35ª volta e retornou à pista atrás de Leclerc, na quinta posição. Com isso, Piastri assumiu a liderança, posição que conservou até a bandeirada final.

George Russell, da Mercedes, foi ultrapassado por Leclerc e Norris e caiu de terceiro para quinto lugar.Bortoleto perdeu a posição para Jack Doohan, da Alpine, na última volta e terminou em 18º.

A sexta etapa do Mundial de F-1 será o GP de Miami, de 2 a 4 de maio. O GP terá a corrida sprint no sábado e a principal no domingo.

Confira a classificação final do GP da Arábia Saudita de F1:

1º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), em

2º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 2s843

3º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 8s104

4º - Lando Norris (ING/McLaren), a 16s273

5º - George Russell (ING/Mercedes), a 27s236

6º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), a 34s688

7º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), a 39s073

8º - Carlos Sainz (ESP/Williams), a 64s630

9º - Alexander Albon (TAI/Williams), a 66s515

10º - Isack Hadjar (FRA/RB), a 67s091

11º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 75s917

12º - Liam Lawson (NZ/RB), a 78s451

13º - Oliver Bearman (ING/Haas), a 79s194

14º - Esteban Ocon (FRA/Haas), a 99s723

15º - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber), a uma volta

16º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a uma volta

17º - Jack Doohan (AUS/Alpine), a uma volta

18º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), a uma volta

19º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), não completou

20º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), não completou

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.