Mundo do esporte se despede de papa Francisco com homenagens de atletas, clubes e federações

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A morte do papa Francisco, nesta segunda-feira, aos 88 anos, gerou grande comoção mundial e teve forte repercussão no meio esportivo. Clubes de futebol, federações e atletas manifestaram pesar e prestaram tributos ao pontífice argentino, que era um notório apreciador do esporte.

Gianni Infantino, presidente da Fifa, usou suas redes sociais para lamentar a perda do líder da Igreja Católica. O ítalo-suíço destacou e lembrou com carinho sobre o entusiasmo do pontífice pelo futebol.

"Estou profundamente entristecido com a morte do papa Francisco. Tive o privilégio de passar alguns momentos com ele em diversas ocasiões, e ele sempre demonstrou seu entusiasmo pelo futebol, enfatizando o papel fundamental que nosso esporte desempenha na sociedade, particularmente na educação e proteção de crianças em todo o mundo", disse o mandatário.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Thomas Bach, foi outra autoridade do esporte a prestar seus votos e lamentar. Ele chamou Francisco de "grande amigo".

"Com o falecimento de sua santidade o papa Francisco, perdemos um grande amigo e apoiador do Movimento Olímpico. Seu apoio à missão de paz e solidariedade dos Jogos Olímpicos e às inúmeras iniciativas do COI em prol dos refugiados tem sido inabalável. Descanse em paz", falou Bach.

No Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lamentou por meio de um comunicado nas redes sociais e do presidente Ednaldo Rodrigues, que agradeceu ao pontífice por sua ajuda no combate ao racismo no futebol e na inclusão. A entidade decretou luto de uma semana, além de minuto de silêncio em todas as partidas.

"O papa foi um dos grandes incentivadores da luta da CBF contra o racismo no futebol e também para trabalharmos para que o esporte seja um vetor decisivo para inclusão de todos, com competições de pessoas com deficiência, indígenas e diversos setores muitas vezes marginalizados. A Declaração do Esporte para Todos nos deu ainda mais força para seguir nesta jornada. Foi fundamental o chamado do papa para as entidades esportivas, atletas e torcedores fazerem a sua parte", disse Ednaldo.

O Campeonato Italiano adiou as quatro partidas programadas para esta segunda-feira, quando oito equipes entrariam em campo para a conclusão da 33ª rodada. "Em decorrência da morte do Santo Padre, a Liga comunica que as partidas da Primeira Divisão e das equipes filiadas foram adiadas para datas posteriores, ainda a serem definidas", comunicou a Lega Serie A, organizadora do torneio.

O San Lorenzo, time de coração do papa Francisco, prestou uma homenagem linda e emocionante ao pontífice após sua morte, nesta segunda-feira. O clube argentino lançou um vídeo nas redes sociais que relembra a forte ligação de Francisco com a equipe, desde sua infância até o papado. Ainda na Argentina, Boca Juniors, River Plate e outros times também se manifestaram. Assim como o perfil in memoriam do falecido craque, Diego Maradona. O papa já criou polêmica ao criticar a postura fora dos gramados de Maradona, em 2023.

A Associação do Futebol Argentino (AFA) postou um extenso comunicado se despedindo do pontífice. A entidade apontou Francisco como "uma referência não apenas espiritual, mas também futebolística".

"A Associação do Futebol Argentino, por meio de seu Presidente Claudio Tapia e do Comitê Executivo, manifesta sua dor, expressa suas condolências e presta homenagem ao papa Francisco após seu falecimento. Francisco foi uma referência não apenas espiritual, mas também futebolística, tendo se reunido com jogadores, dirigentes e lendas do futebol, como o capitão da seleção argentina, Lionel Messi, e Diego Armando Maradona. Jorge Mario Bergoglio, nascido no bairro de Flores, em Buenos Aires, no dia 17 de dezembro de 1936, dedicou sua vida à igreja e nunca escondeu sua paixão pelo futebol e seu amor incondicional pelo San Lorenzo de Almagro", disse a AFA.

Por sua vez, o compatriota Lionel Messi também lastimou a morte do líder religioso. Em suas redes sociais, o atacante disse que o papa fez do mundo "um lugar melhor" e que sentirá sua falta.

"Um papa argentino diferente e próximo. Descanse em paz, papa Francisco. Obrigado por tornar o mundo um lugar melhor. Sentiremos sua falta", lamentou Messi.

Na Europa, os gigantes Real Madrid e Barcelona prestaram condolências, assim como times de diversas partes do mundo. Os clubes do Campeonato Brasileiro também demonstraram seu luto e enviaram mensagens de agradecimento através das redes sociais. Durante seu papado, Francisco recebeu homenagens e presentes de diversas equipes brasileiras. Os quatro grandes paulistas: Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo foram alguns dos que prestaram tributo o argentino.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.