Presidente da LaLiga ironiza Piqué e criação da Kings League: 'Não vejo nem pelo retrovisor'

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Javier Tebas, presidente da LaLiga, aproveitou uma palestra durante um evento esportivo que discute esportes emergentes e novos formatos, para alfinetar o ex-zagueiro Gerard Piqué. O ex-defensor do Barcelona criou a Kings League (competição de futebol society que mistura jogadores com celebridades da internet).

No encontro, realizado em Madri, ele questionou os holofotes que a "novidade" vem ganhando e afirmou que o "futebol comum" ainda é soberano na preferência dos amantes da modalidade. O dirigente comentou ainda que a Kings League sequer é motivo de preocupação para os organizadores do Campeonato Espanhol.

Piqué foi o alvo do discurso de Tebas, que garantiu não estar preocupado com qualquer tipo de concorrência com o Campeonato Nacional da Espanha.

"Vou dizer algumas palavras para que Gerard Piqué me responda: nem vejo a Kings League pelo retrovisor. Acho que está bem longe. É um projeto muito louvável, mas não é um projeto que possa competir com os grandes esportes premium em termos de público ou seguidores", afirmou.

A marca que os torneios tradicionais carregam ao longo do tempo foi outro argumento utilizado pelo dirigente para se apoiar na força dessas competições. Sobre a Kings League, ele disse que o evento atinge uma outra fatia de público.

"É um projeto baseado no mundo dos 'youtubers', mesclado com alguns jogadores veteranos e um fenômeno esportivo 'X'. Nada mais do que isso", minimizou Tebas, que até reconheceu o alcance que a novidade alcançou.

"A Kings League teve um boom importante recentemente e hoje é o que é. Estão bem agora, é algo que funciona e está crescendo. Mas não é um torneio que vai substituir a LaLiga. O futebol segue sendo o 'esporte rei' e seguirá sendo, desde que ninguém faça bobagens", completou.

A Kings League foi fundada na Espanha e já tem edições em países tradicionais da Europa como a Itália, a França e a Alemanha. Na América do Sul, Brasil e Argentina também se curvaram à novidade. Por fim, Tebas também descartou o suposto desinteresse do público jovem pelo futebol tradicional.

"Muitos dizem que os jovens estão perdendo o interesse, mas nós (LaLiga) batemos recordes de público nos estádios e chegamos a quase 19 milhões de espectadores entre as duas divisões. E os setores onde mais crescemos foi com jovens e mulheres".

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.