Ancelotti estreia na seleção brasileira para dar nova cara ao time com velhos conhecidos

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É difícil encontrar um fã de futebol que não esteja ansioso para ver o Brasil enfrentando o Equador, às 20h, nesta quinta-feira. Isso porque a partida em Guayaquil pelas Eliminatórias da Copa marca a estreia do técnico Carlo Ancelotti, um dos mais vitoriosos da história, como novo comandante da seleção pentacampeã. Faltando um ano para o Mundial, o sonho do hexa inicia com o treinador italiano tentando dar uma cara nova a um time com velhos conhecidos dos torcedores.

 

Aos 65 anos, Ancelotti está diante de um dos desafios mais importantes de sua carreira. O italiano é visto como a bala de prata para um ciclo de Copa turbulento, com quatro treinadores - dois deles interinos -, e a esperança do retorno do País ao lugar mais alto do futebol mundial. Para isso, o técnico se rodeou de atletas 'cascudos' em sua primeira convocação.

 

A tendência é de que Ancelotti leve a campo contra o Equador um time com dois jogadores que não vinham atuando na seleção. Trata-se do volante Casemiro, de 33 anos, exceção na péssima temporada do Manchester United e homem de confiança do italiano nos tempos de Real Madrid, e o atacante Richarlison, 28, recém-campeão da Liga Europa pelo Tottenham e destaque sob o comando do treinador na época em que trabalharam no Everton.

 

Quem também deve aparecer entre os 11 iniciais é o lateral-esquerdo Alex Sandro, de 34 anos. O jogador deixou a Europa e se transferiu para o Flamengo no meio do ano passado. A carência de atletas na posição e a vasta experiência na Europa lhe garantiram a vaga. A situação se aplica a Danilo, 33, que continuou sendo convocado apesar da bronca dos torcedores e, agora, briga com o novato Alexsandro por espaço na zaga.

 

Um dos acertos de Dorival, após muita tentativa e erro, a dupla formada por Bruno Guimarães e Gerson deve fazer companhia a Casemiro no meio. A suspensão de Raphinha, somada à lesão do ausente Rodrygo, deve abrir espaço para Estêvão aparecer na ponta-direita.

 

O Brasil deve ir a campo com Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alexsandro (Danilo) e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson; Estêvão, Richarlison e Vini Jr. A soma de jogos pela seleção da provável equipe de Ancelotti é de 425. Se Danilo, que já jogou pelo lado esquerdo da defesa, for titular, o número sobe para 490.

 

Comparando a provável escalação de Ancelotti com o time que foi goleado por 4 a 1 pela Argentina, última partida da seleção, o número cai para 244. Naquela ocasião, o Brasil foi escalado por Dorival Júnior com Bento; Wesley, Marquinhos, Murillo e Guilherme Arana; André, Joelinton, Raphinha, Rodrygo e Vini Jr; Matheus Cunha. Alisson estava suspenso por concussão.

 

Uma das marcas do trabalho de Ancelotti é a flexibilidade para trabalhar com diferentes formações táticas, escolhendo a plataforma que mais combina com o elenco em vez de definir um esquema para depois adaptar os jogadores a um estilo. Ao longo dos últimos quatro anos, o italiano acumulou diversas maneiras de praticar futebol.

 

Ancelotti deve optar pelo 4-3-3 diante do Equador, mas o esquema pode até virar um 4-4-2 a depender de posicionamento de Estêvão, que pode ser deslocado para o meio-campo para jogar como um 'camisa 10'.

Cabe ressaltar que o prodígio palmeirense, que vai para o Chelsea após o Mundial de Clubes, nunca foi titular pela seleção. Então, apesar de ser o mais provável a ser utilizado na posição, atletas mais rodados podem aparecer, como Matheus Cunha, que fez grande temporada pelo Wolverhampton e foi contratado pelo Manchester United.

 

A expectativa é de que o Brasil possa garantir a vaga na Copa do Mundo de 2026 já nesta rodada das Eliminatórias. A seleção ocupa a quarta colocação com 21 pontos em 14 jogos - um aproveitamento de 50%. Se vencer os jogos contra Equador e Paraguai, a equipe vai aos 27, e garante, no mínimo, a participação na repescagem.

 

A seleção retorna a São Paulo na sexta-feira, quando retoma os treinamentos no CT Joaquim Grava. Na terça, o Brasil enfrenta o Paraguai, na Neo Química Arena, em Itaquera.

 

EQUADOR VIVE EXPECTATIVA DA CLASSIFICAÇÃO

O Equador vive bom momento nas Eliminatórias. A seleção comandada pelo argentino Sebastián Beccacece perdeu apenas duas partidas e ocupa a vice-liderança com 23 pontos, atrás somente da Argentina, com 31. Uma vitória pode garantir os equatorianos na Copa do Mundo.

 

A fase anima os equatorianos para o confronto independentemente da estreia de Carlo Ancelotti. "Respeitamos o Brasil por tudo o que fez, por toda a sua história, mas em campo, no final, são 11 contra 11, e estamos confiantes de que faremos as coisas como temos feito até agora", disse o volante Moisés Caicedo, do Chelsea, um dos destaques do Equador.

 

O técnico Beccacece não terá à disposição o atacante Gonzalo Plata. O jogador se recupera de lesão no joelho e chegou a se apresentar para as partidas da Data Fifa, revoltando a direção do Flamengo. O clube carioca informou a situação do atleta, que retornou ao Brasil para continuar o tratamento.

 

Quem também pode desfalcar o Equador é o centroavante Enner Valencia. O jogador do Internacional sofreu lesão muscular no início de maio e ainda busca a melhor condição física.

 

FICHA TÉCNICA

 

EQUADOR - Hernán Galíndez; Angelo Preciado, Willian Pacho, Piero Hincapié e Pervis Estupiñán; Alan Franco, Moisés Caicedo, Pedro Vite, John Yeboah e Alan Minda; Enner Valencia. Técnico: Sebastián Beccacece.

 

BRASIL - Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alexsandro (Danilo) e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson; Estêvão (Matheus Cunha), Richarlison e Vini Jr. Técnico: Carlo Ancelotti.

 

ÁRBITRO - Piero Maza (CHI).

 

HORÁRIO - 20h (horário de Brasília).

 

LOCAL - Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil, no Equador (EQU).

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.