Por que Ancelotti não assumiu seleção brasileira em 2023? Entenda motivos que levaram à recusa

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Depois da derrota do Real Madrid diante do Barcelona, na final da Copa do Rei, Carlo Ancelotti se aproximou da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para assumir o comando da seleção ainda neste ano. Com contrato até junho de 2027, o treinador italiano vive crise na Espanha e pode deixar o clube merengue ao final desta temporada europeia, após insucesso na Liga dos Campeões. Esta, no entanto, não é a primeira vez que o nome do italiano esteve ligado a um acerto com a seleção.

Em 2023, a chegada de Ancelotti foi dada como certa por Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, para suceder Tite. Assim que anunciou a chegada de Fernando Diniz como técnico interino, o dirigente confirmou o acerto, em julho daquele ano, com o treinador italiano. "A partir do momento do Audax, Diniz passou por outros clubes com a mesma filosofia, mesmo método. Gostei muito da renovação que ele fez nas aplicações táticas. A proposta do jogo é quase parecida com o treinador que assumirá na Copa América, o Ancelotti", disse Ednaldo, à época.

A ideia era que Ancelotti assumisse em junho de 2024, assim que terminasse seu vínculo com o Real Madrid, para comandar a seleção na Copa América. Passado um ano, no entanto, tudo mudou: o treinador permaneceu no time espanhol e ainda estendeu seu vínculo. E Diniz deixou o comando da equipe nacional após apenas seis partidas. Em seu lugar, a CBF optou pela contratação de Dorival Júnior.

Por que isso aconteceu? Mesmo dando como certa a chegada de Ancelotti, a CBF não teve um contrato assinado com o treinador. Isto porque ele só poderia, de fato, acertar para assumir a seleção a partir de janeiro de 2024, quando entraria em seus últimos seis meses de vínculo com o Real e poderia assinar um pré-acordo com qualquer equipe do mundo.

De fato, Ancelotti queria assumir a seleção brasileira. Ronaldo Fenômeno, por exemplo, intermediou as conversas entre as partes, como o ex-jogador confirmou em março deste ano. Entretanto, não houve uma liberação do Real, em 2023, e o treinador acordou um novo vínculo com o clube em dezembro daquele mesmo ano.

Oficialmente, após o anúncio de Ednaldo Rodrigues, a CBF não se pronunciou novamente sobre o acordo. Ancelotti, muito menos. Quando questionado em entrevistas ao longo do ano, o italiano negou a existência de um acordo verbal para assumir a seleção, em meio ao sucesso do Real Madrid na temporada - que terminaria como campeão espanhol e da Liga dos Campeões.

Até dezembro, o Real manteve conversas frequentes com o treinador italiano a respeito de uma renovação contratual. Ao mesmo tempo, no Brasil, a CBF se mantinha tranquila diante do que era, até aquele momento, apenas rumor da imprensa espanhola. A entidade acreditava que o acordo verbal com o italiano seria cumprido - o que não ocorreu.

O mês de dezembro de 2023 foi o mês decisivo para que Ancelotti decidisse seguir na Espanha. Naquele momento, depois de meses de negociações com o Real, Ednaldo Rodrigues foi afastado do cargo, em função das eleições que o elegeram ao comando da CBF em 2022. Ele retornou em pouco tempo à presidência, mas sem antes Ancelotti abandonar ideia de comandar o Brasil.

O novo acordo celebrado com o Real tem validade até 2026. A mudança na rota da CBF, que pegou a entidade de surpresa, forçou duas mudanças: a saída de Fernando Diniz, que foi demitido pelo telefone, depois de conversa com Ednaldo, e a chegada de Dorival, pensando em um trabalho até a Copa do Mundo de 2026, nos EUA, México e Canadá.

Agora, após demissão de Dorival, que assumirá o comando do Corinthians ainda nesta semana, Ancelotti deve receber uma proposta de R$ 5 milhões mensais para assumir a seleção para o Mundial, com possibilidade de extensão até a Copa de 2030. "Posso continuar, posso sair, mas isso será uma questão para as próximas semanas, não hoje", disse o treinador, após derrota para o Barcelona na Copa do Rei.

Em outra categoria

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.