Musetti desiste e Alcaraz vai à final em busca do bicampeonato em Roland Garros

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Em um fim de jogo frustrante, Lorenzo Musetti desistiu no início do quarto set, nesta sexta-feira, e garantiu Carlos Alcaraz na final de Roland Garros. O tenista italiano alegou problemas físicos para abandonar, após levar um "pneu" no terceiro set. Atual campeão, o espanhol vai buscar o bicampeonato no domingo contra o vencedor do duelo entre o italiano Jannik Sinner e o sérvio Novak Djokovic.

Musetti havia recebido atendimento de fisioterapeuta ao fim do terceiro set, indicando certo desconforto muscular. Alcaraz liderava o placar, de virada, por 4/6, 7/6 (7/3), 6/0 e 2/0. O italiano vinha sofrendo forte queda de rendimento em comparação aos dois primeiros sets da partida.

Com o abandono, Alcaraz disputará sua segunda final de Roland Garros, aos 22 anos. Ele foi o campeão na temporada passada. E deve ter um grande desafio pela frente na final de domingo, às 10 horas (de Brasília). Seu adversário será definido ainda nesta sexta, na disputa entre o atual número 1 do mundo e o sérvio, dono de três títulos em Paris.

Será a quinta final de Grand Slam do espanhol. O número dois do mundo busca justamente seu quinto título, sustentando até agora um aproveitamento de 100% em finais deste nível.

Com o teto retrátil fechado, a primeira semifinal masculina começou com equilíbrio. Cada tenista fechava seu game de saque com relativa tranquilidade. A exceção foram dois break points desperdiçados por Alcaraz. Musetti foi mais eficiente e aproveitou sua primeira chance para confirmar a quebra, logo no 10º game, selando a parcial inicial por 6/4.

Alcaraz reagiu a partir do terceiro game do segundo set ao obter sua primeira quebra na partida. Mas não foi longe. O italiano devolveu a quebra na sequência. Cada tenista obteve mais uma quebra e o set precisou ser decidido no tie-break, com vantagem para o espanhol, que empatou o duelo.

O equilíbrio chegou ao fim com o início da terceira parcial, que destoou completamente do restante do confronto. Alcaraz aproveitou oscilações do rival para impor forte domínio. Não cedeu um game sequer ao italiano: 6/0. Ao fim do set, Musetti recebeu o atendimento de fisioterapeuta.

O número sete do ranking começou a quarta parcial vacilante, indicando que algo seguia diferente. Após sofrer a primeira quebra de saque do set, foi até as redes para anunciar sua desistência, após 2h25min de confronto. Surpreendido, Alcaraz pediu aplausos ao adversário numa nova demonstração de Fair Play nesta edição de Roland Garros.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.