Inundações, queimadas e calor: Clubes do Mundial estão expostos a riscos climáticos, diz estudo

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Inundações, queimadas, ondas de calor, tempestades. Times e jogadores de futebol também estão expostos a riscos climáticos severos nas próximas décadas, de acordo com estudo realizado pela consultoria ERM. Os eventos extremos devem afetar até as equipes mais badaladas do mundo, incluindo 29 das 32 que estarão no Mundial de Clubes da Fifa, que começa neste sábado, nos Estados Unidos.

 

A lista de 29 times em risco por questões climáticas inclui os quatro brasileiros que estarão em campo a partir do fim de semana, em solo americano: Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo.

 

O estudo, de 27 páginas, avaliou riscos para os clubes em cinco eventos extremos: inundações, queimadas e fumaça, ondas de calor, secas e tempestades. Estas situações vão causar impactos diretos aos times na forma de interrupções de jogos, danos à infraestrutura, prejuízos financeiros e riscos à saúde e desempenho de jogadores e torcedores.

 

De forma geral, o estudo aponta que 91% (29 de 32) dos clubes possuem risco de enfrentar ao menos um impacto climático severo nos próximos 25 anos. "Ainda assim, todos os 32 clubes sediam suas partidas como mandante em cidades com ao menos um tipo de risco em nível significante, particularmente inundações e queimadas", diz o relatório.

 

A maior ameaça, segundo a pesquisa, é a de incêndios e fumaça, com 94% dos clubes sob risco elevado, sendo 72% classificados em nível "crítico", o mais grave de todos na classificação que tem ainda risco "mínimo", "moderado" e "significativo", de acordo com os parâmetros do estudo. Neste quesito, o Palmeiras corre risco "crítico", enquanto Botafogo, Fluminense e Botafogo aparecem na categoria "significativo".

 

Em seguida, vêm os riscos de inundações (fluviais, urbanas e costeiras) e tempestades. Metade dos clubes do Mundial correm risco de enfrentar impactos considerados severos de ambos os tipos de evento. Quanto às enchentes, a lista de times em risco vão desde os clubes do Rio até Paris Saint-Germain (França), Red Bull Salzburg (Áustria), Ulsan Hyundai (Coreia do Sul) e Urawa Red Diamonds (Japão).

 

Entre os clubes nacionais, a situação se inverte em relação aos incêndios. Os três times cariocas correm risco considerado "crítico", enquanto a equipe paulista aparece como "significativo".

 

O exemplo mais evidente desta categoria foi a disputa da Supercopa Rei, entre Botafogo e Flamengo. O duelo precisou ser interrompido em razão do alagamento do gramado do estádio Mangueirão, em Belém. Incluindo clubes de fora do Mundial, o Internacional sofreu danos estruturais e financeiros em razão das inundações no Rio Grande do Sul, entre abril e maio do ano passado.

 

Quanto às ondas de calor, os três clubes cariocas aparecem com risco "significativo" e o Palmeiras, com "moderado". No geral, 65% dos clubes estão sob risco "crítico" ou "significativo". Entre os mais ameaçados estão Al Hilal (Arábia Saudita), Urawa Red Diamonds, Al Ain (Emirados Árabes) e Monterrey.

 

O estudo aponta ainda que 44% (14 de 32) dos clubes têm risco de enfrentar impactos severos de secas. As quatro equipes nacionais aparecem na categoria "moderado". Os riscos de tempestade estão no nível "significativo" para todos os quatro times brasileiros do Mundial de Clubes.

 

"Os clubes já estão sofrendo com eventos climáticos extremos - e a tendência é de piora. É preciso que o esporte reaja, não apenas para proteger estádios e calendários, mas também as com as comunidades que fazem o futebol existir", diz o técnico René Simões, técnico e integrante do Terra FC, campanha que usa o futebol para divulgar a causa do combate às mudanças climáticas.

 

O Terra FC conta com o suporte de diversos jogadores e ex-jogadores de futebol, como Zico, Denílson, Jorginho, Athirson e Washington e Zico. Os clubes também estão demonstrando apoio dentro e fora do Brasil, como o Atlético-MG, Botafogo, FC Porto, Flamengo, Fluminense, Paysandu, Betis, Remo, São Paulo, Vasco, Volta Redonda, Wolfsburg, Wolverhampton e Wydad Casablanca.

 

Para René Simões, o ano de 2025 pode ser decisivo para a campanha em razão da COP30, a ser realizada em Belém, no mês de novembro. "Ainda dá tempo de virar o jogo. Com a aproximação da COP30, o futebol pode liderar esse movimento. É para isso que o Terra FC existe: unir clubes, torcedores e lideranças para proteger o esporte que amamos e o planeta onde jogamos", afirma o treinador sobre a campanha, convocada pelas ONGs Onda Solidária e britânica Count Us In.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

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A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.