Morre o irreverente goleiro Hugo Gatti, ídolo dos argentinos, aos 80 anos

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O povo argentino acordou duplamente de luto nesta segunda-feira. Além da notícia da morte do papa Francisco, também foi confirmado o falecimento do ex-goleiro Hugo Orlando Gatti, aos 80 anos, vítima de problemas respiratórios. Ídolo do Boca Juniors e atleta da seleção da Argentina, o camisa 1 se destacou não apenas pelas defesas, mas por sua irreverência e "loucura" em campo.

Nenhum jogador na história atuou mais do que Gatti na primeira divisão da Argentina. Foram 765 aparições em 26 temporadas. Com o Boca Juniors, ele ganhou duas Copas Libertadores, sendo a de 1977 diante do brasileiro Cruzeiro, uma Copa Intercontinental e três Campeonatos Argentinos. No país, ainda defendeu River Plate, Ginmasia La Plata, o modesto Atlanta, onde começou, e o Unión Santa Fé.

"O Club Atlético Boca Juniors lamenta profundamente o falecimento de Hugo Orlando Gatti, eterno ídolo e multicampeão xeneize. Estamos com sua família e entes queridos neste momento", escreveu o Boca Juniors, no qual o goleiro atuou em 417 oportunidades. É o segundo com mais jogos no clube.

Hugo Gatti revolucionou a posição de goleiro não apenas pela faixa na cabeça e o calção justo, mas por sua habilidade com os pés e na defesa de penalidades. Entre as traves, ganhou o apelido de "El Louco" por partir para cima de defensores e pelo estilo das vestimentas e era definido, ainda, como "rebelde" por fazer outras maluquices em campo. Ele esteve na Copa do Mundo de 1966.

"O Real Madrid, seu presidente e seu Conselho de Administração lamentam profundamente o falecimento de Hugo Gatti, lendário goleiro e lenda do futebol argentino. O Real Madrid gostaria de expressar suas condolências e simpatia à sua família, seus companheiros de equipe, todos os seus entes queridos e todos os clubes pelos quais jogou", prestou homenagem o clube merengue, ao qual o argentino sempre demonstrava enorme admiração.

"Hugo Gatti sempre demonstrou seu madridismo e seu amor e paixão pelo Real Madrid, tanto nos melhores momentos quanto nos mais difíceis. Todos os fãs do Real Madrid sempre o levarão em seus corações. Ele faleceu aos 80 anos. Descanse em paz."

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.