Mundial de Clubes: confira o histórico entre times brasileiros no torneio

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Segundo país com o maior número de títulos mundiais de futebol entre clubes, o Brasil soma dez conquistas, ficando atrás apenas da Espanha, com 13 - a Argentina aparece em terceiro lugar, com nove. A trajetória brasileira é marcada por confrontos históricos e conquistas emblemáticas, tanto no Intercontinental quanto no Mundial de Clubes da Fifa.

 

Em 2025, o futebol brasileiro terá como representantes Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo no novo modelo do Mundial de Clubes, a ser disputado nos Estados Unidos, com a participação de 32 equipes, entre os dias 14 de junho e 13 de julho.

 

A história brasileira na competição começou com o lendário Santos de Pelé, Coutinho, Durval, Mengálvio e Pepe, que conquistou o bicampeonato em 1962 e 1963. No primeiro ano, superou o Benfica de Eusébio com atuações inesquecíveis. No ano seguinte, derrotou o Milan de Cesare Maldini em uma virada marcante. Naquela época, os vencedores da Copa Libertadores e da Champions League disputavam partidas de ida e volta, com uma eventual partida extra em campo neutro em caso de empate.

 

Nos anos 1980, o futebol do País voltou a brilhar no cenário internacional com o Flamengo de Zico, Nunes e Adílio, que em 1981 venceu o Liverpool por 3 a 0, em Tóquio. O Japão se tornou o palco tradicional dessas decisões, que passaram a ser disputadas em jogo único entre os campeões da América do Sul e da Europa. Foi também em Tóquio, em 1983, que o Grêmio de Renato Gaúcho bateu o Hamburgo por 2 a 1.

 

O formato se manteve na década seguinte, quando o São Paulo, comandado por Telê Santana, igualou o feito do Santos e conquistou dois títulos. Em 1992, derrotou o Barcelona por 2 a 1, com dois gols de Raí. No ano seguinte, superou o Milan por 3 a 2, com icônico gol de Müller.

 

Com a virada do século, a Fifa lançou o Mundial de Clubes em 2000, realizado no Brasil, com um novo modelo que incluiu representantes de outros continentes. O Corinthians foi o campeão da primeira edição ao vencer o Vasco nos pênaltis por 4 a 3, após empate sem gols no tempo normal. A decisão terminou com a cobrança desperdiçada por Edmundo e a taça levantada por Rincón, capitão da equipe paulista.

 

Em 2005 e 2006, novamente no Japão, o País garantiu mais dois títulos. O São Paulo, com atuação destacada de Rogério Ceni, venceu o Liverpool por 1 a 0, com gol de Mineiro. No ano seguinte, o Internacional de Fernandão e Alexandre Pato superou o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho pelo mesmo placar, com gol decisivo de Adriano Gabiru. O último clube brasileiro a conquistar o torneio foi o Corinthians, em 2012, ao bater o Chelsea por 1 a 0, com gol de Paolo Guerrero, em Yokohama.

 

DERROTAS BRASILEIRAS EM MUNDIAIS

Na edição mais recente, o Botafogo foi eliminado logo na estreia pelo Pachuca, perdendo por 3 a 0, no Catar, na segunda rodada do novo modelo do Intercontinental. No entanto, o time carioca não é o único brasileiro a ter sido derrotado na competição.

 

O Palmeiras, por exemplo, foi superado em três ocasiões: em 1999, perdeu para o Manchester United por 1 a 0, no Japão; em fevereiro de 2021, no Catar, foi eliminado pelo Tigres na semifinal, também por 1 a 0, e, na sequência, perdeu para o Al-Ahly nos pênaltis, tornando-se o primeiro time brasileiro a não alcançar, ao menos, o terceiro lugar na competição. Já em fevereiro de 2022, caiu na final diante do Chelsea, por 2 a 1, nos Emirados Árabes Unidos.

 

Outro caso emblemático é o do Cruzeiro, que ficou com o vice-campeonato em duas oportunidades. Em 1976, foi derrotado pelo Bayern de Munique, de Beckenbauer, e em 1997, perdeu por 2 a 0 para o Borussia Dortmund, em Tóquio. Em 1995, o Grêmio perdeu para o Ajax, nos pênaltis, após 0 a 0 no tempo normal, no Japão.

 

O Vasco também enfrentou revezes importantes: em 1998, perdeu para o Real Madrid por 2 a 1, na capital japonesa, e em 2000, na final já mencionada, foi derrotado pelo Corinthians. O Flamengo ficou com o vice-campeonato em duas ocasiões: em 2019, ao perder para o Liverpool por 1 a 0, em Doha; e em fevereiro de 2023, ao ser eliminado pelo Al-Hilal na semifinal, por 3 a 2, no Marrocos.

 

O Internacional foi o primeiro clube brasileiro a não alcançar a final do Mundial de Clubes. Em 2010, caiu na semifinal diante do Mazembe, da República Democrática do Congo, com derrota por 2 a 0, em Abu Dabi. No ano seguinte, o Santos foi goleado pelo Barcelona na final de 2011, por 4 a 0, no Japão.

 

Em 2013, foi a vez do Atlético-MG ser eliminado na semifinal, em Marrakesh, ao perder por 3 a 1 para o Raja Casablanca, do Marrocos. Já o Grêmio chegou à final em 2017, mas foi derrotado pelo Real Madrid por 1 a 0, com gol de Cristiano Ronaldo, novamente em Abu Dabi. Em 1995, no Japão, o clube gaúcho também foi derrotado, dessa vez pelo Ajax, nos pênaltis por 4 a 3, após empate por 0 a 0 no tempo normal.

 

Em dezembro de 2023, o Fluminense de Fernando Diniz sucumbiu diante do Manchester City, de Pep Guardiola e companhia, por 4 a 0, na final disputada na Arábia Saudita.

 

Confira a lista de brasileiros campeões do Mundial:

 

São Paulo: 3 títulos - 1992 e 1993 (Intercontinental), e 2005;

Santos: 2 títulos - 1962 e 1963 (Intercontinental);

Corinthians: 2 títulos - 2000 e 2012;

Flamengo: 1 título - 1981 (Intercontinental);

Grêmio: 1 título - 1983 (Intercontinental);

Internacional: 1 título - 2006.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.