Lando Norris vence 'corrida maluca' em Mônaco e embola briga pela ponta; Bortoleto chega em 14º

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Em prova marcada por batidas no início, jogos de equipe e diferentes estratégias de paradas nos boxes, Lando Norris, da McLaren, levou a melhor e venceu o GP de Mônaco de Fórmula 1, neste domingo, no circuito de Monte Carlo. O anfitrião Charles Leclerc, da Ferrari, chegou em segundo e Oscar Piastri, também da McLaren, em terceiro, completando o pódio.

Com os 25 pontos somados em Mônaco, Norris chegou a 158 no Mundial e diminuiu a diferença em relação ao líder, Oscar Piastri, para apenas três pontos, embolando a briga pela ponta.

Gabriel Bortoleto, após bater no início da corrida, fez uma prova de recuperação conseguiu chegar em 14º lugar, à frente de Nico Hülkenberg, seu companheiro de equipe.

Os pilotos adotaram cautela no início da corrida a fim de evitar acidentes nas estreitas ruas do Principado. Assim, as posições do grid de largada se mantiveram com Lando Norris liderando o pelotão à frente de Leclerc, Piastri, Verstappen, Hadjar, Alonso e Hamilton.

Gabriel Bortoleto, que largou em 16º lugar, mostrou agressividade no começo da prova e tentou ultrapassar a Mercedes de Kimi Antonelli, mas levou o troco do italiano e bateu no muro ainda na primeira volta, provocando a primeira bandeira amarela e safety car da etapa. "Kimi me empurrou", reclamou o brasileiro no rádio.

Apesar do acidente inicial, o piloto da Sauber foi para os boxes para trocar a asa dianteira e retornou na última posição. A disputa foi retomada na quarta volta, mas cinco giros depois foi a vez de Pierre Gasly, da Alpine, bater e deixar pedaços do carro na pista, o que originou outra bandeira amarela.

Hadjar foi o primeiro a trocar pneus por motivos estratégicos. Pela nova regra da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), exclusiva para a prova de Mônaco, os carros são obrigados a fazer duas paradas e usar dois compostos diferentes. Outro efeito da mudança foi o constante jogo de equipes no bloco intermediário, com um dos carros reduzindo o ritmo para segurar o pelotão enquanto o companheiro fazia o pit stop, provocando congestionamento.

Se na frente Norris se preocupava em manter a liderança, no fundo do pelotão, Bortoleto aproveitava as paradas nos boxes para ganhar posições. Após as entradas de Stroll e Bearman nos boxes, o brasileiro subiu para o 15º lugar.

Lando Norris fez sua primeira parada, seguido por Leclerc, o vice-líder, e Verstappen assumiu a liderança. Em estratégia ousada, Hadjar fez seu segundo pit stop e voltou em oitavo, mas sem a necessidade de passar pelos boxes novamente. Verstappen entrou nos boxes na 29ª volta e retornou à pista em quarto lugar, enquanto Norris recuperou a liderança, seguido por Leclerc e Piastri. Com problemas em sua Aston Martin, Fernando Alonso abandonou na 38ª volta.

Com a estratégia da Sauber em apostar nos pneus macios, com desgaste mais rápido, Bortoleto perdia posições quando precisava trocar seus compostos. Após 51 voltas, ele era o 17º, apenas à frente do companheiro Nico Hülkenberg. Norris e Leclerc fizeram a segunda parada e Verstappen retomou a liderança da prova, seguido pela dupla.

O tetracampeão torcia por um safety car para ir aos boxes, mas via a constante aproximação de Norris, que estava apenas 1s2 atrás na 58ª volta, mas o britânico também era seguido de perto pelo anfitrião Leclerc. Após aguentar 65 voltas com os mesmos pneus, George Russell foi chamado para os boxes pela primeira vez, retornando em 11º.

Menos de dois segundos separavam os três primeiros colocados na reta final da corrida, sob expectativa da parada de Verstappen, enquanto Piastri, em quarto, se aproximava. Bortoleto aproveitou as idas de Stroll, a nove voltas do fim, e de Antonelli, a cinco, para ganhar posições e subir para 15º.

Max Verstappen, enfim, fez sua segunda troca de pneus na 78ª e última volta, e retornou em quarto lugar, enquanto Norris reassumiu a liderança da prova, seguido por Leclerc e Piastri. O britânico recebeu a bandeirada na liderança, com direito a melhor volta no fim, para conquistar sua sexta vitória na Fórmula 1, a segunda na temporada. Gabriel Bortoleto ainda aproveitou a parada de Tsunoda e chegou em 14º.

Confira o resultado do GP de Mônaco de Fórmula 1:

1º - Lando Norris (ING/McLaren), em 1h13min221

2º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 3s131

3º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), a 3s658

4º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 20s572

5º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), a 51s387

6º - Isack Hadjar (FRA/RB), a 1 volta

7º - Esteban Ocon (FRA/Haas), a 1 volta

8º - Liam Lawson (NZL/RB), a 1 volta

9º - Alexander Albon (TAI/Williams), a 2 voltas

10º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), a 2 voltas

11º - George Russell (ING/Mercedes), a 2 voltas

12º - Oliver Bearman (ING/Haas), a 2 voltas

13º - Franco Colapinto (ARG/Alpine), a 2 voltas

14º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), a 2 voltas

15º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a 2 voltas

16º - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), a 2 voltas

17º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), a 2 voltas

18º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), a 3 voltas

Não completaram a prova:

Pierre Gasly (FRA/Alpine)

Fernando Alonso (ESP/Aston Martin)

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.